5 produtos de beleza no Japão para trazer na mala

Quem evita fazer comprinhas durante as viagens poderá ter um problema grande no Japão. Afinal, eles tem tudo que a gente não precisa até saber que existe. Eu, que sou aficcionada por farmácias, peguei a amiga (a Francine) que mora no país há mais de 20 anos e a arrastei para me ajudar a comprar produtos de beleza no Japão indispensáveis e que só dá para achar por lá.

Não foi fácil, já que eu estava bem contida nas compras e queria mesmo O Produto, aquele que faz milagres a ponto de você querer dormir abraçada com ele. Foi uma verdadeira escolha de Sofia, já que a  gama de cosméticos que o Japão produz não é para iniciantes. Mesmo a Francine, consumidora comedida perto das japonesas, revirou um pouco os olhos, andou pelos corredores, fez perguntas para as atendentes e então me pegou pelo braço e em meia hora eu já estava no caixa pulando de alegria com a sacola que acabara de receber.

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Não foi exatamente um produto, mas alguns diferentes que não causaram um rombo no meu orçamento e tem me incentivado a cuidar ainda mais da minha pele.

Atentar ao fato que todas os produtos de beleza no Japão são sazonais: o mesmo produto tem a versão leve pra verão/primavera e pesada pra outono/inverno. Sempre.

Vem que eu conto tudo!

1) Máscara para o rosto

Antes, vale dizer, que as máscaras coreanas para o rosto são as melhores do mundo, mas não são encontradas em qualquer farmácia, então fiquei com as japonesas. Como não estou acostumada a usar máscara, eu acabei achando elas uma maravilha e tanto. Mas esqueça os produtos com desenhos ou ícones japoneses, geralmente são ruins.

As máscaras são feitas em tecido ou papel e embebidas com diversos ativos como colágeno, chá verde, ácido hialurônico, entre outros. Elas tem como objetivo principal hidratar após 15 minutos de uso. Ainda assim, elas não substituem o creme normal.

A Lululun é uma das mais tradicionais dos produtos de beleza no Japão, tem a vantagem de ser encontrada em qualquer farmácia e vende em pacotes para uso semanal ou mensal, que vale mais a pena. Ela tem algumas linhas distintas: One, Plus, Precious e a Regular, que foi a que eu comprei e a mais fácil de achar, além de opções perfumadas. O pacote da Regular com 7 unidades custa em média 400 ienes (ou cerca de R$ 12), enquanto o pacote com 32 custa 1.600 ienes (ou R$ 48). Todas elas tem como objetivo hidratar e a cor refere-se ao tipo de pele. A azul é para pele seca e contém lipidure; já a cor-de-rosa é para peles sensíveis e contém geléia real e ácido hialurônico. A branca é para clarear a pele.

Além da Lululun, eu investi também numa máscara de ouro, a Utena Hydro Gel Mask Gold, que faz uma hidratação mais profunda num tratamento de 30 minutos; e comprei a nova sensação das máscaras, a que você aplica seca e a espuma vai se formando (divertidamente) no seu rosto. A escolhida foi a Lits Wistea Instant Brightening Bubble Mask, bem cara (uma custa mais ou menos o preço de um pacote com 32 da Lululun), mas não resisti. A Muji, que tem de tudo, tem também uma máscara comprimida para viagem, em que você aplicar seu hidratante favorito para um tratamento rápido.

Caso queira investir nas coreanas, eu ganhei duas da marca Nature Republic, ambas feitas à base de colágeno, que eu adorei.

2) Algodão para limpeza facial Shiseido

Eu sou fascinada por algodão de limpeza e sempre compro em qualquer viagem que faço. No Japão, uma das mais populares é a caixa com 108 quadradinhos de algodão cortados perfeitamente da Shiseido, que é a marca do coração dos japoneses e esse é o produto mais barato da marca. A caixa custa cerca de 400 ienes (cerca de R$ 12).

Além deste da Shiseido, que você compra facilmente numa farmácia um pouco mais chique, a Muji tem também um pacote que vem com 120 quadradinhos de algodão e o preço é bem similar.

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3) Hadalabo Japan Skin Institute Gokujun Premium

Eu uso antes de passar o hidratante. Este gel é uma loucura com seus cinco tipos de ácidos hialurônico, o mago do preenchimento facial, que também ajuda na hidratação. O seu superpoder é a capacidade que tem em reter água, por isso é um ativo importante para hidratar a pele. O Gokujun Premium, da marca Hadalabo, foi um grande achado e deu um bom “up” na minha pele desde que eu comecei a usá-lo. Paguei 900 ienes (R$ 28).

