Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
É, tá acabando! E o que você fez? Onde comeu, o que assistiu de show, onde viu exposição? Aposto que em vários lugares! Pois bem, para fechar com chave de ouro este ano que finda, reunimos alguns dos nossos editores e colaboradores para escolhermos o que – na nossa opinião – foram os queridinhos de 2017.
Então, se você ainda não conhece algum desses lugares, eu (Jo Machado), Dani, Lalai, Renato, Vanessa, Leandra e a turma do Tava Passando – Flávia e Danilo – esperamos que os coloque já na sua listinha para conhecer. Eis a nossa lista!
Foi meu xodózinho assumido este ano. Cafira e suas delícias me enfeitiçaram de uma maneira tão gostosa que até parecia que tinha raízes piauienses. A comida simples e saborosa, e o abraço carinhoso da chef dão um toque ainda maior de comida de casa para o lugar. Ah! Sem esquecer o melhor drinque do mundo, o Cabeça de Cuia. Saudades, cabeção!
Fitó
Rua Cardeal Arcoverde, 2773 – Pinheiros
De segunda a sexta, das 12h às 15h. Sábado, das 12h às 17h.
Ah, esse todo mundo deve saber porque foi o meu queridinho. Deve ter sido o queridinho de muita gente também. Drinques, my friends! Drinques! Muitos deles e todos executados com esmero e com precinho que cabe no seu bolso. É daqueles lugares que se você ficar bêbado e quiser pagar pra todo mundo, não vai doer tanto. Melhor custo-benefício no ano sem sombra de dúvidas!
Boteco Paramount (fechado permanentemente)
Rua dos Pinheiros, 1179 – Pinheiros
De terça à sexta, das 17h às 0h. Sábado e domingo, das 12h às 0h.
Esse foi uma das mais simples e deliciosas descobertas AND paixões de 2017. Simples, objetivo e delicioso. A batata frita do Pinati é feita por algum deus da fritura ou coisa do tipo. Delícia! Depois dela, o Falovo. Meu, que invenção deliciosa. Mas ó, tome cuidado para não pedir muita comida. Eu sempre acabo pedindo comida além da conta quando apareço por lá. No Pinati, vale uma certa parcimônia, minha gente!
Pinati
Alameda Barro, 782 – Higienópolis
De segunda à quinta, das 12h às 22h. Sexta, das 12h às 15h. Domingo, das 12h às 22h.
Não consigo superar a inauguração do Instituto Moreira Salles novo na Paulista. Primeiro porque em termos de arquitetura, a tempos não se via algo tão interessante, estimulante e lindo. Segundo pela programação cultural de fazer qualquer um babar. A obra ‘The Clock’, do Christian Marclay, era algo que todo mundo deveria ter visto. Eu avisei várias vezes nos meus posts que valia a pena. Quem foi, foi. Agora vamos ver que novidades o IMS deve trazer no ano que vem. Não deve ser pouca coisa.
Instituto Moreira Salles – SP
Av. Paulista, 2424 – Jardins
De terça a domingo, das 10h às 22h; Feriados (exceto segunda), das 10h às 20h
Na outra ponta da Paulista, acho que vale a pena mencionar também a Japan House. Confesso que achei o prédio bonito, mas bem menos impactante do que as fotos de Instagram prometiam. Mas acho que a programação deles foi realmente fora da curva de boa, ainda mais para mim, que sou arquiteto. Só as exposições do Kengo Kuma, e agora do Sou Fujimoto, já valeram um posto no meu top 3 de 2017.
Japan House
Avenida Paulista, 52 – Bela Vista
Terça a Sábado, das 10h às 22h; Domingos e feriados, das 10h às 18h
Esse casarão eclético de 1911 nos Campos Elíseos ainda nem reinaugurou de verdade, porque está em pleno processo de restauro. Mas só o fato de restaurarem essa construção maravilhosa e tão simbólica da história de São Paulo, e ainda dar novos usos para que ela floresça novamente, já é um sinal muito positivo da mudança na nossa sociedade. Por enquanto ainda rolaram alguns pequenos eventos por ali, mas com certeza logo logo vamos ter um verdadeiro polo de cultura, e um agente transformador para o bairro, que é super central e ficou décadas jogado às traças.
