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O faraó Ramsés II foi um dos maiores imperadores do Egito Antigo. Outros 10 faraós tiveram esse nome, mas só ele foi denominado ‘Ramsés, o Grande’, tamanhas as suas conquistas. Sob seu comando, a civilização egípcia chegou a seu apogeu, em uma época de abundância, prosperidade e muitas conquistas militares. Arqueologistas indicam que ele viveu de 1279 a.C. e 1213 a.C, o que quer dizer que ele reinou por 66 anos, um feito surpreendente para mais de 3 mil anos atrás. Mas Ramsés II é também conhecido por ser a pessoa mais velha do mundo a ter um passaporte.
A múmia do faraó foi encontrada em 1881 no túmulo coletivo de Deir el-Bahari, e estava em perfeitas condições. Pele e cabelo estavam completamente preservados. Suas feições estavam inteiras, e assim foi possível comprovar a precisão das centenas de templos e estátuas erguidas em sua homenagem. Ela foi levada para o Museu Egípcio do Cairo, onde ficou em exibição desde então.
Mas, nos anos 70, a múmia já estava em processo de decomposição por estar infectada com um fungo. O governo egípcio saiu em busca de especialistas no mundo inteiro que pudessem dar conta de eliminar o problema e restabelecer as condições dela. Encontraram um laboratório francês que pôde fazer o serviço com radiação.
Acontece que, à época, o governo francês exigia de todas as pessoas que entrassem no país um passaporte válido, estivessem elas vivas ou mortas. Portanto, para embarcar Ramsés II para Paris, autoridades egípcias tiveram que emitir um documento póstumo para o grande faraó. Nele, lê-se como data de nascimento 1303 a.C., e no campo ocupação está ‘Rei (falecido)’. E ainda tem uma bela foto 5×7 da múmia, que sequer pode se ajeitar antes do clique.
Ainda seguindo o protocolo oficial, na chegada do avião à França, Ramsés II foi recebido com uma procissão militar, e recebeu ainda honras militares. É esse tipo de recepção que recebe qualquer rei ou rainha que chega ao país em viagens oficiais. Na volta das férias francesas, o faraó voltou ao Museu do Cairo, onde foi inspecionado pelo presidente do país, Anwar Sadat, e sua esposa, que ficaram satisfeitos com o trabalho. Será que dá para dizer que também foi o primeiro viajante a voltar para casa com um botox bem sucedido?
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
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