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Um dos destaques de Cafayate, na província argentina de Salta, é a Bodega El Esteco. A cidade fazia parte do roteiro que eu fiz a convite do Hoteis.com, para conhecer uma região menos conhecida da Argentina, no extremo noroeste do país, quase nas fronteiras com Chile e Bolívia.
Normalmente produção de vinho acontece entre as latitudes 30 e 50, nos dois hemisférios. A Bodega El Esteco está na latitude “errada”, no 26°. Mas graças à altitude de 1600 metros acima do nível do mar, e um clima com dias quentes e noites frias, a região produz vinhos de qualidade alta.
Chegamos e fizemos um tour que durou mais ou menos 30 minutos que terminou com uma degustação de dois vinhos. Experimentamos apenas um branco e um tinto. O branco foi um Ciclos Torrontés, a uva que é a especialidade local. Um vinho bem floral que, apesar de parecer doce no nariz, é seco na boca. Assim como a maioria dos vinhos daqui, a gradação alcoólica desse branco é alta – 13.9%. O tinto foi um Don David Tannat, bom e barato. Mas no fim optei por levar Ciclos malbec e cabernet sauvignon pra casa. Um pouco mais caro mas, se é pra carregar os quilos extras na mala, tem que valer a pena.
Ficamos hospedados no Grace Cafayate Resort que se destaca entre as opções em Cafayate – também se destacou nessa viagem como o hotel que mais gostamos. Pena que a programação só permitia uma noite! Com certeza precisaria de uns bons dias aqui pra desfrutar do conforto e as amenidades oferecidos.
Melhor jeito é vir pelo aeroporto de Salta, aproximadamente 2h 20m de voo a partir de Buenos Aires. Essa vez não deu tempo de conhecer Salta, numa próxima vez ficarei pelo menos uma noite. Recomendo alugar um carro e seguir a estrada 68 que passa pela Quebrada de las Conchas, um trecho bem bonito que vale muito conhecer. Leia mais sobre a Quebrada de las Conchas aqui.
A viagem que eu fiz começou pela belíssima Quebrada de las Conchas, um vale entre Salta e Cafayate com paisagens deslumbrantes. Cresce pouca coisa por lá além de cacto, e as cores diversas da terra exposta pela erosão cria um visual espetacular. Passando por essa estrada, algumas paradas para ver formações rochosas são obrigatórios, meu favorito sendo a Garganta del Diablo.
Em Cafayate o hotel que fiquei, Grace Cafayate, é impecável. As chalés que o hotel oferece dão vontade de ficar dias só relaxando, só saindo de lá pra fazer a visita obrigatória à vinícola El Esteco, a mais conhecida da região. Daqui fomos para Purmamarca, passando novamente pela Quebrada de las Conchas, Salta e continuando para o norte, o que deu por volta de 6 horas de estrada.
Purmamarca é a base ideal para ver Salinas Grandes que, com seus grandes planos brancos cobertos com sal, é lindo demais. A estrada que leva até Salinas é sinuoso e sobe até 4170 metros no seu ponto mais alto. Salinas em si ainda fica nos 3450 metros acima do nível do mar. Pra mim, a altura foi tranquila, mas tem gente que sente os efeitos do ar mais rarefeito.
A partir da Purmamarca seguimos pela Quebrada de Humahuaca, até Pucará de Tilcara. Uma cidade da época antes da colonização e agora um sítio arqueológico com várias casas reconstruídas e aberto para visitação.
Para quem quer fazer o mesmo roteiro, o Hoteis.com está com uma promoção de 10% de desconto. Além do hotel incrível Grace Cafayate onde ficamos, existem outras opções, não só em Cafayate, mas pela Argentina inteira. Basta informar o código ARGENTINALADOB (Válido até 13 abr 2017).
Viaja sempre com uma mochila com camera, laptop e kindle e uma mala pequena de roupas. Nela leva mais uma mala vazia que vai enchendo ao longo da viagem. Não é fã de pontos turísticos, não gosta de muvuca e foge de filas, mesmo que seja para ver algo considerado imperdível. Por isso nunca subiu na Torre Eiffel, mesmo tendo ido várias vezes à Paris. Acredita que uma boa viagem é sentir a cidade como morador. Tanto que foi pra São Paulo em 2008 e ainda está por lá.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.