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Sir Adam Hotel: hospedagem em Amsterdã para quem ama música

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

29 de August, 2017

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A rede hoteleira Sir cria um personagem para cada hotel que lança. Amsterdã ganhou o Adam, provavelmente um produtor musical que decidiu fincar suas raízes na cidade. O Sir Adam Hotel personifica não somente um produtor musical, mas um produtor festeiro de alma, que faz questão de ficar cercado de objetos que não o deixam esquecer sua profissão.

O prédio onde fica o Adam Sir Hotel. Foto: divulgação Adam Tower

O hotel fica no norte da cidade, Amsterdaam Noord, um antigo estaleiro transformado num centro cultural. Galerias de arte, o Eye Film Institute, praia urbana, bares, cafés, apresentam uma cidade diferente da que estamos habituados quando estamos do outro lado da Estação Central (ou do canal). Para chegar lá, uma balsa gratuita sai dos fundos da Estação Central fazendo o trecho em apenas cinco minutos.

Contemplando o Eye a partir do meu quarto. Foto: Lalai Persson

São 108 quartos distribuídos em oito andares no Adam Tower, construção modernista dos anos 1970, onde um dia funcionou a Shell. O prédio foi totalmente reformado se transformando em um grande centro criativo. Por lá se encontram um escritório da fabricante de guitarras Gibson e outras empresas ligadas ao universo da música, clube noturno, academia, restaurante, hamburgueria, bar e, para amantes da música, uma biblioteca com discos e livros.

A biblioteca de discos do Sir Adam Hotel.
Eu posando de gatinha no meu quarto. Foto: Ola Persson

Eu já andava de olho nesse hotel desde que fui conhecer o Adam Lookout, um bar no topo do prédio com vista 360º da cidade, logo que ele abriu as portas. Eu soube que a música era o assunto principal permeando cada andar daquele edifício. As fotos mostravam bom gosto na decoração dos quartos, criados pelo badalado escritório de design ICRAVE de Nova York, e uma vista de tirar o fôlego.

Olhando para o chão a partir do nosso quarto. Foto: Ola Persson

Não há uma recepção logo na entrada do hotel. Ao invés dela, há o The Butcher, um social club, funcionando 24/7, com área de trabalho, bar, restaurante, cercado por máquinas de fliperama e grandes sofás. Uma escada (ou elevador) leva para o mezanino, onde está a recepção aguardando os hóspedes com prosecco e sorrisos fazendo-os se sentir como um rock star. Quadros de ícones do rock, como David Bowie, decoram as paredes, tem toca-discos e uma prateleira cheia de vinil. Nas mesas revistas e livros descolados de moda, lifestyle e música.

A recepção do Sir Adam Hotel.

Nosso quarto, no sexto andar, era estrategicamente posicionado com vista para o lado central de Amsterdã e para o Eye. Teto e paredes de concreto aparente, janelas de vidro do chão ao teto, uma guitarra Gibson nos observando a partir de uma estante em cima da nossa cama, livros, revistas e guias da cidade, quadros de artistas do rock, uma vitrola Crosley, que inclusive pode ser comprada no próprio hotel, e discos.

O nosso quarto no Sir Adam Hotel.
Eu super bem acompanhada no Sir Adam Hotel. Foto: Ola Persson

O nosso quarto (um deluxe room city view) não era exatamente o mais espaçoso. A cama king size tomava conta de quase todo o espaço. O banheiro era separado da área da ducha e uma grande pia, posicionada quase em frente à cama, servia também como penteadeira. Senti falta de uma mesinha para trabalho, mas o hotel oferece uma espécie de coworking no mezanino, incluindo mesa para reuniões para quem precisa mesclar férias e trabalho. O wi-fi também merece pontos extras, pois funcionou bem na maior parte do tempo (no quarto ele falhou um pouco).

O social club The Butcher, no Sir Adam Hotel.
Ótima área social para trabalhar.
Área social do hotel onde deu pra gente trabalhar um pouco. Foto: Ola Persson.
Mesa para reunião na área social do hotel.

Os quatro elevadores do hotel são ambientados cada um de um jeito diferente. Tem elevador com discoball, com projeção cheia de grafismos, com foto de alguém, escuro, claro, com música animada, com música mais ambiente…. é literalmente a sensação de a festa nunca termina por ali.

A vitrola, um ótimo mimo, presente na recepção e nos quartos.

Para mim, que passaria quatro noites ali para curtir o Dekmantel Festival, o hotel não poderia ser mais adequado e mão na roda. Por exemplo, um dos clubes que abrigariam o after party do festival estava justamente no subsolo do hotel, o Shelter. Já as casas de shows que abrigaram as apresentações solos, que antecederam a programação do festival, estavam a apenas alguns metros de distância da gente, ou seja, sair do lado norte mesmo só para ir para o festival durante o dia no parque Amserterdamse Bos.

O Sir Adam parece ter sido pensado para o público millennial e andar pelos seus corredores confirma isso. Apesar do clima festeiro, como o do The Butcher, que falhava em ter a música alta demais, os quartos são bem confortáveis e super silenciosos a não ser que você queira aproveitar a boa seleção de discos ligando a sua própria vitrola.

Seu guia para ser um rock star.

A experiência já vale a pena só em acordar e dormir com a cidade vibrando diante dos nossos olhos, sem mesmo precisar sair da cama. Quem busca por seu dia de astro, o Sir Adam pode também causar essa sensação.

Sir Adam Hotel
Overhoeksplein 7, Amsterdã, Noord-Holland, 1031 KS.
Quartos a partir de 188 euros.

Uma dica extra: caso vá se hospedar por ali (ou mesmo passear) e adora um bom café com grãos selecionados, atrás do Adam há uma faculdade de Artes, onde funciona o The Coffee Virus.

*Para essa estadia, nós tivemos parceria com o Hoteis.com, que conta com o ótimo Programa Rewards, em que a cada dez noites de hospedagem, rola uma diária grátis no valor médio das dez noites acumuladas. Veja aqui como funciona.

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

29 de August, 2017

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.