Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A Indonésia é o maior país de maioria muçulmana do mundo e também uma das rotas turísticas mais requisitadas nos últimos anos. Por isso, se você tem interesse em visitar o país, fique atento com as datas da sua viagem.
E, caso a vinda coincida com o Ramadã, aqui vão algumas dicas de ouro sobre como aproveitar ao máximo o período e as festividades.
O Ramadã acontece no nono mês do calendário islâmico, todo ano em datas diferentes, e é o período de purificação para os islâmicos. Os adeptos devem se abster de fumar, comer, beber, ter relações sexuais desde antes do nascer do dia até ao anoitecer e jejuando durante todo o mês, iniciando a cada amanhecer e fazendo o desjejum após o entardecer.
O período é de renovação da fé, onde a prática da caridade é intensificada e a união familiar é muito importante. Neste momento, os adeptos fazem uma leitura mais assídua do Alcorão e aumentam a frequência das orações nas mesquitas.
Quem viaja pela Indonésia durante o Ramadã, ainda mais em ilhas de maioria muçulmana, como Lombok, Java e Sumatra, pode ouvir as orações durante todo o dia, feitas em auto-falantes e microfones.
Uma dica importante é escolher uma acomodação distante das mesquitas, pois algumas orações acontecem de madrugada e, com certeza, você não vai querer ser acordado todos os dias às 4 horas da manhã.
Especificamente para os turistas em Bali, a única ilha de maioria Hindu na Indonésia, as mudanças durante o Ramadã são mínimas. Não existem muitas mesquitas na ilha e a única mudança mais perceptível é no número de restaurantes muçulmanos, pois alguns deles fecham durante este mês.
É bom enfatizar que o Ramadã é um período de muitos feriados, por isso, fique atento com as datas caso precise comparecer em algum órgão do Governo, como Embaixadas e Consulados. Você pode consultar os feriados oficiais no site da Embaixada do Brasil em Jakarta, mas fique atento às datas festivas específicas da ilha em que você está.
Para quem gosta de se aventurar com comida de rua, o Ramadã é com certeza uma data muito especial. Como muitas pessoas estão jejuando, o Iftar, a quebra de jejum após o pôr-do-sol, é uma celebração diária que acabou criando a cultura de comidas específicas para o período.
A comida do Ramadã na Indonésia tem influências chinesas e indianas evidentes, diferente de outros países que celebram o período com forte influência árabe nos pratos.
Se você quiser experimentar alguma comida tradicional de rua no Ramadã, basta andar alguns quarteirões entre às 4 e 5 da tarde, quando as pessoas armam barraquinhas para vender em 1 hora todos os doces e salgados típicos, com pratos que respeitam a exigência Halal.
Em Lombok, conhecida como a ilha das 10.000 mesquitas, é possível encontrar pratos típicos como o Gado-Gado sendo vendidos a 5.000 Rp ou 1,25 reais. Já em Bali, a comida de rua do Ramadã é majoritariamente de doces típicos, como os diferentes tipos de Bubur, sendo vendidos também a 5.000 Rp ou 1,25 reais em copos descartáveis.
Eid al-Fitr, ou Idul Fitri para os indonésios, é a celebração que marca o final do Ramadã e significa literalmente “celebração do fim do jejum”. A data oficial é apenas de um dia, mas é muitas vezes celebrada por 3 dias e, na Indonésia, durante uma semana inteira.
O Idul Fitri é muito semelhante com o Natal cristão, quando todos os adeptos viajam para encontrar a sua família e passar a semana compartilhando presentes e fazendo refeições juntos.
Neste período, muitos comércios, restaurantes e, claro, órgãos públicos estarão fechados. Por isso, não deixe de se preparar para o feriado prolongado com antecedência.
___
Uma última dica para aproveitar ao máximo o Ramadã na Indonésia é estar aberto para se envolver com as pessoas, fazer perguntas para os moradores locais e não deixar uma data tão importante no país passar despercebida no teu roteiro turístico.
Participe das celebrações públicas e não se esqueça de acompanhar o calendário festivo para não ter surpresas.
Foto em destaque: Unsplash.
Designer, especialista em perrengues, comida de rua, gestão de marcas e trabalho remoto. Come, dorme e se teletransporta por aí no jeitinho simples da vida local. Radicada em Bali e procurando sempre a próxima ilha para ancorar.
Ver todos os postsGostei! História, turismo cultural informações úteis e belas fotos…!!!
Oi Addo, legal que gostou do conteúdo. Não encontrei muitos textos falando sobre o assunto, por isso achei interessante contribuir a respeito. Obrigada pelo feedback :-)
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.