A Gokujun tem três linhas: a normal, de embalagens brancas, que é de uso diário e serve para todo tipo de pele. A de embalagem vermelha “mocchiri”, para hidratação mais forte para peles secas ou danificadas e a dourada “premium” (a que eu comprei), para peles 30+, que contém ultra hidratação + anti-rugas. A linha normal vende também em embalagens grandes e pode ser usada no corpo todo.

4) Cure Natural Aqua Gel

O Natural Aqua Gel Cure é um produto para esfoliar a pele sem um agente físico. O uso é simples: lavar e secar a pele e espalhá-lo pelo rosto e pescoço. Depois massagear suavemente enquanto bolinhas brancas vão surgindo, que são as células mortas da pele. Terminou o processo é só enxaguar novamente o rosto e fazer o processo de hidratação (que pode ser feito com o item 3 acima)

Este produtos de beleza no Japão é milagroso também e tem resenha em um monte de blog de beleza. É feito com extrato de plantas naturais, como alecrim, gingko e aloe vera. Não tem coloração artificial, fragrância e nem conservantes, que costumam provocar secura na pele. O esfoliante é à base de água não ácida e purificada sem qualquer óleo, fluindo assim muito mais fácil nos poros. Ele contém álcool, o que pode irritar peles sensíveis. Foi a minha compra mais cara (e trouxe dois!). Paguei cerca de 2.000 ienes (R$ 60) e não me arrependi.

5) Protetor Solar Bioré

A marca Bioré é praticamente sobre poros e um de seus produtos sensação é o protetor solar. O favorito é o Bioré Perfect Face Milk SPF 50+. Tem apenas 30ml e no Japão custa cerca de 600 ienes (R$ 18), enquanto aqui no Brasil, onde ele já é importado, custa entre R$ 43 e R$ 110. A textura é leve e deixa um efeito semi mate e a pele aveludada. Funciona bem como base para a maquiagem. É a prova d’água, suor e deve ser removido com demaquilante. Não é indicado apenas para pele seca. Outra opção é o Bioré Aqua Rich Watery Essence SPF 50+, que é ainda mais leve e chega a funcionar como um primer, segurando a oleosidade. O notícia boa é que a Bioré está cada vez mais presente no Brasil e já está fácil achar seus produtos para comprar.

Bônus de produtos de beleza no Japão:

Os adesivos anti-cravos da Bioré: Nose Pore Pack Deep Cleansing Black Charcoal Strips. Ufa! Também funcionam que é uma belezura. A caixinha custa cerca de 400 ienes.

A espuma de limpeza facial Shiseido Perfect Whip Cream, um dos produtos mais comprados no Japão. É bem fácil de achar e custa cerca de 500 ienes (R$ 15).

Para pessoas como eu, já preocupada com as rugas se formando em volta dos olhos, o melhor investimento é no Obagi Eye Serum. O valor é salgado: por volta de US$ 80 para 14ml.

E as farmácias de produtos de beleza no Japão?

A Welcia é uma rede de farmácias mais alto nível. Tem muita coisa para casa e muitos cosméticos. Lá tambem vende as linhas prime da Shiseido, Pola, Kanebo, que você não acha em farmácias normais.

A Ainz-Tulpe é a melhor loja de produtos de beleza no Japão. Tem várias filiais espalhadas pela cidade, sendo as duas maiores e melhores em Harajuku, no 1º quarteirão da Omotesando, e em Shinjuku, na saída sul da estação Shinjuku JR. Grandes, lotadas de cosméticos, maquiagem e coisas para cabelo, com todas as linhas premium e normais disponíveis num lugar só.

Don Quijote são lojas enormes que vendem de tudo. Eles costumam ter uma excelente seleção de cosméticos e maquiagem. É geralmente o local mais barato para encontrar qualquer coisa. Não vendem nada premium, mas se o que você quiser estiver por lá, provavelmente é o lugar mais barato para comprar por causa dos pacotes e promoções que fazem.

Cosméticos no Japão tem preço tabelado, então os preços serão iguais em qualquer lugar a não ser que tenha uma promoção rolando 3 por 2.

*Foto destaque: Christin Hume no Unsplash. Este post foi feito com a ajuda da Francine Flora, minha super consultora de assuntos relacionados ao Japão. O post foi publicado originalmente em fev/2018 e reeditado em dez/2018