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O brasileiro, em geral, sabe muito pouco sobre Moçambique. Sabemos que fica na África, que lá também falam português, e… provavelmente nada mais. O país é uma grande interrogação, um grande vazio no mapa. Mas é só desembarcar em Maputo, sentir a arquitetura da cidade, o sotaque das pessoas, o sabor dos pratos, o próprio ritmo da vida diária, que imediatamente vem uma sensação de familiaridade. Podemos saber pouco sobre o país, mas a ligação de Moçambique com o Brasil é inegável. A sensação é de voltar pra um lugar onde nunca se esteve antes.
Moçambique fica na costa leste da África, banhada pelo Oceano Índico. O país se divide em três regiões: Sul, Centro e Norte. A capital, Maputo, fica no extremo sul, próxima à fronteira com a África do Sul. A maior parte da população se concentra nas cidades costeiras do Sul e Centro. O Norte, a maior região em área, é também a menos povoada.
Assim como nós, Moçambique também foi colônia de Portugal. Os primeiros lusos desembarcaram lá antes mesmo de darem as caras por aqui, em 1498, quando Vasco da Gama parou na Baía de Maputo a caminho das Índias. Entretanto, se conseguimos nossa independência ainda no começo do século 19, Moçambique só veio deixar de ser colônia em 1975, após uma longa e desgastante guerra contra a metrópole.
O vencedor do conflito foi a guerrilha de esquerda conhecida como FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), que fundou uma República Socialista baseada em princípios Marxistas. Infelizmente, em pouco tempo o país entrava em outra guerra, essa civil, entre a FRELIMO e o grupo conhecido como RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana). Ainda mais longo e sangrento que a guerra de independência, esse conflito devastou o país, e só se encerrou em 1992, deixando mais de um milhão de mortos.
O resultado de tantas guerras é que hoje em dia Moçambique tem alguns dos piores indicadores sócio-econômicos do mundo. Pra piorar a situação, a partir de 2013 voltaram a ocorrer alguns atos esporádicos de violência associados à RENAMO. Esses atos se concentram no Norte e Oeste do país, e o governo atualmente não permite que estrangeiros vão além da cidade de Beira sem escolta. Vale dizer que, apesar do aviso, durante toda minha viagem (jan/2017) não vi nada que causasse nenhuma sensação de insegurança, mas é bom se informar melhor da situação corrente.
Sua chegada em Moçambique provavelmente será pelo aeroporto de Maputo. A capital moçambicana é grande (mais de um milhão de habitantes), caótica e suja. Fica às margens da Baía de Maputo, cujas águas não são propícias para banho. A maioria de suas atrações turísticas estão próximas uma das outras, no entorno da Baixa, o centro histórico, e podem ser cobertas numa manhã ou tarde de caminhada. Dá pra passar pela charmosa Estação Ferroviária, de influência francesa, tirar umas fotos na frente da Casa de Ferro, checar o acervo do pequeno Museu de Arte Nacional e, por fim, conferir o Mercado Municipal, que acabou se destacando mais por ter um setor especializado apenas em apliques de cabelo (!!) do que pelos produtos culinários.
Se estiver atrás de souvenires vale a pena checar a FEIMA – Feira de Artesanato, Flores e Gastronomia, também na Baixa.
(Uma curiosidade da região da Baixa é o nome das ruas: várias homenageiam ícones comunistas, reflexo do passado socialista de Moçambique. Tem a Av. Vladimir Lenine, a Karl Marx e a Ho Chi Min, entre outras.)
Um pouco mais distante da Baixa está o Mercado de Peixes, recentemente reformado e tinindo de novo. O esquema é interessante: você escolhe os frutos do mar que te interessam (peixes, camarões-tigre, lulas, mariscos e o que mais imaginar) que são pesados e limpos na hora. Basta então se dirigir a uma das barracas que cercam o local (os barraqueiros vão literalmente se jogar em cima de você no momento em que pisar no Mercado), escolher a forma como a comida vai ser preparada (grelhada, frita, etc) e aí é só relaxar e tomar uma cerveja enquanto espera. É divertido mas também um pouco cansativo devido ao assédio tanto dos barraqueiros quanto dos vendedores que vão tentar te empurrar todo tipo de produto. Por outro lado, quem está acostumado com os preços brasileiros vai ter uma boa surpresa: nós gastamos, um casal num almoço bastante generoso de lagosta, lula e caranguejo com algumas cervejas locais, em torno de R$100 no total.
