Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Mix Brasil, o maior festival LGBT+ da América Latina de Cultura da Diversidade do Brasil chega à sua 31ª edição, acontece de hoje 09 de novembro à 19 de novembro, em 6 espaços culturais de São Paulo e online para todo o Brasil. Esse ano, o tema ‘A Gente Nunca Foi Tão Mix’, celebrando as diferentes identidades de gênero, orientações sexuais, bem como formatos e linguagens que compõem a programação.
Serão 119 filmes de 35 países e 13 estados brasileiros, atrações de teatro, música, literatura, conferências, realidade virtual (VR), laboratório audiovisual, e o Mix Games traz novos games que celebram a diversidade e a inclusão. E o mais legal, tudo com entrada gratuita.
Entre os filmes brasileiros de destaque, temos o primeiro longa metragem de Lillah Halla, ‘Levante’, filme que conta a história de Sofia, uma atleta de 17 anos que descobre uma gravidez indesejada – eleito o melhor filme das Seções Paralelas pela Federação Internacional dos Críticos em Cannes; ‘Tudo O Que Você Podia Ser’, de Ricardo Alves Jr. sobre o último dia de Aisha em BH, na despedida das suas melhores amigas em um retrato afetuoso sobre a família que se escolhe constituir através do valor da amizade.; ‘Pedágio’, de Carolina Markowicz, que conta a história de Suellen (Maeve Jinkings), uma mãe e cobradora de pedágio, que luta entre trabalhos para financiar a ida de seu filho para um tratamento de cura gay.; ‘A Metade de Nós’, de Flavio Botelho, traz Francisca (Denise Weinberg) e Carlos (Cacá Amaral) perdem o único filho por suicídio; ‘Represa’, de Diego Hoefel conta a história de um homem que atravessa o país em busca de consentimento de um irmão que não conhecia para vender um terreno de uma herança. E o curta ‘Água Doce’ de Antonio Miano, sobre dois primos (Jesuíta Barbosa e Túlio Starling) se reencontram depois de muito tempo para resolver questões relacionadas a uma herança conjunta.
Na seleção internacional filmes de diretores e talentos consagrados que fizeram parte da Seleção Oficial dos Festivais de Berlim, Veneza, Cannes e San Sebastian – a maioria inéditos no Brasil. Entre eles, o nigeriano ‘Todas as Cores Entre o Preto e o Branco‘ e o francês ‘Orlando, Minha Biografia Política’, vencedores do Teddy Award no Festival de Berlim, nas categorias ficção e documentário; o espanhol ‘20.000 Espécies de Abelhas’ de Estibaliz Urresola Solaguren, vencedor do Prêmio Sebastiane em San Sebastian; o francês ‘De Volta à Córsega’ de Catherine Corsini, exibido na mostra oficial do festival de Cannes; o grego ‘Nosso Verão Daria Um Filme’ de Zacharias Mavroeidis, selecionado para a mostra oficial do Festival de Veneza; o alemão ‘Sissi e Eu’ de Frauke Finsterwalde, estrelado pela atriz Sandra Hüller e exibido no Festival de Berlim; o americano ‘Kokomo City: A Noite Trans de Nova York’, de D. Smith, Prêmio do Público de Melhor Documentário em Berlim; o turco ‘Blue ID’ de Burcu Melekoglu e Vuslat Karan, vencedor do Prêmio do Público do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã; o belga ‘O Paraíso’, de Zeno Graton; e o norte-americano ‘Birder’ de Nate Dushku.
A Spcine participa do 31º Festival Mix Brasil promovendo o MixLab Spcine – com workshop da produtora Stink sobre produção com inteligência artificial e da diretora Janaína Leite no metaverso, pitching de games e aulas magnas com os diretores Zeno Graton e Nate Dushku e a diretora brasileira Lillah Halla. Toda a programação acontecerá no MIS. A parceria com a Spcine também é representada por uma seleção de títulos que serão exibidos dentro da plataforma Spcine Play (www.spcineplay.com.br), de 9 a 26 de novembro.
A première nacional da performance teatral francesa ‘O Futuro’, considerada uma exposição em movimento que traz a mensagem humana queer do ritual Shibari, uma ode à necessidade de desaceleração do nosso mundo estará na programação, junto com o espetáculo multimídia ‘Intimidade Virtual’, desenvolvido por artistas de Taiwan e da Austrália com a comunidade queer de São Paulo, protagonizada pelo ator brasileiro Jay Laurentino e com elenco brasileiros e taiwanês. O espetáculo é totalmente interativo, onde o público usa o celular dentro do teatro para responder perguntas sobre o amor, intimidade e relacionamento e encaminhar a ação.
Peça em cartaz entre os dias 9 e 18 de novembro no Teatro Sérgio Cardoso e serão disponibilizadas nas plataformas digitais do #Mix e #CulturaEmCasa (https://culturaemcasa.com.br).
O famoso ‘Show do Gongo’, com Marisa Orth vem em mais uma edição, com curadoria de vídeos engraçados, com realizadores e realizadoras que apresentam seus vídeos para o julgamento do público. Esse ano, de volta ao Teatro Sérgio Cardoso, com ingressos a venda para o dia 14 de novembro às 20h.
