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Higienópolis é hoje um dos bairros mais nobres de São Paulo. Localizado na área central, fica no chamado Espigão Paulista, uma das regiões mais altas da cidade. O bairro é predominantemente residencial e tem o oitavo maior IDH do município.
A ocupação por ali começou no século XVI quando o lugar fazia parte da Sesmaria do Pacaembu, que era dividida em Pacaembu de Cima, do Meio e de Baixo. Além de Higienópolis, Pacaembu e Perdizes ocupam essa área hoje. Sesmaria são grandes lotes de terra cedidos pelo rei de Portugal para serem cultivadas. A do Pacaembu, no caso, foi dada aos jesuítas que pertenciam a Companhia de Jesus. Em 1760, eles foram expulsos dessas terras que foram então ocupadas por membros da aristocracia paulistana.
O bairro porém só foi fundado no fim do século XVIII, quando dois empresários alemães, Martinho Bouchard e Victor Nothmann, compraram mais de 800 mil metros quadrados de terra que pertenciam ao Barão de Ramalho e ao Barão Wanderley. A ideia deles era lotear o espaço e vender para a nova elite paulistana. Assim, foi lançado em 1895 o Boulevard Bouchard, que teve como primeiros moradores fazendeiros, profissionais liberais e estrangeiros. Eles importavam da Europa, principalmente da França, material de construção e a planta para as casas, o que definiu bastante o estilo de arquitetura do bairro.
Outra coisa que eles fizeram nessa época foi traçar o que seria hoje a Avenida Angélica. Esse traçado permanece praticamente intacto. O nome Higienópolis só veio mais tarde e a razão dele foi o fato da área ter sido uma das primeiras a ter encanamento de esgoto e fornecimento de água. Além disso, um dos principais fatores de desenvolvimento do bairro foi a linha de bondes elétricos da Vila Buarque, chamado de bonde 25, que passava ali pela Rua Maranhão.
Higienópolis foi um dos principais polos esportivos do Brasil e a chácara Vila Maria, que ficava entre as ruas Martinico Prado e D. Veridiana, foi ponto de encontro de intelectuais, sendo que a Semana de 22 foi realizada ali.
* Foto de capa: Monica Kaneko
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
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