Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Recentemente rolou o Singularity Brazil Summit. Mas para quem não teve um patrocínio corporativo, provavelmente perdeu. Sem dúvida é um dos festivais com maior qualidade de palestrantes entre todos os festivais de inovação, e bem voltado ao público corporativo – tanto pelo público quanto pelo preço. Mas é de extrema relevância, pois não existe uma empresa sequer que não esteja sendo impactada pelas rápidas transformações tecnológicas.
Mais uma vez vimos o topo da pirâmide empresarial do país reunida para as discussões abordadas: a velocidade exponencial das mudanças, tecnologias emergentes, impacto positivo e – principalmente – o porquê desse próprio “topo da pirâmide empresarial” perder o sentido em um mundo horizontalizado, em rede, e menos hierárquico. Essa grande demanda é, sem dúvida, grande parte a marca sexy da Singularity junto com o poder do “mailing HSM”, organizadora dos principais congressos para executivos do país. Porém também acredito que é um grande indicador q as empresas perceberam que precisam mudar – e rápido.
A visão de futuro da Singularity, sem dúvida, é extremamente otimista. O único perigo é achar que ela é única, como diz esse texto do Tiago Mattos ou esse da Rosa Alegria. Mas como esse congresso é deles, nada como começar com o conceito de moonshot thinking, e se você não estiver familiarizado, acho legal ver um vídeo do Peter Diamandis – médico, engenheiro e co-fundador da Singularity.
Ele é o muso de 100 entre 100 geeks. Tivemos oportunidade inclusive de fazer uma entrevista exclusiva (que logo logo postamos no insta). O canal Shots of Awe é uma das nossas maiores inspirações diárias. A palestra de abertura do segundo dia foi totalmente sem roteiro, inspirada, e contagiou de otimismo o público sobre o futuro. Mas essa palestra que ele deu no TNW não deve em nada:
O ótimo Jeffrey Rogers é um dos famosos hosts dos summits da Singularity, e ele realmente é um palestrante emocionante e didático. A introdução dele à exponencialidade foi dada no evento, mas esse do global summit é muito próximo ao que ele falou por aqui:
Sem dúvida a palestra que mais gostei foi sobre biologia sintética e digital: imagina se criássemos peixes que comem plástico e seus dejetos combatessem a acidificação dos oceanos? Isso é o que discutiu a Tiffany Vora. O que mais me impressionou foi que ela foi a fundo na legislação brasileira para discutir os limites da manipulação genética.
Pascal Finette é uma daquelas figuras imprescindíveis nos summits da Singularity. Ele falou sobre impacto a nível global, e como que as startups e empresas precisam colaborar para resolver os grandes desafios da humanidade.
A segunda palestra que mais amei foi de Taddy Blecher, que encheu o público de esperança sobre novos paradigmas na educação. Ele não ficou só no blablablá sobre o que está errado hoje, mas trouxe iniciativas globais que realmente fizeram diferença.
Sem dúvida a Singularity University foi extremamente relevante para disseminar alguns conceitos nesse universo acelerado, volátil, incerto e ambíguo que vivemos. Porém, como mencionei ano passado, ainda encaro com reticência pregar e disseminar o conceito da abundância. Restringir o acesso ao conhecimento é a antítese do walk the talk. Certamente liberar o conteúdo live ao menos online estaria mais próximo de impactar positivamente um bilhão de pessoa, e é isso que tentamos colaborar colocando o conteúdo nesse post.
De qualquer forma, o papel de trazer para o topo da pirâmide empresarial a responsabilização sobre o impacto positivo em toda cadeia, em todas as empresas, já é um grande impacto positivo por si só.
*Foto de destaque: Jorge Gordo – Unsplash
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.