Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Desde a liberação sexual nos anos 7o, nós terráqueos adotamos uma espécie de padrão sexual que difere bastante de alguns rituais de acasalamento tradicionais de culturas antigas. Embora nos julguemos bem “saidinhos”, carregamos grandes vícios da cultura cristã em nossos ritos de pegação.
Antigamente, enquanto o cristianismo e suas vertentes pregavam um rito mais comedido e escondido, outras crenças e culturas viam o sexo como algo natural, essencial e que muitas vezes beirava o divino. Bem longe de ser um tabu! Espia só o que diferentes povos acreditavam e faziam – ou ainda fazem – mundo afora quando o assunto era dar “umazinha”.
Tropeçou, f***u! É exatamente isso! Na tribo Guajiro, durante uma específica dança cerimonial, se uma mocinha tropeçar no pé de um mocinho, pimba! Eles terão que transar. Porque?! Ninguém sabe.
Aqui no Brasil, além desses ritos tradicionais que a gente conhece, como Tinder, casas com luz vermelha e aquela tradicional piscadinha na balada, tem gente fazendo algo bem inusitado para conseguir se dar bem com as gatinhas. No Mato Grosso, os homens da tribo Meinaco provam sua virilidade e suas boas intenções presenteado as gatinhas com peixes frescos. Não, nada de jóias e flores. O negócio é roots mesmo! Se a moda pegasse, seria o fim das joalherias e o paraíso para o Seu Tonho da banca de peixe da feira aqui do lado de casa.
E tem mais! Sabia que na língua caingangue, da tribo que leva o mesmo nome e que habitava o sul e sudeste do país, o verbo transar e comer eram o mesmo? Pois é, de onde você acha que vem essa idéia de comer alguém?
Essa é uma das melhores! Imagine você lá no Nilo, tomando um bom banho, quando olha para a margem e vê uma galera tocando uma. Pois é, é isso mesmo que rolava. Por conta do deus Atum, que supostamente tinha criado o mundo em uma gozada, os caras acreditavam que durante as cheias do rio era essencial se masturbar e ejacular dentro dele para garantir abundância das águas.
Já na tribo Siwa, a homossexualidade foi durante muitos séculos uma opção super normal. Abaixo a homofobia! Por lá, além do casamento entre pessoas do mesmo sexo não ser nenhum problema, os homens que não tivessem um comportamento homossexual, por mais que temporário, eram expulsos da tribo. Conceitos, né minha gente?
E as revistinhas eróticas tipo “Brasileirinhas” que eles tinham por lá? Se ainda não ouviu falar no papiro erótico egípcio que está exposto no Museu de Turim, e tiver mais de 18 anos, pode clicar aqui e vai entender do que eu estou falando.
Era praticamente uma filial do Egito. A prática da homossexualidade era costumeira, principalmente em relações de homens mais velhos com jovens meninos, a famosa pederastia. Sexo entre homens com a mesma idade ou classe social dava ruim, uma vez que eles consideravam o sexo como ferramenta de opressão. Logo, o passivo da relação era julgado como feminino, o que era problema em uma sociedade machista onde as mulheres não eram vistas como cidadãs.
Quando o divórcio é ilegal, o melhor é ter certeza antes de escolher o marido, não é mesmo? Pois é bem isso que as meninas da tribo Kreung, no Camboja fazem. Para não viver um casamento frustrado, as meninas a partir dos 15 ou 16 anos podem fazer sexo com vários garotos da tribo. E para ajudar no test-drive, os pais constroem uma espécie de “quartinho do abate”, onde as meninas recebem os meninos para seu desempenho. Assim ninguém compra gato por lebre.
E não é que a turma do Pacífico é a mais bizarrinha?! Acredite, porque o que vem por aí não é brincadeira. Abrindo os trabalhos, a tribo Sambian, de Nova Guiné, onde os homens crescem sem nenhum contato com as mulheres. Isolados das minas até os 17 anos, os moleques já com dor nas partes de tanto tesão guardado, são obrigados a fazer sexo oral e engolir o sêmem do guerreiro mais corajoso da tribo, para garantir sua virilidade e masculinidade perante as mulheres. OMG!
Continua lendo que ainda tem mais bizarrices! Em outra tribo, nas Ilhas Trobriand, a coisa muda de cenário. Lá as crianças Trobrianders começam a ter contato sexual umas com as outras desde os 7 ou 8 anos. Imitando os trejeitos de paquera dos adultos, saem à caça de seu primeiro – de muitos – parceiro logo no início da puberdade. E isso não é só exclusividade dos meninos não! As mulheres da tribo tem a mesmo liberdade e dominância sexual que os homens, e são encorajadas a continuarem assim. Tudo é uma questão de preceitos, não é mesmo?
O “seu” ou a “sua” tem nome? Tem!? Pois bem, agradeça aos havaianos, pois essa idéia maravilhosa de dar nomes às genitais é deles. Inclusive os caras faziam até canções, as “male ma’is”, cujas letras enalteciam suas partes íntimas e saudavam as futuras gerações. “Oh Millaaaaaa, mil e uma noites de amor com você…”
Bom, acho que deu para perceber que não fugimos de uma grande mistura atualizada de alguns desses costumes. Ou você ainda não batizou a sua Sara Jane ou seu Valadão?
* Foto destaque: The Death of Socrates – Jacques-Louis David
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsTexto bem interessante. Você conseguiu fazer um apanhado legal sobre as curiosidades do sexo no mundo. Ficou faltando a sexualidade da cultura nórtica.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.