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Na escola aprendemos desde cedo que os verdadeiros donos da terra brasileira são os índios, mas que a passagem do tempo foi bastante cruel com eles. Hoje a situação dos índios está cada vez mais delicada. Ainda mais com a movimentação recente do Governo em favor da bancada ruralista, e em detrimento da demarcação dos territórios indígenas, e da diminuição das áreas de preservação da Amazônia. Além disso, está planejada a construção de dezenas de usinas hidrelétricas em rios importantes da floresta. Como aconteceu em Belo Monte, elas causam não só o alagamento de áreas enormes de mata nativa e a destruição de ecossistemas inteiros, mas também obrigam muitas tribos a se deslocarem dessas áreas, perdendo o vínculo tão importante dos índios com sua terra, que tem um importante valor de sobrevivência física e cultural.
A maioria das pessoas que vive nas grandes cidades brasileiras nunca sequer esteve na Floresta Amazônica, ou viu como é realmente a vida dos índios do século 21. O assunto é muito duro, e fica mais difícil de ser discutido seriamente com o distanciamento com que vivemos dele. O Greenpeace, em sua eterna batalha pela preservação do meio ambiente e pela preservação da diversidade da raça humana, resolveu tomar atitude para nos aproximar do drama vivido pelos indígenas com o cenário atual.
Até o dia 25 de junho, no Centro Cultural Correios, está em cartaz a mostra Experiência Munduruku, que une informações, imagens, vídeos e uma verdadeira simulação de imersão multissensorial em uma jornada pelo coração da Amazônia. É possível sentir a floresta e também aprender sobre a vida dos povos que vivem nela. Narrado pelo cacique Juarez Saw Munduruku, você vai percorrer as águas do rio Tapajós, no Pará, e conhecer o modo de vida do povo Munduruku, podendo compreender a intrínseca relação deste povo com as matas e os rios.
Para criar a imersão, você entra em uma cápsula que te estimula por meio da visão, audição, tato e olfato. Para cada sentido desenvolveram uma tecnologia especial para a mostra, como um filme em realidade virtual gravado em uma aldeia Munduruku, além de luzes infravermelhas que simulam a temperatura na aldeia e de dois canais de áudio, um com sons do vídeo e outro com ruídos em uma subfrequência (60Hz) que, ligado a micro-sensores, vai produzir vibrações no corpo do visitante. Para a experiência olfativa, o perfumista mexicano Nadjib Achaibou desenvolveu uma fragrância inspirada nos aromas da Amazônia.
“É uma oportunidade única para muitas pessoas que nunca puderam ir à Amazônia possam entender o que a floresta significa para os povos indígenas e comunidades ribeirinhas que dependem dela para sobreviver” – diz Danicley de Aguiar, da campanha de Amazônia do Greenpeace. E realmente, conhecemos a verdade sobre a vida na tribo. Os índios que se pintam e pescam com arco e flecha, mas que também usam chinelos de borracha e roupas, vêem TV e usam a internet. Vemos que a Amazônia tem uma vida muito rica além das matas e dos recusos naturais que oferece. A ‘Experiência Munduruku’ faz parte do projeto do filme de realidade virtual ‘Munduruku: a luta para defender o coração da Amazônia’, uma inciativa do Greenpeace Reino Unido, The Feelies e Alchemy VR.
A experiência demora só 15 minutos, e é gratuita. Mas para participar, você tem que agendar antes nesse site.
Experiência Munduruku
Centro Cultural Correios – Avenida São João, s/nº – Vale do Anhangabaú
(11) 2102-3690
Até 25 de junho
De terça a domingo, das 11h às 17h
Informações: (11) 2102-3690
*foto do destaque: Índio da tribo Dace Watpu – Otávio Almeida/Greenpeace
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.