Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Nós cansamos de dizer aqui no Chicken or Pasta que o Festival Path é realmente um festival para você prestar atenção, porque nele você pode encontrar tudo de mais interessante e inovador em várias áreas do conhecimento. Para você estar ainda mais por dentro dos detalhes da programação da edição 2019, decidimos fazer uma série de artigos sobre cada uma das frentes desse festival, e vamos começar por uma das coisas que todo mundo mais ama na vida: música!
Entrevistamos a Juli Baldi, curadora da área musical do festival. Ela é uma brasileira apaixonada por música que tem experiência em grandes eventos como o Natura Musical, Red Bull Station, SIM São Paulo e que atualmente é diretora criativa do Bananas Music. Nós revelamos por aqui seus segredinhos.
Um dos temas do festival para quem trabalha com música – principalmente para os artistas – é: como executar melhor as funções dentro dessa indústria alinhada com o nosso tempo múltiplo e tecnológico? Se antes a estratégia era criar e lançar um álbum para ser resenhado, agora faz muito mais sentido lançar apenas singles, para facilitar a entrada em playlists e se alinhar com o novo consumo veloz. Para responder a essa questão, a curadoria traz uma mesa chamada “Mídias Tradicionais versus novo consumo musical: como ter uma estratégia de divulgação equilibrada?”, que tem como nomes Daniela Rodrigues, manager do Rashid, Adriana Del Ré, do Estado de São Paulo, e com mediação da jornalista Alessandra Braz dos Santos. A mesa procurará responder qual é a melhor maneira de o artista poder se destacar nas mídias digitais sem deixar de lado a relevância da mídia tradicional – aquela que chamamos de “mídia de massa”.
A velocidade de informação atual exige do artista mais do que sua arte, portanto outra oficina fundamental na carreira de quem vive de música é a de Gerenciamento de Carreira, que vai trazer Cris Rangel para expor casos de sucesso reais para inspirar artistas e produtores. Uma das questões que essa mesa procura responder é: qual a melhor estratégia de cronograma de planejamento e conteúdo de carreira?
Atualmente parece um tanto inapropriado conhecer novos artistas fora do ambiente digital, a facilidade do streaming e a inteligência dos algoritmos contribuem para a avalanche de ofertas. Por isso vai rolar a oficina “Streaming à brasileira: como plataformas brazucas com apelo popular estão competindo com o Spotify”, uma excelente oportunidade de entender mais sobre o mercado do streaming no contexto brasileiro. Essa está por conta de Rodrigo Amar, do Palco MP3. A mediação será de Mariana Amaro, da Lito Music. O público pode esperar um debate sobre direitos autorais na era das tecnologias e também saber sobre a lógica das playslists, algoritmos e como o gosto popular antecipa tendências e transforma as plataformas em grandes divulgadores da música nacional.
Casas de shows são mais do que espaços para apresentações musicais. São ambientes de troca, conexão e que refletem a identidade cultural de uma cidade. Haverá ainda um workshop muito interessante para quem trabalha com produção musical e também para que os artistas entendam como funciona essa cena chamado “A construção da identidade musical das cidades através das casas de show e espaços culturais independentes” com Eduardo Titton da casa de shows Agulha, em Porto Alegre, e Esmeraldo Marques Filho, de João Pessoa, debatendo com Monique Dardene como espaços culturais podem modificar o cenário musical local e tudo que envolve criar e manter uma programação e um espaço cultural independente hoje no Brasil.
Afinal, qual é a cara da música popular brasileira de 2019? Essa é uma das perguntas que a Dj Mari Boa Ventura, do Pantera Cartel, vai mediar no papo com MC Rebecca, representando o Funk 150BPM do Rio de Janeiro, Dany Bala, do BregaFunk de Recife, e Lei di Dai, da cena DanceHall de São Paulo. Esses são dois nomes super impactantes, pois MC Rebecca lançou o hit “Cai de Boca” no auge dos seus 20 anos e está na linha de frente das mulheres funkeiras do leste paulista, enquanto Dany Bala é produtor de nomes como MC Loma, que lançou o hit “Envolvimento” há alguns carnavais e lançou tendência no cenário nordestino.
Desde a chegada das grandes plataformas de streaming no país, o mercado brasileiro vem tentando se adaptar e entender como o jogo de direitos autorais, playlists e algoritmos funcionam. Para estar por dentro das descobertas musicais, há o bate papo “Descobertas musicais analógicas na era do streaming”, com Augusto Trepanado, da Selva Discos, Yoka, de Somatória do Barulho, que contará com a mediação da DJ Gui Nunez para falar sobre os tesouros e novos valores do mundo musical analógico na era de Spotify e outras plataformas de streaming.
Presente na cultura hip-hop há décadas e chegando agora com força na cena brasileira, o Cypher é um formato que reúne diversos rappers cantando, um após o outro, numa mesma faixa gravada e serve como um importante recurso para a divulgação e o aumento de representatividade.“A dominação das cyphers no rap brasileiro e o que você tem a ver com isso” é a provocação da presença desse gênero em um bate papo com Drik Barbosa, Harlley de Mello Ferreira (Quebrada Queer) e que terá a mediação da DJ Mayra Maldjian para pensar a dinâmica do diálogo, representatividade e divulgação do rap no cenário atual.
Entre os artistas escolhidos esse ano estão Jaloo, Carne Doce, Craca e Dani Nega, Fabriccio, Luísa e os Alquimistas e Potyguara Bardo. Você pode conferir a lista completa aqui.
Essa é dica pra colocar na agenda! Anota aí em que horário essas oficinas vão acontecer:
Data: 1 de Junho | Horário: 09h45 – 10h45: A construção da identidade musical das cidades através das casas de shows e espaços culturais independentes, Maksoud Plaza, Sala Distrito Federal
Data: 1 de Junho | Horário: 09h45 – 10h45: A dominação das cyphers no rap brasileiro e o que você tem a ver com isso, Maksoud Plaza, Sala Mato Grosso
Data: 1 de Junho | Horário: 17h – 19h: Gerenciamento de Carreira, Hotel Tivoli Mofarrej, Sala Pinheiros
Data: 2 de Junho | Horário: 17h45 – 18h45: Streaming à brasileira: como plataformas brazucas com apelo popular estão competindo com o Spotify, Maksoud Plaza, Sala Mato Grosso
Data: 2 de Junho | Horário: 17h00 – 18h00: Descobertas musicais analógicas na era do streaming, Clube Homs, Sala Paulista
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.