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A proposta do “Get Lost”, novo serviço da agência de viagens de luxo Black Tomato, é proporcionar uma experiência inusitada cheia de desafios para um destino que o viajante não sabe qual é. Partindo da premissa “você precisa se perder para se encontrar”, o serviço oferecido é baseado no quanto o viajante quer se perder e se desconectar.
Num mundo urgente e compartilhado como o que vivemos, ter uma experiência imersiva única, provavelmente num lugar que você sequer cogitou em ir (talvez porque nem sabia que existia), pode valer ouro. Os objetivos são claros: uma jornada de auto-conhecimento, um bom detox e experiência ganha, onde a força mental e física poderão ser desafiadas ao longo da viagem.
Para chegar ao roteiro final, a única pergunta a ser respondida é “em qual tipo de ambiente quer se perder?”. Montanha? Alguma costa litorânea do planeta? Ou em terras gélidas? Deserto? Ou no meio de uma floresta? Caso prefira, pode deixar também essa escolha nas mãos da agência. Após dada a resposta, um consultor entra em contato para saber quais são os objetivos da viagem, desde como quer se sentir até o quanto quer realmente estar perdido. A única certeza é: o destino será um lugar remoto onde o viajante passará o tempo todo desconectado.
A partir desta resposta, somada à verba que deseja gastar, o viajante não terá mais nenhuma pista para qual canto do planeta irá, já que a viagem é feita em voo particular até o destino e os equipamentos necessários para a aventura são entregues na chegada, incluindo um telefone satélite e GPS. A pessoa pode até saber onde ela está aterrissando, mas não vai saber para onde ela está indo. A viagem é monitorada, garantindo segurança e apoio aos aventureiros, que receberão ajuda diária para encontrar o caminho para o destino final, passando por pontos estratégicos que serão encontrados com a ajuda de um navegador.
Caso seja necessário, a própria Black Tomato providenciará treinamento personalizado ou aulas de sobrevivência para que o viajante não passe perrengue durante a viagem, que poderá ser feita sozinha ou em grupo de amigos.
Mas se perder não vai custar tão barato. A aventura começa em 20 mil libras esterlinas (ou cerca de USD 27.000), o que mostra o quanto se desconectar e até mesmo se perder são cada vez mais luxos nesse mundo hiperconectado em que vivemos. Lugares como Mongólia, floresta no meio da Guiana ou uma grande aventura no meio de Svalbard, no Pólo Norte, fazem parte do programa.
O Get Lost é um ótimo exemplo do quanto a “economia da experiência”, onde o valor é o que fica na memória, pode ir longe. Pena que (ainda) é para poucos. E você, ficou com vontade de se perder um pouco?
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsServiço bem bacana, mas acredito que podemos nos “perder” e desconectar de forma mais simples e próxima do que imaginamos, seja em um parque isolado no interior de Minas Gerais ou indo para um retiro espiritual, em ambos os casos, basta querer.
Concordo muito com você! E estamos aqui, sempre tentando nos perder um pouco pra depois nos reencontrar. :)
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.