Casa da Don’Anna
Al. Nothmann, 550 – Campos Elíseos
Diariamente, das 7h às 18h
De todos os centros culturais que abriram em São Paulo em 2017, o que definitivamente ganhou meu coração foi o novo Sesc 24 de Maio. Primeiro porque eu simplesmente amo a localização dele e sempre torci para ela dar uma repaginada. Depois, porque tudo ali é maravilhoso: a arquitetura é de tirar o fôlego e a programação, tanto paga quanto gratuita, é incrível.
Sesc 24 de Maio
Rua 24 de Maio, 109 – República
De terça à sábado, das 9h às 21h. Domingo, das 9h às 18h.
Tenho batido ponto no Divina Increnca de Higienópolis/Santa Cecília. A portinha tem mesas na calçada e uma pizza maravilhosa por um preço super justo. É o local perfeito para passar as tardes e noites de calor. E, ainda dá para pegar umas cervejas gostosas do Lira que fica logo ao lado.
Divina Increnca
Rua Marques de Itu, 1017 – Vila Buarque
De terça à domingo, das 18h às 23h.
O Amigo Gianotti é um clássico paulistano mas só fui conhecer no fim do ano passado. É claro que enlouqueci com o boteco e passei a frequentar sempre. É tanta história no lugar que você quer absorver pelo menos um pouco por osmose. E vale lembrar que os petiscos de lá são sensacionais também!
Amigo Gianotti
Rua Santo Antônio, 1106 – Bela Vista
Quarta, quinta e domingo, das 19h30 às 0h. Sexta e sábado, das 19h30 às 02h
É um dos bares mais inusitados de São Paulo, da decoração aos drinks. Além de tudo, tem sempre a simpática Neli a postos, seja para preparar o drink perfeito, seja para um dedo de prosa. A trilha sonora é sempre boa, a luz baixa, os filmes antigos sendo projetados na TV. O ambiente perfeito para um fim de sexta-feira casual com um twist inesperado.
Espaço Zebra
Rua Major Diogo, 237 – Bela Vista
Horários indefinidos. Fique de olho na programação.
Ótima padaria dos donos do Tasca da Esquina. Tem um ótimo cardápio de pães, que saem durante o dia todo bem fresquinho. A padaria é ótima para um café da manhã demorado, um almoço ou jantarzinho rápido. Tem uma boa seleção de vinhos, atendimento impecável e é um pequeno paraíso para quem gosta de doces portugueses.
Padaria da Esquina
Alameda Campinas, 1630 – Jardins
Diariamente das 07h às 22h
Sai ano, entra ano e o restaurante Micaela continua na minha lista dos favoritos. O cardápio sempre tem novidades, mas o picadinho continua o campeão, concorrendo a um dos melhores da cidade. Ambiente simples, pratos refinados a preços bem justos.
Restaurante Micaela
Rua José Maria Lisboa, 228 – Jardins
De segunda à sábado, das 12h às 15h30 e das 19h às 23h. Domingo, das 12h às 16h30
Passei a maior parte do ano fora de São Paulo, mas ao voltar me surpreendi com a quantidade de coisas legais que entraram
Voltei de viagem com uma mala, e somada à outra que tinha, gostei dessa vida de minimalismo. Não preciso de muita coisa. Mas às vezes dá vontade de variar, e não queria incentivar o consumo, gastar recursos do planeta, só pra ter um jeans de outra cor. A solução alinhada ao zeitgeist foi a biblioteca de roupas da House of Bubbles, uma assinatura de vestuário e acessório. Só não pode se apegar às peças, porque até agora estou com saudades de uma bolsa de unicórnio…
House of Bubbles
R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 47 – Pinheiros
Todos os dias, das 9h00 às 20h00, fecha Domingo
A comida saudável, de raiz, local, vem como uma contra-tendência à gourmetização na cozinha. Nada mais atual, quando começamos a nos reconectar com a natureza e a comida de contexto. Nem o Atala ficou fora dessa onda, o Bio veio como uma alternativa mais barata e alinhada com o momento que vivemos.
Bio
Rua Horário Lafer, 38 – Itaim
Sexta a Domingo das 8 às 23 (Café, almoço e jantar)
A Peixaria Mitsugi aiu nas graças da galere esse ano, apesar de existir desde 1971. Com cinquenta reais você se esbalda de sashimi, e a nova carta de drinks vale como programa no finde.
