Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Imagine um evento de educação que reúne professores, gestores escolares, profissionais de edtech em um só lugar e que tem a grife do SXSW, talvez o maior festival de inovação do mundo? Prazer, esse é o SXSW EDU, festival que celebra sua nona edição em Austin, no Texas, que começou dia 3 e termina em 7 de março de 2019.
O festival é uma iniciativa do SXSW junto com a Associação de Professores do Texas e reúne toda sorte de pessoas interessadas em educação e aprendizagem. Para se ter uma ideia, em 2018 44% do público era composto por professores e gestores escolares.
Nos quatro dias de evento, são discutidos diversos temas relacionados ao ensino, especialmente o fundamental e médio: currículo, avaliação, engajamento, formação de professores. Essa discussão é permeada por assuntos como diversidade, inclusão e equidade.
O festival de 2019 está discutindo a apropriação da jornada de aprendizado por educadores e alunos. Outros painéis falam sobre o uso de realidade estendida, blockchain e cidadania digital. Ou seja, um mix de temas e conteúdos que só fazem sentido quando olhados em conjunto: quais os potenciais destinos para a educação.
Para nós brasileiros, estar no SXSW EDU é uma oportunidade de entender como as realidades da educação pública nos Estados Unidos e Brasil são, ao mesmo tempo, parecidas e diferentes. Entre as similaridades, existe a questão do orçamento escolar, as políticas de avaliação entre alunos e professores, além de diversidade e inclusão. Entre as diferenças, vemos principalmente o método curricular e adoção de tecnologias em sala de aula, que está um pouco mais avançada por lá.
Estou aqui pela quarta vez consecutiva e acho sempre um barato! É um evento que traz várias possibilidades de interação. Seja em um dos vários happy hours, ou num canto de sala carregando seu telefone, esteja preparado para um bate-papo. É a chance de conhecer pessoas os mais variados projetos: gente que ensina ciências, matemática e línguas através do hip hop; pessoas que criam bibliotecas em barbearias infantis, ou quem usa a tecnologia para combater a violência escolar.
Ah, também darei minha contribuição esse ano. Modero no dia 3 o painel “Making Public Education Thrive in Vulnerable Areas”. Nele, as educadoras Pilar Lacerda e Cleuza Repulho conversarão sobre os desafios e dificuldades da implantação de políticas públicas de educação no Brasil, considerando as aspectos políticos, sociais e econômicos.
Quer ir se preparar para o próximo ano? Então leia isso aqui!
No geral, o SXSW EDU é bem mais barato do que o SXSW. Das inscrições até os custos de hospedagem, espere gastar bem menos em relação a semana do SXSW. Como o preço da passagem aérea não muda tanto, se couber no seu orçamento, uma dobradinha entre os dois festivais é bem-vinda. Se você quiser ir na edição de 2020, fique de olho nas datas divulgadas no site e nas redes sociais do evento. O primeiro lote de vendas costuma abrir em agosto. É quando você consegue os ingressos pelo melhor preço e há boa disponibilidade de hoteis.
Coloque na agenda! Quem sabe nos vemos lá no ano que vem?
*Felipe Menhem é jornalista, curioso e sócio da 42formas, uma empresa de consultoria e desenvolvimento de experiências de aprendizagem.
Foto destaque: Alejandro Mendoza
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
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