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O bairro da Liberdade é hoje um dos queridinhos da cidade. É onde a gente leva os amigos turistas e onde, nós mesmos, moradores da cidade, gostamos de passar nossos fins de semana. A verdade é que essa área nem sempre foi dessa forma, tendo um passado bem sinistro.
Do século XVI até o século XVIII, a área da Liberdade era tomada por chácaras, para entre outras coisas o cultivo de chá, e que ligava o centro ao município de Santo Amaro. Nesta época, a região era conhecida como Campo da Forca, porque era ali na praça da Liberdade que, até 1870, eram enforcados os julgados pela justiça. Ali aliás foi o enforcamento do Francisco José de Chagas, que após liderar uma rebelião contra atraso nos salários, teve a corda rompida 3 vezes e foi morto a pauladas. Até hoje, dizem que o espírito de Francisco perambula pela região.
Ali no Largo Sete de Setembro funcionava o pelourinho, onde escravos eram torturados. E, onde se encontra a atual Rua da Glória, ficava o Cemitério dos Aflitos, um dos primeiros a céu aberto da cidade, onde escravos, enforcados e indigentes eram enterrados. Não existe documentação alegando que essas ossadas foram removidas quando anos depois o local foi loteado e vendido para a construção de casas.
O nome Liberdade foi proposto para uma rua do bairro quando Dom Pedro I abdica como imperador em 7 de abril de 1831. Apesar da proposta não ter sido aceita, o nome pegou e começou a se expandir para denominar a área toda. Existem algumas lendas para o nome ter pego, uma delas é que consideravam que os que morriam enforcadas e os escravos finalmente tinham sua liberdade ali.
Os primeiros imigrantes japoneses do bairro só chegariam em 1908. Em 18 de junho desse ano, ancorou no porto de Santos o Kasato-Maru, que trouxe 782 japoneses. Depois dele, muitos outros navios chegaram trazendo imigrantes do Japão. A ideia era fazer a vida por aqui, mas precisamente plantando café. No começo se instalaram principalmente na Rua Conde de Sarzedas porém mais tarde todo o envolto da região já tinha em sua maioria orientais como moradores.
*Foto de capa: Paulisson Miura
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
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