Um outro programa bem legal é curtir um jazz africano na Associação Moçambicana de Músicos, que promove jam sessions com entrada gratuita às quintas e sextas, das 19 às 21h.
De maneira geral Maputo não tem grandes atrativos turísticos, ou pelo menos nada que justifique uma viagem transcontinental apenas pra visitá-la. Entretanto, como provavelmente a cidade será sua porta de entrada em Moçambique, vale reservar um dia pra conhecê-la um pouco melhor (e descansar da longa viagem desde o Brasil antes de encarar outros destinos). Nos hospedamos no Hotel Atlantis, que fica numa das principais rodovias da cidade, a 24 de Julho, próximo à Beira. É limpo e conta com camas confortáveis, e permite conhecer o centro da cidade a pé.
Outra acomodação recomendada foi a Guesthouse 1109, que fica no coração da Beira e conta com 10 quartos novos e arejados. Os hotéis maiores, das grandes cadeias, costumam ficar em outra área conhecida como Sommerfield, um pouco mais fora de mão.
A pequena e charmosa Vila de Tofo fica numa península a cerca de 500km ao norte de Maputo. Para vencer essa distância você tem duas opções: uma é encarar a estrada – são cerca de 7h de pista simples com carro próprio, ou possivelmente bem mais que isso numa chapa, os micro-ônibus locais, que tem o costume de parar em todo lugar e quebrar nas horas mais impróprias. A outra opção é se aventurar num avião de pequeno porte até a vizinha cidade de Inhambane. De lá um táxi leva pouco menos de meia hora até Tofo. Mantimentos são mais baratos em Inhambane que em Tofo, então é uma boa se estocar antes de seguir viagem, especialmente se estiver de carro.
A atmosfera em Tofo é bastante cosmopolita, com pessoas do mundo todo, especialmente sul-africanos. A vila é pequena e centrada num pequeno mercado, que se divide em um setor para a venda de vegetais e frutos do mar e outro para artesanatos e afins. Ao redor das poucas ruas se espalham os restaurantes, hotéis e pousadas. Tudo muito próximo e fácil de percorrer a pé. No verão, a vila fica lotada, mas nada que assuste um brasileiro acostumado a ir à praia em janeiro. Especialmente nos finais de semana, costumam acontecer pequenos shows e festas nos bares da vila. Fora disso o clima é de paz e tranquilidade.
Se na capital as ruas (e a água do mar) são cinzentas, aqui a primeira coisa que vai capturar seu olhar é o azul fluorescente do mar – águas quentes e claríssimas que convidam a um mergulho a qualquer hora do dia. Mergulho, aliás, é um dos principais atrativos de Tofo: a cidade é um polo de renome internacional, com vários pontos interessantes para a prática do esporte e visibilidade da água que chega a 40mts. Tofo é tido como um dos melhores lugares do mundo pra se avistar os majestosos tubarões-baleia e arraias-manta, e tartarugas também são visitantes frequentes em suas águas. Uma boa opção para os interessados é a Liquid Dive Adventures, que promove diversas saídas diárias. Essa operadora também possui um simpático restaurante vegetariano nos fundos. A maioria dos picos de mergulho em Tofo fica entre meia hora e uma hora de barco da vila.
No quesito alimentação, Tofo possui uma boa oferta de restaurantes, embora nenhum digno de nota especial. A rua que fica à direita do mercado de artesanato possui vários bares que também vendem PFs, normalmente carne, peixe ou frutos do mar grelhados acompanhados de arroz, salada e batata frita. Um PF de lagosta custa cerca de R$20, ou seja, dá pra ostentar! Entre os bares, nosso preferido foi o Sombra’s, mas são todos bem parecidos. Se quiser algo um pouco mais confortável e com cardápio mais elaborado, você pode tentar a Casa de Comer (embora em nossa visita lá a comida tenha deixado um pouco a desejar), ou um dos hotéis. Uma outra opção interessante caso você disponha de uma cozinha é negociar um peixe ou lagosta diretamente com os pescadores e preparar sua própria refeição!
