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Bate-Volta: São Luiz do Paraitinga – renascida depois da tragédia

Quem escreveu

Dani Valentin

Data

06 de September, 2017

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Apresentado por

São Luiz do Paraitinga é um dos mais importantes destinos turístico do Vale do Paraíba e uma das 29 cidades paulistas consideradas estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo. O Centro Histórico da cidade, repleto de casarões da época colonial, é declarado Patrimônio Cultural Brasileiro.

A cidade sofreu uma tragédia em 2010. A enchente no começo daquele ano causou muitos estragos para a população e fez com que o município perdesse oito de seus edifícios históricos. Porém ela se recuperou e foi reconstruída, e hoje se vê muito pouco que lembre esse triste episódio.

Parahitinga vem do tupi-guarani e significa “águas claras”.

Como chegar

São dois bons caminhos para quem sai de São Paulo: Pela Dutra, pegue sentido Rio de janeiro até Taubaté. Entre na saída 111 na Rodovia Oswaldo Cruz, em direção à Ubatuba. Depois de 43 quilômetros, entre no trevo para Lagoinha e siga em frente até encontrar um novo trevo. Vire à direita e siga mais 1,5 quilômetros até chegar em São Luiz.
Pela Ayrton Senna, siga no sentido Vale do Paraíba até Taubaté. Pegue a saída 111 e siga o mesmo percurso acima.

Onde comer

O cardápio do Sol Nascente pede para o cliente não ter pressa. A cozinha é artesanal e os pedidos podem demorar.  Por isso, não vá se estiver na correria ou você vai se estressar. É lugar para ir comer naquela tarde preguiçosa, bater um bom papo enquanto espera a comida super saborosa e feita com carinho. Comida de vó mesmo. Tem pratos com toque oriental, mas as estrelas são os com influência regional brasileira, como a vaca atolada e o boi embriagado. E o sorvete caseiro de sobremesa é indispensável.
Sol Nascente
Endereço: Largo das Mercês, 2, Centro– Telefone: (12) 9970-77444
Horários: Segunda, das 17h às 21:30h; Terça a quinta, as 11h às 22h; Sexta e sábado, das 11h às 00h; e domingo das 11h às 17h

O Cantinho dos Amigos é o típico restaurante do interior: mesas espalhadas por um salão grande, telas de TV e uma atração musical com o violão ao vivo. Nada de glamour, mas com um ótimo atendimento e boa comida, além do preço excelente. A maioria dos pratos serve duas pessoas e é bem caprichada. Comida brasileira no fogão a lenha, com opções de massas e pizzas.
Cantinho dos amigos
Endereço: Rua Coronel Domingos Castro, 121, Centro – Telefone: (12) 3671-1466
Horários: Segunda a quinta, das 11h às 22h; Sexta e sábado, das 11 às 0h; e domingo, das 11h às 22h

A vista para o vale no Refúgio 7 Cachoeiras é um dos pontos altos do restaurante. Ali tudo é feito no fogão a lenha em panelas de barro, ferro e pedra. O self-service é de comida brasileira, utilizando produtos frescos da própria horta e de produtores vizinhos.
Refúgio Sete Cachoeiras
Endereço: Caminho Turistico do Pinga nº 2.500 – Catuçaba – Telefone: (12) 3671-6201

Ao lado do Mercado Municipal fica o Mai será o Binidito dedicado à gastronomia, ao cinema e à cultura local. Além de pratos, como o nhoque recheado ou o escondidinho, é possível se esbaldar nas comidinhas de boteco. O restaurante tem ainda uma lojinha com produtos da região para levar para casa.
Mai será o Binidito
Endereço: Rua Monsenhor Ignacio Gioia 380, Centro – Telefone: (12) 3671-1527

Onde petiscar

Na rua mais movimentada a noite do centro histórico da cidade, fica o Chukuritu’s Bar, que foi aberto recentemente. Apesar de servir almoço e até opções de café da manhã, a melhor pedida é ir a noite, sentar nas mesinhas do lado de fora e aproveitar as porções gostosas e generosas que a casa oferece. O atendimento é ótimo, e aos sábados rola música ao vivo.
Chukuritu’s Bar
Endereço: Rua 31 de Março, 67, Centro
Telefone: (12) 99790-0143
Horários: Quarta e quinta, das 8h às 23h; Sexta e sábado, das 8h às 2h; e domingo, das 8h às 22h

O que ver

O Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga é pequeno e muito charmoso. A arquitetura é predominantemente da época colonial e no caminho você vai se deparar com capelas, casarões e coretos. Um dos pontos principais é a Igreja Matriz São Luiz de Toloza, que desabou em 2010 com a enchente e foi totalmente reconstruída em 2013.
Endereço: Praça Oswaldo Cruz

Também no Centro Histórico, e infelizmente muito impactada também pela enchente de 2010, a Capela das Mercês foi uma das primeiras edificações da cidade, tem paredes em taipa de pilão e telhas de barro. Foi completamente reconstruída, mantendo as características originais. Não é muito fácil entrar, normalmente fica fechada abrindo poucas vezes ao ano.
Endereço: Largo das Mercês

Oswaldo Cruz foi um famoso médico sanitarista, pioneiro no estudo de moléstias tropicais no país. A casa onde ele nasceu é hoje a Casa Dr. Oswaldo Cruz, com material não só sobre o médico, mas também sobre o desastre e reconstrução da cidade e sobre a história do carnaval por lá. A casa tem arquitetura colonial e data de 1834.
Endereço: R. Dr. Oswaldo Cruz