Nove instalações de experiências XR de realidades estendidas com temáticas LGBT+ vindas da França, Finlândia, Chile, EUA e Brasil instaladas no MIS para o público viva experiências de diferentes linguagens e recursos tecnológicos. Como ‘Queer Utopia’, inspirada em histórias reais de homens gays 60+, ‘Tom House the VR Experience’, experiência onde os visitantes penetram na lendária residência em Los Angeles onde morou Tom of Finland, um dos mais influentes criadores da arte erótica queer; ‘Corpo Invisível’, um corpo encontra a si mesmo ao ser invisibilizado institucionalmente, sete obras digitais inéditas do polêmico artista chileno Neocristo; e a estréia mundial de ‘Eclosão de um Sonho’, realizado com Inteligência Artificial pela artista Igi Ayedun. Completam a seleção, o ‘Secret ID’, criado com Inteligência Artificial e arte sonora a VR questiona a hipermasculinidade e a vida dupla dos super-heróis, ‘Labirinto Imersivo’, versão VR do espetáculo ‘Labirinto Feminino’ que explora o ponto de pessoas omissas em relação ao ciclo de violência feminina; ‘Ex Aequo’ , dez histórias inspiradoras de atletas profissionais que enfrentam discriminação baseada em raça, gênero, orientação sexual e deficiência e ‘Patience Mon Amour’, série realizada para celular que conta a história de um casal lésbicas, onde Alice descobre que sofre de endometriose e Gabrielle, que nunca quis ter filhos, decide por amor fazer reprodução assistida.
E a exposição virtual ‘Bicho Gente, Bicho’, instalada no metaverso, traz uma seleção de trabalhos, que vão desde desenhos feitos com mídia tradicional (tinta acrílica e pastel oleoso) a esculturas 3Ds, e representam a potência do corpo LGBT+ enquanto sobrevivente na sociedade.
Para os aficionados por jogos, dia 18 e 19 de novembro no MIS, o MixGames celebra a diversidade e a inclusão com jogos inéditos lançados no festival, como ‘Lipsync Killers’, jogo musical com elementos de RPG e luta, inspirado nos famosos lip sync performados por Drags; ‘My True Self’, um visual novel em que o jogador guia um menino trans em sua jornada para encontrar um novo nome e descobrir a si mesmo; ‘Pivot of Hearts’, uma segunda chance no amor numa visão não-monogâmica; e ‘Hands of Timber’, que aborda de forma sensorial a solidão de um homem negro e gay, através de polaroids, o jogo lhe convida a interpretar o que ainda resta ao homem.
No dia 15 de novembro, no Teatro Sergio Cardoso, acontecem os shows de Novos Talentos Drag Queen e Canto, apresentados por Silvetty Montilla e com um júri que apontará os vencedores nessas categorias.
No dia 12/11 às 17h no MIS acontecerá encontro com o escritor e crítico literário francês Mathieu Lindon, que trabalha há muitos anos no jornal Libération. Autor de diversos romances, recebeu em 2011, por “O que amar quer dizer”, o Prêmio Médicis. Foi amigo próximo de Michel Foucault e Hervé Guibert, figuras constantes em sua obra. No encerramento no dia 19 de novembro também no MIS será a entrega dos prêmios em diversas categorias: cinema, XR e também prêmios Mix Literário e Caio Fernando Abreu.
O 31º Festival Mix Brasil ocupa seis espaços culturais de São Paulo: Cinesesc, Centro Cultural São Paulo (sala Paulo Emílio), Spcine Olido, MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Teatro Sérgio Cardoso, Museu da Língua Portuguesa e o IMS – Instituto Moreira Salles. Mas o público de outros estados do Brasil não ficará de fora. A programação online estreia a partir de 9 de novembro e poderá ser assistida gratuitamente pelas plataformas do Sesc Digital (sesc.digital/home), Spcine Play (spcineplay.com.br/) e Itaú Cultural Play (itauculturalplay.com.br).
Toda a programação do 31º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser conferida no site mixbrasil.org.br e também através do Facebook: /FestivalMixBrasil, Instagram: @FestivalMixBrasil, Twitter: @fmixbrasil e Youtube: fmixbrasil. O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério da Cultura, e conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Itaù, Mercado Livre e SPcine e apoio cultural do Sesc SP. Danilo Janjacomo e a produtora Stink são responsáveis pela criação da campanha de comunicação visual, cujo tema é ” A gente nunca foi tão Mix”.
31° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade
9 a 19 de novembro
TODA A PROGRAMAÇÃO GRATUITA
Programação completa: mixbrasil.org.br
Locais: Cinesesc, Centro Cultural São Paulo (Sala Paulo Emílio), Spcine Olido, Teatro Sérgio Cardoso
MIS – Museu da Imagem e do Som e IMS – Instituto Moreira Salles – com ingressos disponibilizados na bilheteria do espaço com uma hora de antecedência.E o Museu da Língua Portuguesa o acesso é gratuito.
* Foto Destaque: Água Doce, de Antonio Miano. Fotos Mix Brasil Divulgação.
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