O mar em Tofo é tranquilo, com poucas ondas, apropriado pra banho. Os surfistas têm que caminhar cerca de 20 min até Tofinho, logo ao sul, quem tem ondas melhores. Ao norte fica a praia da Barra, onde vários sul-africanos possuem casas de veraneio. É uma atmosfera bem diferente de Tofo, já que não há uma vila, mas somente casas espalhadas ao longo da praia. Pode ser uma opção pra quem busca um pouco mais de isolamento. Quem preferir ficar em Tofo mesmo, tem diversas opções: o Hotel Tofo Mar, localizado bem no centro da vila, de frente pro mar, possui instalações modernas e arejadas. Com clima um pouco mais rústico e mais isolado do agito, no canto direito da praia fica o Casa na Praia Tofo. Finalmente pra quem busca algo mais em conta o Fatima’s Backpacker é uma instituição mochileira moçambicana, com filial também em Maputo (e podem arranjar transporte de e para a capital).
Vilankulos fica ainda mais ao norte que Tofo, a cerca de 700km de Maputo, mas não se preocupe que a cidade também possui um aeroporto. A cidade em si não possui grandes atrações, e sua praia não é especialmente interessante. O principal motivo pra uma visita a Vilankulos fica no meio do mar, distante alguns quilômetros do continente: o Arquipélago de Bazaruto. Formado por 4 ilhas (Bazaruto, Benguerra, Magaruque, Santa Carolina e Bangue), o arquipélago não deixa nada a dever ao Caribe: a combinação de longas praias de areia branquíssima com mar claro e quente e recifes de corais é um convite ao dolce far niente.
Pra visitar o arquipélago, o viajante tem duas alternativas: uma é se hospedar nas próprias ilhas. Tanto Bazaruto (a maior delas) quanto Benguerra dispõem de hotéis e lodges (cabanas). Essa é a opção mais cômoda, afinal você já acorda na própria ilha, mas também é a mais cara. A outra opção é fazer bate-volta a partir de Vilankulos: todo dia diversos dhows, tradicionais barcos a vela de design árabe, levam turistas para passar o dia nas ilhas, partindo de manhã cedo e retornando a tarde. O preço do passeio varia de acordo com o destino, com as ilhas mais distantes da cidade custando mais. Em janeiro de 2017 pagamos USD40 por pessoa para conhecer Magaruque, a mais próxima. Se o destino fosse Santa Carolina, tida como a mais bela, a viagem saía por mais de USD100.
Os passeios incluem lanche, um bom almoço e bebidas não-alcoólicas (mas você pode levar sua própria cerveja). O barco também leva snorkels e pés-de-pato a bordo pra quem quiser curtir os corais. O arquipélago é um dos últimos lugares do mundo onde habitam os dugongos, um primo do peixe-boi. Tubarões-baleia às vezes também dão as caras por lá. E não se esqueça de maneira alguma de levar chapéu, óculos escuros e bastante protetor solar – a ilha quase não tem sombra e o sol é inclemente.
Uma coisa a se considerar antes de fechar um passeio é a qualidade do barco. Quando visitamos Magaruque, o barco tinha um motor claramente subdimensionado, o que fez com que levássemos mais de uma hora num deslocamento que deveria tomar apenas meia. Para piorar, o motor quebrou quando chegamos na ilha. Por sorte lá tem sinal de celular e, depois de alguns telefonemas, uma lancha foi levar um novo motor, que era ainda menor e mais fraco que o original. O resultado foi que a volta levou intermináveis 2 horas… Praticamente passamos mais tempo no barco do que na ilha!
