Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Canopy São Paulo oferece uma experiência muito mais rica que um hotel comum. Por isso, pode ser um convite para viajar sem nem sair da cidade.
Viajar é um estado de espírito. Fazer isso na sua própria cidade é um desafio e eu te convido a fazê-lo. Bora pro Canopy?
Escolher um bairro que não seja o seu, um hotel bacana, descobrir lugares e coisas novas, fazer a mala e ir! Em uma pandemia é preciso buscar novas maneiras de fazer coisas velhas.
Buscando uma fuga segura com o Valentin, meu cachorro, achei o Canopy, em São Paulo que abriu as portas definitivamente no último dia 1 de junho. Ele merecia mais que eu esse passeio, por essa pequena rua do Jardins.
Eles aceitam cães de todos os portes e não cobram mais por isso. Seu cachorro vai ser mimado e você só precisa levar a comida. Os cuidados normais de viajar com seu pet devem ser feitos. Banho, coleira e conhecer muito bem os hábitos, para não correr riscos com as necessidades.
O Barnô é o bar no rooftop do prédio, que está para abrir, todo de janelas imensas e uma área externa perfeita para ver o pôr do sol, virado para o parque do Ibirapuera, com muito verde e construções do Niemeyer, além das antenas da Paulista e o skyline da cidade.
Ter direito à arte dentro do hotel é incrível e te permite passear sem sair dali. O grafiteiro Speto tem dois murais gigantes e trás a lembrança que estamos em um museu a céu aberto, que é a cidade de São Paulo.
O hall da recepção recebeu um painel babado da ceramista Nathalia Favaro, que divide o espaço com uma cadeira da Lina Bo Bardi (a gigante que projetou o Masp), e poltronas do Paulo Mendes da Rocha (o gigante com uma matéria só pra ele aqui).
O bar do Stella recebeu peças que foram desenhadas na Aldeia Beija Flor, na Amazônia, que viraram luminárias lindas.
Por ter a arte inerente ao espírito do hotel, eles abriram as portas com uma exposição do Papelaria, que estava no SP Arte. O Papelaria é feito por pessoas geniais e são uma incubadora de ideias, que transformam tudo em arte feita de papel. Eles tem obras espalhadas pelo mezanino e recepção do hotel e assinam um dos produtos da lojinha, uma bolsa incrível de papel.
Aproveitei e recebi no hotel um calendário em parceria com o Felipe Morozini, completamente atemporal para levar arte pro quarto. O Felipe estampa a cidade com murais, como o do Minhocão, “Eu sabia que você existia”. O calendário traz todo mês uma das frases icônicas do artista e mesmo feito de papel, cada mês se transforma em cachepô ou cesto para usar na posteridade.
Eles trazem a noção de que tudo pode ser usado e transformado, e não simplesmente ir pro lixo. Isso é sustentabilidade e noção de como deve ser um mundo melhor. Todos esses cuidados nos levam a olhar para alguns detalhes do hotel que fazem a diferença.
O hotel tem um cuidado imenso com os protocolos e, inclusive, criou o Clean Stay para garantir que os hóspedes estarão seguros. É uma limpeza com padrão hospitalar com máxima atenção a todas as superfícies e lacrando o quarto após a limpeza, que será aberto apenas pelo próprio hóspede.
O mel usado no hotel é da Mbee, que é feito por pequenos agricultores de uma maneira sustentável, trazendo luz para a importância das abelhas, nesse caso às Jataí, nativas e sem ferrão, que produzem um mel menos doce e delicioso. Para chamar a atenção, o Canopy tem na sua entrada uma caixa para o cultivo das abelhas. Dá para ver como é dentro e como funciona um enxame, sem incomodar as fofuchas.
Para reduzir o consumo de plástico, em todos os andares tem um purificador de água e garrafa de vidro nos quartos, para lembrar os hóspedes que as coisas não são descartáveis.
Bicicletas também são liberadas para quem se hospeda por lá! É o meio de transporte mais limpo, além das nossas pernocas. O passeio também é gostoso e, não esqueça, use máscara.
