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A Prefeitura de São Paulo acaba de dar a largada para a comemoração do Centenário da Semana de Arte Monderna de 1922.
Imagina que no começo da década de 1920, Paris já tinha a Torre Eiffel e Picasso já era famoso pelo seu estilo cubista de pintar. Ao mesmo tempo, aqui no Brasil, São Paulo era um pacato vilarejo com casarões de famílias latifundiárias, o trânsito ainda era de carroças, e a arte se resumia a retrato a óleo de barões e de paisagens bucólicas. Foi nesse cenário que um grupo de artistas e intelectuais tomou de assalto o Theatro Municipal, e causou uma revolução na cultura da cidade e do país.
Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, nomes como Mario de Andrade, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret e tantos outros davam o pontapé inicial do que viria a ser o movimento modernista brasileiro, que absorvia as vanguardas europeias vigentes, mas regurgitava tudo com um jeito de fazer arte originalmente tupiniquim. A Semana de Arte Moderna foi um divisor de águas na história da cultura brasileira, e o evento completa 100 anos no ano quem vem.
Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo anunciou o lançamento do projeto Modernismo 22+100, que se propõe desde agora a refletir e celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Entre todas as muitas ações que rolarão até o ano que vem, já estão disponíveis alguns conteúdos para que a gente entre no clima da festa. Os primeiros cinco episódios do Ciclo Modernismo 22+100 – um conjunto de encontros entre 100 personalidades da Cultura e da Cidade de São Paulo que formarão uma curadoria conjunta para as celebrações – podem ser vistos (ou ouvidos) em video ou podcast, no site oficial da campanha, ou nas plataformas de podcasts mais conhecidas. Participaram desses primeiros encontros gente como Kondzilla, Anelis Assumpção, Adriana Couto, Maria Bonomi, Arissana Pataxó, José Miguel Wisnik, Baby Amorim (do Bloco Afro Ilu Obá de Min), Eliane Dias (empresária dos Racionais MCs) e Renata de Almeida (da Mostra de Cinema de São Paulo).
É só o começo, para um evento tão simbólico, ainda mais em tempos de ataques sistemáticos à cultura. O Alê Youssef, Secretário Municipal de Cultura de São Paulo, em entrevista à Gaia Passarelli, prometeu que a programação se estenderá ao longo do ano, mas chegará ao seu ápice em fevereiro do ano que vem, com ‘uma série de ações, com programação intensa no Theatro Municipal e programação gigantesca de ocupação cultural da cidade com cortejos modernistas, bailes futuristas e banquetes antropofágicos.’
A programação inicial planejada pela Prefeitura para 2022 é a seguinte:
Palco – Música Antropofágica
Cortejos Modernistas
Festim no Vale
Theatro Municipal + Balé da Cidade e Mini Virada Cultural
Missão 22REVER22
Museu de Arte de Rua (MAR) temático
Praça das Artes – Quilombo das Artes: Rodas de Samba e Bailes Futuristas
Eixo de programação infantil
Eixo de programação de Dança
Pelo visto ainda teremos muito assunto para falar do esperado Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. E o melhor é que a semana em si será exatamente a semana que antecede o tão esperado Carnaval. Motivos para celebrar em 2022 não vão faltar!
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.