Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Mesmo sendo o país mais acessível da Escandinávia, quando falamos em preço a Dinamarca não é exatamente baratinha. Os bilhetes de metrô/ônibus individuais por R$12, pints de cerveja por R$15 e combo do Mc Donald’s por R$35 podem assustar, mas eu te garanto que é possível curtir Copenhague sem queimar todo o orçamento.
Para começar, é legal saber que é muito fácil converter a moeda local (Coroa dinamarquesa) para reais. Em média R$1 são DKK 2.2. Então, quando ver algo por DKK 100 pode relaxar, porque são 50 reais. Este é um guia com algumas idéias de comidas típicas e lugares para comer em Copenhague por até R$50.
Sim, pode parecer piada mas os dinamarqueses A-DO-RAM cachorro quente. Eles até tem uma linguagem específica para explicar o que vão pedir, como por exemplo skinsesom i spændetrøje: em uma tradução literal seria um prego de presunto em uma camisa de força. Mas na verdade é um enroladinho de salsicha. Por toda a cidade você vai encontrar pequenos trailers que oferecem um dogão responsa por R$12. Além da salsicha, geralmente servem com pepino em conserva, cebola crua e frita, mostarda, catchup e rémoulade (um condimento super típico dinamarquês que é tipo um híbrido de maionese e molho tártaro).
Mas como os dinamarqueses se preocupam muito com a origem dos produtos, é comum encontrar salsichas orgânicas e artesanais, molhos caseiros e pães especiais. Um dos lugares mais icônicos da cidade para comer um dog é o John’s Deli, que fica em frente da estação central. É tão bacana (e clássico) que a VICE fez uma matéria sobre o dono e a sua receita secreta de mostarda com cerveja. Como esse cachorro-quente é mais artesanal, o preço sobe um pouquinho e você paga R$18. Se quiser comer como os locais, peça um leite com chocolate para acompanhar.
Não é segredo que no bairro de Nørrebro você encontra os melhores kebabs, dirums e shawarmas da cidade. A razão disso é que neste bairro também está a maior concentração de comunidades do oriente médio. Claro que, com tanta variedade, é quase impossível escolher onde comer. Imagine-se em uma selva de kebabs onde cada um tem uma maneira diferente em preparar a carne, o falafel e até de fazer seu próprio pão. A verdade é que cada lugar tem sua especialidade (e alguns não tem nada especial). Então para evitar que você caia numa cilada, vou sugerir os meus lugares favoritos: Kösem já foi eleito o melhor da cidade algumas vezes e, além de wraps e sanduíches, tem pratos estilo PF por R$35. Não deixe de pedir uma porção dos incríveis falafel. Já no Safir a melhor pedida são os sanduíches, já que o pão é caseiro, fresquinho e delicioso. Agora se quiser provar algo diferentão e comer seu prato de curry indiano favorito enroladinho num pão árabe, o Five Star é uma ótima ideia. Mas meu lugar do coração, um dos preferidos mesmo, é o Café Mahalle, que oferece um menu turco-libanês e é gerenciado por duas mulheres. Tudo é fantástico mas eu sugiro que você prove a Halloumi Salad por R$30 e tenha um orgasmo gastronômico.
Não podiam faltar os sanduíches abertos nesta lista, afinal mais nórdico impossível! Entre muitas lojinhas que só abrem de 10 às 14h e sobrevivem vendendo ~ apenas ~ smørrebrød, esta é realmente uma experiência que você não pode deixar passar. Dos mais baratinhos aos mais gourmets, os sabores mais tradicionais são kartofflemad com batatas e maionese, fiskefillet com peixe e rémoulade e leverpostej com patê de fígado ou se você for corajoso, qualquer um com peixes em conserva. Os mais baratinhos e gostosos estão à venda no Hallernes, Dyrehaven e Th Sørensen e o preço médio é R$24. Também é possível fazer uma degustação de vários sabores no Aamanns, mas dai está fora do nosso budget de R$50, rs.
A dieta balanceada do dinamarquês consiste em, principalmente, carne de porco, batatas e qualquer variação destes. Eles até tem uma versão de hambúrguer que ~pasmem~ tem um molho gravy por cima. Não é uma culinária leve, muito pelo contrário. Por isso a cidade é cheia de opções de hamburguerias, cafeterias e lanchonetes com comidas típicas. Uma opção bacana e descolada é o Jagger, onde o dono prometeu fazer um produto que oferecesse qualidade e competisse com as grandes marcas de fast food do mundo. Além do básico, eles tem mac’n’cheese, chicken wings e, para minha surpresa, é tudo caseiro com receita original. Outra opção interessante (e com mais de mil calorias) é o Grisen, que ressurge os antigos grill bars oferecendo pratos típicos da culinária dinamarquesa com um twist.
Eu não sei você, mas engordei só de escrever esse post.
É claro que há opções baratas e mais saudáveis e você também pode desbravar as delícias do Papirøen, WestMarket, Torvehallerne e Paludan Café.
*Foto de destaque por Dan Gold via Unsplash
De longas viagens de carro no México a aulas de cozinha no Vietnã, para mim o que importa conhecer são as pessoas. Não há nada melhor para conhecer um país do que aprender com experiências autênticas (e às vezes malucas).
Ver todos os postsDeu água na boca!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.