O Canopy usa ar condicionado a gás para reduzir a emissão de gás carbônico e o consumo de energia elétrica, o único da América Latina.
O Canopy São Paulo é o novo hotel de lifestyle da Hilton, com endereço nos lugares mais bacanas do mundo e traz todo o conforto que a rede oferece. Mas traz esse conceito de just the right room, ou seja, exatamente o que você procura e precisa em uma viagem.
A inspiração dos quartos foi a “poesia concreta de tuas esquinas”, fazendo menção à música tema da cidade, unindo ao conforto de estar em casa, com uma cama inesquecível com controle de temperatura, janelas imensas pro skyline da cidade, tapetes e espreguiçadeiras para trocar de ambiente, mesa para montar seu café ou para espalhar seus livros.
Seguimos criando novas maneiras de fazer coisas velhas. Ali do lado, tem a Livraria da Vila, mas fui online e trouxe o fim de semana perfeito para dentro do hotel. Queria muito ler Torto Arado e o fiz.
Canopy também é o nome das coberturas de camas (usadas desde que mundo é mundo), que trazem o conceito de “I got you covered”, com a ideia de estar seguro e protegido. O que eles fazem também com todas as suas necessidades e desejos durante a estadia. Todas as camas de todos os Canopy do mundo tem essa mesma cobertura!
O banheiro é amplo, claro e com uma pegada moderna chic, com um chuveiro tudo pra mim, que queria na minha casa, com uma área enorme de água e que cai gentilmente, mas ainda assim, intensamente. Difícil de explicar, difícil de esquecer!
O hotel tem um espaço bem confortável para quem quer fazer early check in ou late check out, com lockers grandes e te permite um banho e a estrutura do hotel para ter mais liberdade.
Como tudo no Canopy, comer no Restaurante Stella do chef David Kasparian também é uma arte. Daquelas gostosas de apreciar. Eu quase zerei o cardápio, mas vamos começar pelo começo.
O café da manhã é um desbunde. Comemos primeiro com os olhos e as louças escolhidas dão o tom do que está por vir. Daqueles cafés da manhã que dão saudades de dormir em um hotel. Completo, com iogurte e frutas, mel, geléia, frios e pães salgados e doces.
O cardápio do Stella, que está dentro do Canopy, é brasileiro contemporâneo e você precisa experimentar a abóbora torrada com mel, queijo boursin, amêndoas e salada de catalônia ao molho Ravigote. Sim, eu lembro de cada ingrediente! O carpaccio de filé mignon com missô de feijão preto também tem que estar na sua lista de desejos do restaurante.
De principal, o risoto é incrível e leve, o peixe é curioso e muito bom com uma massa que lembra um sagu e o filet mignon com uma farofinha deliciosa.
De sobremesa, o mousse e na escolha do drink, vá em qualquer um. Eu sou do time do Dry Martini, que é uma bebida difícil de acertar, o que eles fizeram. Acertaram em cheio! Além do tradicional, tomei um Saphire Moonlight bem fresh para um almoço animado com Valentin.
Não posso deixar de dizer que pedi uma Schweeps Citrus em algum momento e ele reproduziu para mim, mas completamente natural. Me deixou passada e foi a gota da água para uma paixão fugaz pelo Canopy São Paulo.
Não posso deixar de agradecer a Layla que faz com que um hotel grande fique pessoal e amoroso.
Canopy São Paulo
R. Saint Hilaire, 40 – Jardim Paulista
(11) 3509-9610
Já foi turistar na sua cidade? Entaovah!
Te conto uma outra fuga da cidade, no A-Horta aqui ó!
Aqui, é o Projeto Menu em Casa, para experiências em casa.
Viajante por natureza, Patricia busca pequenas descobertas cotidianas. Acredita que o encanto das cidades mora no ritmo dos locais e pode passar horas em um café apenas observando a banda passar. Ex-dona de hostel e ex-mochileira com algumas recaídas, hoje prefere quartos com vista em nowhere. Amante das road trips e desenvolvedora de roteiros com a cara do viajante, cai na estrada para conhecer e desbravar esse mundão.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.