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Rock in Rio Lisboa: bandas e músicos portugueses que você deve conhecer

Quem escreveu

Renato Salles

Data

11 de July, 2018

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Quando recebi o convite para conhecer o Rock In Rio Lisboa, que aconteceu no final de junho, eu dei uma olhada no line-up e nada me saltou ao olhos na primeira vista. Alguns dos headliners são estrelas mundiais, e mesmo eu sabendo que seriam grandes shows, não são músicos que eu constumo acompanhar. Mas como eu contei aqui, o grande trunfo do Rock in Rio para mim não está nesses nomões que aparecem em letras garrafais nos cartazes que se espalham pelas cidades onde passa. O melhor do festival está nos vários palcos menores, que trazem gente que ainda não tem público para um Palco Mundo, mas tem muita música para mostrar.

Na minha passagem pelo primeiro fim-de-semana da 8ª edição do Rock in Rio Lisboa, o que me fez gastar mais sola do sapato foi mesmo pipocar o tempo inteiro entre os palcos para conferir apresentações de gente que eu nunca tinha ouvido falar, principalmente no Palco Music Valley. O mais bacana de cruzar o Atlântico para ir no festival que é cria brasileira, é que lá existe um intercâmbio muito grande entre a nossa música e a  portuguesa, que por aqui acabamos escutando muito pouco. A curiosidade valeu a pena, porque acabei conhecendo músicos e bandas portuguesas sensacionais, que quem sabe você também vai curtir.

Carolina Deslandes

Essa pequena notável avisou aos pais que seria cantora desde pequena, ao ver um show do Xutos e Pontapés. Entrou para o programa Ídolos português em 2010 e ficou em 3º lugar, mas sua carreira só deslanchou mesmo em 2017, quanto lançou seu 3º álbum, e o single ‘A Vida Toda‘, que chegou no topo de todas as listas do país. Chegou a gravar um álbum inteiro em inglês, com uma pegada pop bem americanizada, mas é cantando em português que a Carolina se sobressai. Tem ótimas músicas no combo voz e violão, mas tem algumas composições bem interessantes no começo da carreira com arranjos mais encorpados e retrôs.

HMB

A sigla vem de ‘Heber Marques Band’, a partir do nome do vocalista. Na estrada desde 2007, essa banda já tem 4 álbuns lançados, todos em português, e sendo um deles gravado ao vivo no Teatro Nacional da Namíbia. O som deles é uma mistura redondinha de funk e soul muito gostosa de ouvir, que ainda traz pitadas de RnB, hip hop e gospel. O último álbum deles ‘+’ teve participação especial do Emicida, na faixa ‘Estrela Brilha’.

Da Chick

Enquanto a Anitta trazia o funk brasileiro no palco principal, Teresa de Sousa a.k.a. Da Chick soltava do outro lado um outro funk que remetia à Nova York dos anos 70. Sua energia no palco e seu vozeirão em inglês fizeram todo o público presente se entregar ao boogie-woogie, cheio de temperos disco e fraseados do hip hop.  Por enquanto a Da Chick só lançou um álbum completo em 2015 e mais alguns EPs, mas vale a pena ouvir tudo. É música para afastar os sofás da sala e descer o globo espelhado.

Moullinex

Agora que a pista já esquentou, chegou a hora de ferver. Moullinex é o alter ego do produtor, dj e multi-instrumentista português Luís Clara Gomes. Ele já foi requisitado para fazer remixes para artistas do calibre de Cut Copy, Røyksopp e Sebastien Tellier, e selos como Kitsuné, Modular e Gomma, e ajudou a criar o coletivo Discotexas, que faz uma das noites mais animadas de Lisboa. No Rock in Rio ele montou um verdadeiro espetáculo para apresentar seu último lançamento, ‘Hypersex’, que faz apologia à cultura  dos clubs e tem até uma participação da Da Chick. O som é uma saladona dançante de space disco, house, funk, trip hop, mais um monte de influências que fez o público vir abaixo.

Língua Franca

Vou roubar um pouco no jogo, mas é por uma boa causa. O Língua Franca é um projeto dos brasileiros Emicida e Rael com os rappers portugueses Capicua e Valete, com o intuito de promover uma verdadeira troca de experiências, culturas e sotaques. O Valete não esteve no Rock in Rio, mas a Capicua no palco é um verdadeiro trator de rimas. Para mim foi o melhor show do festival, contando ainda com a participação da cantora Sara Tavares, que é outra que vale a pena ir atrás.

*Foto do destaque: palco Music Valley no Rock in Rio Lisboa 2018 – Renato Salles

Quem escreveu

Renato Salles

Data

11 de July, 2018

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Renato Salles

Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.

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