A Cachoeira Grande fica em Lagoinha, cidade vizinha de São Luiz do Paraitinga, e é a cachoeira mais conhecida da região. A propriedade é privada, paga-se 10 reais para entrar, mas além de estacionamento, você ainda tem restaurante, sanitários e até wi-fi gratuito para usar no lugar. A queda é de 40 metros e nos fins de semana dá para alugar equipamento ali mesmo para descer a cachoeira de rapel.
Como chegar: Siga pela estrada no sentido de Lagoinha, após aproximadamente 17 quilômetros existe uma indicação para entrar em uma pequena estradinha a direita que segue até a cachoeira. Endereço: Rodovia Nelson Ferreira Pinto, km 18,5, s/n – Zona Rural, Lagoinha

A Trilha das Sete Cachoeiras fica dentro da Eco Pousada Refúgio das 7 Cachoeiras – o mesmo do restaurante – e fica a aproximadamente 25 quilômetros de São Luiz. É preciso pagar o day use para entrar, o pacote incluindo almoço e lanche para a trilha sai R$120,00. Não é possível nadar em todas as cachoeiras e é preciso ter um pouco de condicionamento físico para agüentar o percurso. Porém é possível ir para o lugar apenas para descansar e aproveitar o restaurante.
Como chegar: Siga pela Rodovia Oswaldo Cruz no sentido Ubatuba. Ao chegar na entrada do Bairro de Catuçaba, siga em direção ao Bairro, e ao passar por ele, entre a direita em uma estrada de terra. Endereço: Caminho Turistico do Pinga nº 2.500 – Catuçaba

O Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia foi inaugurada em 1989 com foco em pesquisa científica para a preservação das áreas restantes da Mata Atlântica. São várias trilhas, sendo a mais longa a Trilha do Ipiranga, que leva 6 horas, ida e volta. É preciso levar lanches e fazer o agendamento prévio para a visita.
Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia
Endereço: Rodovia Doutor Oswaldo Cruz, Km 78
Telefone: (12) 3671-9159

Onde comprar

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Para produtos e artesanato local, uma dica básica é dar uma passada pelo Mercado Municipal, apesar de um pouco decepcionante. Verdade seja dita: o mercado não anda em sua melhor fase, está bem abandonado e com poucas opções, mas ainda dá para encontrar coisas interessantes por lá. O prédio foi construído em 1835, pelo Barão de Paraitinga, e tem a forma de um quadrilátero, com o pátio central aberto.
Endereço: R. Monsenhor Inácio Giolia

O requeijão da região é conhecido e provavelmente você vai provar quando estiver por lá. É feito por produtores rurais da própria cidade e é em barra. No centro, o melhor lugar para comprar é na Casa do Pão.
Casa do Pão
Endereço: Rua Coronel Domingues de Castro, 115
Telefone: (12) 3671-1852
Horários: Das 6h às 22h

Festivais

São Luiz é uma cidade que adora festejar, dá para notar pela quantidade enooorme de festivais que acontecem por lá todo ano. Como ela é muito pequena, é melhor se programar com bastante antecedência.

O Carnaval de rua é bem famoso e acontece já em janeiro ou fevereiro com o Festival de Marchinhas Carnavalescas. Tudo começou 30 anos atrás, quando alguns músicos da cidade se encontravam em bares e na praça para compor marchinhas. O negócio ficou sério e virou uma competição, com seletivas e a final acontecendo na Praça Oswaldo Cruz. O festival ficou tão famoso que até músicos famosos participam como jurados ou compondo, entre eles Arnaldo Antunes e Chico César.

Já o Carnaval de Marchinhas começa uma semana antes do calendário oficial, em Catuçaba, onde acontece o “Carnatuçaba”. Em São Luiz, quem abre o carnaval é o bloco Juca Teles, no sábado de carnaval, ao meio dia. A cidade conta ainda com blocos como o Bloco do Balacobaco, o Bloco do Rei Canário e o Bloco da Maricota.

A Festa do Divino Espírito Santo é a festa religiosa mais tradicional da cidade. Foi introduzida ainda pelos portugueses, e tem shows, missas, cavalhadas e os bonecos gigantes João Paulino e Maria Angú. No Mercado Municipal acontece a preparação do afogado, que é distribuído de graça para a população.  A data de realização é normalmente 50 dias após a Páscoa.

A festa junina em São Luiz tem nome próprio: Arraiá do Chi-Pul-Pul. É realizada no pátio do Mercado Municipal e, como qualquer festa junina que se preze, tem comidas típicas, quadrilha e fogueira. Tem ainda um festival de canções juninas com prêmios como galinha e porco.

O Halloween foi substituído na cidade pela Festa do Saci. Dia 31 é o dia dele e, por isso, a Praça Oswaldo Cruz se enche de atividades para as crianças, como oficinas, passeio de bicicleta e o Bloco do Saci.

Para valorizar pratos com ingredientes regionais, surgiu a Festa da Cozinha Caipira. No dia da festa, tem desfile de carros de boi e tropa, cozinha experimental, feira do produtor rural, shows e danças típicas.

Quem escreveu

Dani Valentin

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06 de September, 2017

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Dani Valentin

A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.