De maneira geral, Vilankulos é um destino mais ‘careta’ que Tofo, frequentado principalmente por famílias e gente com grana que busca privacidade e exclusividade nos hotéis das ilhas. Nós gostamos bem mais de Tofo, mas se tiver tempo vale a pena dar uma esticada até Vilankulos, ainda mais se puder se hospedar nas ilhas – as praias do arquipélago são realmente belíssimas.
A Ilha de Moçambique, antiga capital do país e Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, parece ser um destino bastante interessante, mas fica muito distante de Maputo – no extremo norte do país, quase na fronteira com a Tanzânia. Bem mais próxima a capital, ao sul, a Ponta Do Ouro oferece ótimos picos pra mergulho, inclusive com tubarões, e é um destino bastante procurado pelos sul-africanos devido a proximidade com a fronteira do país. Uma operadora recomendada lá é a Back to Basics.
A princípio o Parque Nacional do Limpopo pode parecer uma ótima opção pra alguns dias de safari. Entretanto relatos na internet dizem que a estrutura do parque é péssima e, muito pior, que quase todos os grandes animais foram caçados ou fugiram. Ou seja, definitivamente não vale a pena! Se você quiser fazer um safari com todo o conforto e segurança, o incrível Parque Nacional Kruger, na África do Sul, fica a poucas horas de carro de Maputo (dá pra sair de Maputo de manhã e estar no parque na hora do almoço!).
Uma outra opção transfronteiriça é visitar o Reino da Suazilândia, que também fica a algumas horas de carro de Maputo e oferece belas paisagens montanhosas e reservas interessantes para safaris. Lembre-se apenas que se desejar sair de Moçambique para retornar depois, você vai precisar de um visto de turista válido para várias entradas (e que custa um pouco mais caro).
Finalmente, uma das primeiras idéias que tive quando decidi visitar Moçambique foi esticar a viagem até Madagascar, afinal a famosa “ilha do amor” se localiza justamente em frente à costa moçambicana, e achei portanto que seria apenas um desvio pequeno de rota. Ledo engano: minha maior referência nesses casos, o site “Rome2Rio“, diz que simplesmente não há conexão direta entre os dois países, e que pra chegar em Madagascar seria necessário primeiro um longo (e caro) desvio pela Tanzânia ou África do Sul, dificultando bastante a aventura.
Conversando depois com alguns locais, descobri que não é exatamente assim: existem sim barcos que fazem o percurso Maputo/Antanarivo, capital de Madagascar, mas as partidas são bem esporádicas e desorganizadas – é preciso ir ao Clube Naval de Maputo e tentar a sorte. Tendo em mente ainda que dependendo do barco a travessia em si pode demorar alguns dias, essa é uma possibilidade só pra quem tem bastante tempo disponível, infelizmente.
Falando em visto, tem muita informação conflitante na internet sobre isso. Brasileiros precisam sim de visto pra visitar Moçambique, e esse precisa necessariamente ser emitido antes da viagem – não há mais como emitir visto no aeroporto nem nas fronteiras, como se fazia antigamente. No Brasil, o visto pode ser emitido pessoalmente na embaixada de Brasília ou através dos correios – faz-se o depósito das taxas numa conta bancária e envia-se o formulário preenchido junto ao passaporte pelos correios. O pessoal da embaixada é um pouco ruim na comunicação mas no final tudo funcionou como esperado. O processamento do visto levou cerca de duas semanas. Mais informações no site da embaixada.
A culinária de Moçambique está longe de ser ruim, mas tampouco é algo especialmente memorável. O grande destaque, claro, fica por conta da oferta de frutos do mar no litoral, fresquíssimos e a preços bastante acessíveis. Não espere, entretanto, grande refino no preparo – na maioria das vezes seu peixe ou lagosta vai chegar a mesa grelhado e servido com arroz e/ou fritas. Maputo dispõe de alguns restaurantes mais finos, mas não chegamos a visitar nenhum em nossa viagem.
Se prepare também pro lento serviço nos restaurantes e bares. Não é nada incomum uma espera de mais de uma hora entre o pedido e a chegada da comida, e esse tempo as vezes pode se dilatar bastante. Tome mais uma cerveja, curta a paisagem e relaxe, afinal você não atravessou um continente pra se estressar com um prato que está demorando, não é mesmo?
