Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Com uma mistura equilibrada de rusticidade e design, natureza e ferveção, turistas e locais, Búzios é o destino coringa dos cariocas quando querem sair da cidade. O Chicken or Pasta te apresenta um guia do que fazer, onde ficar e onde comer em Búzios.
Búzios sofre com o excesso de turismo na alta temporada. No verão, cruzeiros lotam a cidade, vomitando cinco mil pessoas de uma vez. A principal artéria fica entupida de carros e leva-se cinco horas para percorrer os menos de 200 km que separam Búzios do Rio de Janeiro. Em feriados como Réveillon e Carnaval, é difícil encontrar um lugar para estender a canga na areia. Acredite, já passamos por isso.
Felizmente, sobram motivos para visitar Búzios entre março e novembro, quando, inclusive, o tempo é bem mais firme. Fora da alta temporada, tem festival gastronômico, de Blues e de cinema, com preços amigos ao bolso. Durante a semana e fora de férias e feriados, as tarifas baixam consideravelmente.
Se você é da vibe Fit Happens, não faltam eventos de vela, natação e corrida na cidade. O hotel Atlântico Búzios tem um calendário esportivo atualizado.
Separe o filtro solar, a espadrille e leia esse guia de Búzios.
Búzios está a 170km do Rio de Janeiro, com a facilidade de ter um ônibus que leva do Aeroporto Internacional do Galeão até a cidade. Os demais ônibus saem da rodoviária Novo Rio.
Estar de carro sempre dá autonomia. As distâncias podem parecer pequenas, mas leve em consideração as ladeiras do caminho. De quebra, o carro vai ser útil se você quiser visitar as vizinhas Cabo Frio ou Arraial do Cabo (que tem o mar mais incrível do estado do Rio, mas uma cidade decepcionante). Agências de turismo e transporte oferecem transfer porta a porta do Rio até sua pousada em Búzios.
Os aplicativos de transporte funcionam na cidade e há vans e ônibus intermunicipais. O meio de transporte mais característico de Búzios, porém, é o Aquataxi, um upgrade de pedalinho que circula entre as praias centrais.
Com tantos estrangeiros morando na cidade, a gastronomia é uma das maiores atrações de Búzios. Tem opções para todos os gostos e os preços estão mais para as capitais brasileiras do que para vilinha de pescador.
Sucesso no Instagram, o Místico é o restaurante da pousada Abracadabra e fica no alto do morro do Humaitá, com uma vista matadora para a Baía da Armação. Não deixe de pedir o povo e chutar a dieta com o menu degustação de sobremesas.
O Porto da Barra é um complexo com restaurantes, mercado de peixe, lojinhas, serviços e a maior vibe praiana. Tem até manguezal. Dá para ir de chinelo e ter um jantar sofisticado e – uma vantagem em Búzios – tem amplo e farto estacionamento. O Bar dos Pescadores é super popular, mas não conseguimos ver graça. Recomendamos o Donna Jô, mas o Porto da Barra é o tipo de lugar que vale a pena dar um rolé e escolher onde comer na hora. Ver o pôr do sol no Porto da Barra com uma tacinha de vinho branco na mão é a verdadeira definição de felicidade.
Com tantos argentinos na cidade, Búzios é um lugar onde dá para encontrar Fernet com Coca Cola na praia (dispensamos, mas rola lá em João Fernandes). O lado bom é que também tem empanadas maravilhosas. A Empanaderia Real, na muvuquinha circundante à rua das Pedras, oferece uma boa variedade de empanadas há mais de 20 anos.
Bom mesmo é caminhar pela região da Rua das Pedras (por “região”, consideramos a Praia dos Ossos, da Armação e o Morro do Humaitá) checando os cardápios. Um clássico é o Cigalon. O restaurante é sofisticado, tem bom atendimento e aquela vista que você procura quando vem à Búzios, com um menu executivo para almoço mesmo nos fins de semana. Mais informal, o Pimenta Síria tem culinária do oriente médio, à la carte ou em rodízio.
