Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Lúcio Morais e Yuri Chix se conhecem desde moleques. Começaram a tocar juntos nas festinhas da faculdade de cinema, por volta de 2007, e foram aprendendo as manhas da noite na marra, tocando e lotando a antológica casa paulista AmpGalaxy e participando do coletivo Crew, uma baita escola para a dupla. Em dez anos de carreira, remixaram Fatboy Slim, lançaram um EP pela mesma gravadora de bandas como Two Door Cinema Club, Phoenix e Klaxons e já foram elogiados pelo Jay-Z e pelo Mark Ronson. Tocaram em grandes festivais como o Lollapalooza e o SXSW e acabam de lançar, finalmente, seu aguardado primeiro disco, o Vivid Exposition. Logo devem cair na estrada de novo e conseguir mais alguns carimbos no passaporte, e foi sobre isso que batemos um papo com eles. O Database é exatamente igual ao público que costuma lotar suas festas e shows: alto astral, divertidíssimos e cheios de energia.
Como é essa dinâmica do Database com as constantes viagens? Lúcio morando em Recife e Yuri aqui em São Paulo, como vocês lidam com essa distância?
O Yuri, apesar de morar em São Paulo, está sempre em Recife. Inclusive ele está por aqui agora, pois já estamos produzindo material novo. Lúcio também vai sempre para São Paulo, praticamente uma vez por mês. Apesar da distância, acabamos produzindo muita coisa, sempre mandando novos sons um para o outro.
Nos Estados Unidos é bem mais complicado, é um quebra-cabeça. Sempre tentamos marcar shows em estados próximos, assim podemos ir dirigindo também. Porém, algumas vezes, os promotores só têm uma data disponível e temos que mudar o rumo da tour, viajando de costa a costa de avião. Isso acaba sendo muito cansativo, já tivemos situações em que tocamos em Chicago, Los Angeles, Texas e logo depois no México! É muito cansativo, mas sempre pegamos alguns dias de carro de uma cidade a outra, o que acaba sendo mais divertido.
Nós temos algumas regras, levar só o que podemos carregar na mão. Uma mala de roupa é dividida para os dois, temos uma mala de equipamento que equivale a uma de roupa (e as duas pequenas, para não despachar). Fora isso, cada um tem sua mochila com notebooks, nécessaire, casacos, óculos de sol, pendrives, fones e uma muda de roupa emergencial, pois já tivemos problemas com extravio de malas várias vezes. Nossa última regra: sempre deixar todas as malas arrumadas, mesmo faltando um dia para sair do hotel. Se for tomar banho, não espalhe as coisas pelo banheiro ou pelo quarto. Tire tudo que precisa, use e depois guarde outra vez, tudo pode acontecer no último minuto: atrasos sempre rolam, afters também. Isso evita que você perca o voo ou esqueça alguns pertences que vai acabar nunca mais vendo na vida.
Danilo passou mais de 20 anos suando sangue no mercado financeiro. Até que a crise da meia idade bateu forte e ele resolveu largar tudo e partir para o que gosta de fazer: viver bem. Desde então passou a sair mais, a tocar em tudo quanto é canto, a viajar melhor, a exercitar a veia da escrita e da leitura, cuidar do corpo, a montar playlists e, principalmente, amar fazer tudo isso. Não quer nem lembrar da fase em que esteve debruçado em cima de uma HP12C. Saravá, Danilo!
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.