Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A cidade que respira e transpira cultura nunca fica pra trás. E não tem crise que impeça São Paulo de ganhar novidades sempre, de todos os tipos. Uma prova é a profusão de novas galerias e espaços culturais, lugares múltiplos que vão muito além da exposição de arte: são ao mesmo tempo bar, lojinha, casa de shows, feiras e, acima de tudo, ponto de encontro de gente legal.
São espaços que têm a proposta de serem vitrines do que acontece de novo na arte em São Paulo e no Brasil, e que identificaram essa demanda de um lugar legal pra encontrar gente, sem um formato muito definido.
Escolhemos seis deles que abriram nos últimos anos e que valem muito a visita!
A Galeria Crua tem somente três meses de vida e já é um dos lugares mais bacanas de São Paulo. Além de ser um espaço muito charmoso nos Campos Elíseos, a curadoria das peças expostas é fina, com desenhos, fotos, prints e pinturas de artistas contemporâneos brasileiros e que não se acha nas galerias tradicionais. A Crua também é o ateliê do artista Gen Duarte e recebe festinhas, lançamentos de livros e zines e outras atividades relacionadas à arte. Conta também com um pequeno barzinho com cerveja e drinks e, dependendo do evento, rolam food trucks estacionados na porta, como o do Sotero, por exemplo.
Galeria Crua. Rua Conselheiro Nébias, 1441, Campos Elísios
De terça a sexta das 11h às 20h e sábado das 14h às 22h.
Provando que a Santa Cecília é o lugar mais cool de São Paulo atualmente, a Bendgy se instalou no bairro e atrai ainda mais gente descolada para visitar seu acervo de obras de arte de artistas underground e independentes. Criada pela artista plástica Patrícia Colli – mais conhecida por Pacolli – o espaço tem galeria rotativa, café, cerveja, shows de projetos musicais alternativos e também venda de roupas, cartões postais, zines, posters e, obviamente, o trabalho autoral incrível de sua criadora.
Bendgy. Rua General Jardim, 554, Santa Cecília
Sábados das 14h às 20h
Num desses prédios/casarões cheios de décadence avec élégance, no meio do Anhangabaú, fica o Estúdio Lâmina, o pioneiro da nossa lista. Aberto em 2011, ele é meio galeria, meio ateliê, bar, casa de shows e balada, espaço pra feira, debates, aulas, e o que mais aparecer. Um ponto de encontro de artistas, que se identifica bastante com o movimento da semana de 22, que inclusive teve ebulição ali perto. E é aberto a propostas: se você tem um projeto cultural, leva lá pra eles conhecerem!
Estúdio Lâmina. Avenida São João, 108, Centro
De terça a sexta das 16h às 23h.
Perdoem o trocadilho, mas a Epicentro tem sido de fato o epicentro de novas propostas culturais pelas bandas dos jardins, com mini-exposições, feiras e aulas bem diversas. Já rolou mercado e curso de botânica, mini-mostra de arte erótica, feira de produtores urbanos, de vinil e de publishers independentes, exposição em parceria com a renomada Emma Thomas e bazares legais como Itinerante e Sample Sale, tudo isso em pouquíssimo tempo de existência. Vida longa à Epicentro!
Epicentro Jardins. Rua da Consolação, 3423, Jardim Paulista
De segunda a sábado das 11h às 19h e domingo das 12h às 18h
Um enorme galpão no meio da Barra Funda promete chacoalhar o universo paulistano das artes. No térreo, um amplo vão livre para exposições (e por que não shows, performances, oficinas, cursos e grupos de estudos) e no segundo andar os ateliês dos artistas que comandam a galeria. Com este ambiente tão grande, a Breu tem capacidade de receber obras de dimensões maiores, que normalmente não cabem nas pequenas galerias, ampliando as possibilidades e usos criativos do espaço. Aberta há menos de um mês, a Breu chegou para ocupar uma lacuna importante para novos artistas brasileiros e para quem procura produção artística inovadora e de vanguarda.
Espaço Breu. Rua Barra Funda, 444, Barra Funda
De quarta a sábado das 15h às 20h
O Disjuntor já tem um ano, e foi um ano bem movimentado! A casa, que abriu como galeria e acabou se expandindo pra muito mais que isso, foi criada pelo casal-artista-produtores-pau-pra-toda-obra Mozart e Mônica Fernandes junto com Tatá Crippa. Com shows independentes, exposições de novos artistas do país inteiro, comida na porta, bar, feiras e festas, ela entrou rapidinho pro mapa como um dos responsáveis pela nova cena legal da Mooca. Na foto, uma Free Beats que fechou a rua!
Disjuntor. Rua da Mooca, 1747, Mooca
Quinta das 14h às 23h45, sexta e sábado das 14h às 2h e domingo das 14h às 22h
Tavapassando e cliquei. Danilo Cabral e Flavia Lacerda registram seu dia a dia e todos os lugares por onde estão passando, em um mini-guia de shows, restaurantes, ruas e pixos no Instagram.
Ver todos os postsAmei quero conhecer…
Gostei! Ótimas informações, forma e conteúdo!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.