Os moçambicanos, no seu dia a dia, comem muito frango grelhado apimentado, o onipresente frango piri-piri – piri piri é o nome dado ao molho de pimenta que acompanha quase todos os pratos no país. Pra quem gosta de pratos picantes é uma delícia. Como acompanhamento, além do arroz eles também consomem muito a chima, uma espécie de mingau de milho bem espesso, algo semelhante ao angu mineiro ou a polenta italiana, e que é consumida, com diferentes nomes, por todo o continente africano.
O caril moçambicano engana quem espera um curry condimentado como os indianos. Na verdade trata-se de uma espécie de ensopado a base de extrato de tomate e um tanto sem graça. Por outro lado, um prato muito interessante e que vale a pena experimentar é a matapa, feito a partir das folhas da mandioca trituradas e cozidas com amendoim e leite de coco e, às vezes, também com caranguejo ou camarão (matapa de frutos do mar).
Pra beber, as cervejas 2M e Manica são encontradas em qualquer canto a preços bem acessíveis. Infelizmente, os moçambicanos ainda não aprenderam as maravilhas da cerveja estupidamente gelada – a bebida chega à mesa no máximo fria, mas no calor do verão é sempre um alento. Vinhos portugueses também são razoavelmente comuns e vendidos a preços menores que os praticados no Brasil.
Paraense radicado em Lisboa. Engenheiro, cozinheiro e cervejeiro, sem ordem específica de preferência. Viajante de vocação.
Ver todos os postsSou natural de “Vila-nkulo” (Vila Grande), e morando atualmente em Sao Paulo, com a sua reportagem me imaginei em casa rs, e quanto a comida acho que se limitaste muito, tinhas que ter comido a mucapata, xiguinha, sopa de mandioca, a cacana (meu prato preferido), caril de amendoim entre outros, e quanto aos lodges tem alguns bons com ótimos preços ( Vilankulo Beach Lodge, Bahia Mar), e tem um lugar que gosto muito la, que sao as dunas de areias vermelhas recomendo…enfim adorei sua reportagem…
Oi Helio, tudo bem? Olha, eu bem que procurei conhecer melhor a comida de Moçambique mas não tive muito sucesso… acho que faltou um guia local pra me levar nos lugares certos! De qualquer forma moro agora em Lisboa e aqui tem uns bons restaurantes moçambicanos, de vez em quando vou comer uma matapa :)
Obrigado pelos comentários e grande abraço!
Helio,
Muito bom saber que nosso conteúdo é bem visto por quem mais entende do assunto.
Vamos mandar seus comentários para o autor do texto. Quem sabe não vira motivo para ele voltar a Moçambique, não?
Grande abraço do Chicken or Pasta!
Até junho de 1974. A cidade de Lourenço Marques foi um exemplo de limpeza urbana ,superando até Lisboa nas avenidas ,na pintura dos edifícios e outras áreas de conservação de que todos tinham orgulho, até tinha mais iluminação néon, e sinalização luminosa rodoviária. Depois não sei… Espero que volte a ser a mesma cidade brilhante que ficou no meu coração..! E que os seus habitantes das novas gerações tenham prosperidade..!
:)
Sou brasileiro mas tb tenho passaporte português; sabe se eu preciso de visto pra entrar lá com passaporte da santa terrinha?
Sou brasileiro mas tb tenho passaporte português; sabe se eu preciso de visto pra entrar lá com passaporte da santa terrinha?
Oi Fábio, sugerimos checar com o consulado, mas de acordo com esse post – http://www.viajecomigo.com/2016/11/16/visto-para-mocambique/ – é necessário visto para Portugal também.
Que pena que vc nao teve oportunidade de comer um bom caril em Maputo. Sao divinos, muito iguais aos da India.
Oi Gê, tudo bem? Tentei comer o caril duas vezes, uma em Tofo e outra em Vilanculos, e realmente foi um pouco decepcionante. Pode ter sido apenas azar na escolha dos lugares, claro. A matapa, por outro lado, adorei!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.