Búzios tem duas grandes zonas de hospedagem: a praia de Geribá e a região da Rua das Pedras. Se você estiver sem carro escolha um desses dois lugares, que são planos e recheados de opções de restaurantes. Há outras pousadas em zonas mais residenciais (ou de veraneio), principalmente em João Fernandes, João Fernandinho e Ferradura.
Em Geribá, costumamos nos hospedar na Pousada do Namorado. A pousadinha é boa, bonita, barata e tem pequenos mimos, como hidromassagem ao ar livre e cafezinho com bolo à tarde.
Surpreendentemente, as opções de hospedagem pé na areia são restritas. E, sinceramente, não valem a pena. Paga-se caro para ficar de frente para o mar em pousadas razoáveis. Dispensando a vista, opções mais charmosas a duas quadras da praia custarão quase a metade do preço, como a Tangarás.
A santíssima trindade do luxo em Búzios tem nome: Casas Brancas, Vila D’este e Abracadabra. As pousadas ficam uma ao lado da outra, perto da Orla Bardot. Com gastronomia, spa e galeria, o Insólito te deixará sem vontade de sair do hotel. Caso a verba esteja curta, vá ao menos jantar ou tomar um drink nesses hotéis.
A não ser que seus planos incluíam esportes que envolvam vento e ondas, evite a hospedagem nas praias Rasa ou Brava: ficam afastadas do fervo o mar e é bem mexido.
Alguém não pensou em praia nesse guia de Búzios? Fazer a fotossíntese é o principal programa de Búzios. Mas lembre-se: as praias do Canto, Armação, Manguinhos e Ossos ficam no centro da cidade e, portanto, não são adequadas para banho.
Geribá é a praia social, com windsurf e baladinha no Fishbone a partir do por do sol. A selvagem Tucuns é para surf. João Fernandes, Ferradura e Tartaruga, com suas águas calmas, são ideais para famílias. Quem prefere tranquilidade pode ir para Azeda e Azedinha, que são Áreas de Proteção Ambiental e por isso não têm quiosques.
A Brava é uma praia mais elitista, onde só dá pra chegar de carro. É bem selvagem e tem um mar que faz jus ao nome. As maiores atrações são dois beach clubs que não devem nada a Mykonos: o Silk e o Rocka. Se não estiver dando tanta praia, uma refeição ou drinks sem pressa nos beach clubs com vista para o mar são ótimos programas. Confira a programação com antecedência.
Nossa praia preferida em Búzios é a Olho do Boi, o recanto naturista do lugar. Minúscula e em meio as pedras, é acessível por uma trilha que sai à direita da Praia Brava. O visual rende lindas fotos – antes de chegar na praia, por favor.
Flanar pelas vizinhas Rua das Pedras e Orla Bardot é programa para qualquer hora do dia ou da noite. Muitas lojas abrem no horário do almoço e fecham às 22h. Com chuva, sol ou em qualquer época do ano, vale a pena dar um rolé por lá.
E esse tal fervo que a gente tanto fala? Não é lá o tipo de som que curtimos, mas não sonegamos informações: há mais de 30 anos, o Chez Michou concentra a galera mais jovem no burburinho da Rua da Pedras (ou seja, é um burburinho ao quadrado). A noite na Privilége começa de madrugada e vai até de manhã. E tem muitos outros clubs que tocam funk e sertanejo e a gente se recusa a dar aqui. Melhor garantir um chopinho na Noi e guardar as energias para a praia no dia seguinte.
*Foto capa: Tadeu Jnr / Unsplash
Carioca da Zona Norte, hoje mora na Zona Sul. Já foi da noite, da balada e da vida urbana. Hoje é do dia, da tranquilidade e da natureza. Prefere o slow travel, andar a pé, mala de mão e aluguel de apartamento. Se a comida do destino for boa, já vale a passagem.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.