Peixaria Mitsugi
Cardápio completo aqui
Rua Galvão Bueno, 364, Liberdade
Terça a quinta, das 8h30 às 17h30; sexta e sábado, das 8h30 às 16h e das 19h30 às 23h.
“Este ano a gente se mudou para o centro, então tivemos todo um mundo novo pra explorar pela República, Santa Cecília, Barra Funda, Vila Buarque… Foi difícil escolher, mas lembramos de três que fomos várias vezes este ano.”
O bar pequenininho e escondido numa sobreloja na Rua Doutor Cesário Motta Jr. conquistou a gente pelos drinks criativos e deliciosos, criados em sua maioria pelo Márcio Silva, do Guilhotina. Não tem muita coisa pra comer, mas tem climão perfeito para um drink com amigos antes da balada ou para um date escondido.
Buraco
Rua Cesario Mota Junior, 281 – Centro
De quarta à sábado, das 19h à 01h
floricultura/loja de plantas começou como uma lojinha e agora expandiu, tomando conta dos dois espaços do lado e com um café delicioso. Uma das nossas sobremesas preferidas é de lá, um brownie com sorvete que é para comer ajoelhado e agradecendo aos céus pela sua existência.
Jardin
Rua General Jardim, 490 – Vila Buarque
De segunda à sábado, das 11h às 19h.
Aquela famosa “portinha que você não dá nada”: o Aboud fica no meio do Largo do Paissandu, não tem mesas, é pra comer em pé ou pegar e levar pra casa. Bem sem frescura mesmo. Mas apesar de tudo isso (ou por causa de tudo isso), o lugar é especial pois serve um dos melhores shawarmas de São Paulo – receita familiar de dois irmãos refugiados sírios – de carne, frango ou de falafel por módicos 12 golpinhos.
Aboud Shawarma
Largo do Paissandú, 81 – Centro
Sem informação de horários
Como eu gostei de conhecer o Capivara. Trata-se de um galpão de boteco pé-sujo instalado em pedaço um pouco isolado entre a Barra Funda e o Bom Retiro, cujas mesas são forradas com paninhos baratos e o cardápio são daqueles painéis pretos pendurados na parede onde se encaixam as letrinhas de plástico. No entanto, o que sai da cozinha são preparos espetaculares dignos de alta gastronomia! Tendo como foco peixes e frutos do mar. Uma observação: No painel, as descrições do cardápio do dia dividem espaço com dizeres nada lisonjeiros a Michel Temer e Gilmar Mendes. Aí é para fazer de mim freguesa assídua.
Capivara Bar
Rua Rua Doutor Ribeiro de Almeida, 157 – Barra Funda
De segunda à quinta, das 19h30 às 23h30.
No dia em que eu descobri o Shin-Zushi, eu pedi o tirashi e o comi da primeira bocada ao último grãozinho de arroz igual ao Samurai Gourmet (do Netflix): fazendo aquele huuuum com a boca, em êxtase, quase emocionada. Se deem esse presente ao menos uma vez na vida, quem estiver em São Paulo. É uma das comidas mais marcantes que já tive o prazer de experimentar! Super tradicional, o restaurante — comandado pelo chef Ken Misumoto — funciona há quase 40 anos (desde 2009 no Paraíso) e é reduto da comunidade japonesa da cidade.
Shin0-Zushi
Rua Afonso de Freitas, 169 – Paraíso
De terça à sábado, das 11h30 às 14h e das 18h às 22h. Domingo, das 18h às 22h.
Esta é a casa mais romântica e bucólica que conheço de São Paulo. Comandada por Sylvia Rodrigues — com formação em fitoterapia, aromaterapia e em chás na França — e sua filha Ana Claudia — designer responsável pela decoração do lugar –, a casa toda em estilo provençal serve mais de cem combinações de chás, de diversas regiões produtoras do mundo. Vale passar um dia saboreando algumas xícaras da bebida acompanhadas dos quitutes preparados ali mesmo, enquanto contempla o delicado jardim externo da casa.
TeaKettle
Rua Alexandre Dumas, 1049 – Chácara Sto. Antônio
De terça à sábado das 9h30 às 19h30. Domingos e feriados das 10h30 às 17h30.
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.