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Não só de mar cristalino, festas agitadas e gente bonita no calçadão é feita a vida em Nice. A apenas uma hora da badalada cidade da Côte D’Azur, e acompanhando majestosamente a fronteira alpina entre França e Itália, está um dos mais belos refúgios da vida selvagem na Europa Ocidental: o Parc National du Mercantour.
Colado a ele, já do lado italiano da fronteira, o Parco Naturalle Alpi Marittime se integra ao Mercantour, integrando um projeto de cooperação européia para a preservar e retomar a vida selvagem na região. Juntos, compreendem quase 1.000 quilômetros quadrados e formam, desde 2013 o Parc Naturel Européen.
Classificado como reserva natural desde o final do século XIX, o Parc National du Mercantour é um lugar dos sonhos e é perfeito para aquele bate-e-volta de descanso para quem está aproveitando as cidades à beira do Mediterrâneo. Embora a concorrência com as demais paisagens do sul da França pareça desleal, o parque é considerado um dos lugares mais bonitos no país e possui uma inacreditável diversidade de paisagem, o que inclui bosques, lagos, vales verdes e montanhas nevadas; sendo lar para inúmeras espécies de animais, entre cervos, javalis e lobos. Além desses, o projeto europeu de recuperação da vida selvagem conseguiu trazer de volta importantes populações de corujas, que julgava-se terem desaparecido da região há anos.
Para explorar o parque existem diversas trilhas, partindo de vários lugares. Um excelente ponto de partida, no entanto, é a vila de Saint-Martin-Vésubie. Situada na colina, já praticamente dentro do parque, Saint-Martin-Vésubie é uma cidadezinha muito pacata, com charmosas ruelas apertadas entre o casario antigo bem preservado, dando aquela atmosfera inesquecível que só a Provença pode oferecer.
Há dois caminhos que partem de Saint-Martin-Vésubie: um com destino à minúscula vila de Bóreon, e outra ao santuário de Madone de Fenestre.
São 10 quilômetros de trajeto entre Saint-Martin-Vésubie até o Boreon. A intensidade da subida até Boreon é leve, então é possível caminhar até lá – para quem disposição – passando por diversos riachos, cachoeiras e bosques, onde se pode pegar frutas nas árvores, como blackberries, redberries e vários outros berries. Nos meses em que não há neve, é possível cruzar com vacas pastando livremente.
O caminho termina no lago da barragem de Boreon, a 1.500 metros de altitude. Chegando lá, há o Centre Alpha, um centro de visitantes que conta sobre os programas de preservação da vida animal do parque.
Para os mais aventureiros, é possível continuar, em ritmo de escalada, o caminho até o cume Col de Cerise, a montanha que delimita a fronteira entre Itália e França. Esse caminho tem um nível elevado de esforço e é indicado apenas para os experientes.
Para quem pega a outra trilha, o ponto de destino é o santuário de Madone de Fenestre. O caminho até lá segue o mesmo estilo de ar puro e natureza gratificante, porém um pouco mais longo e cansativo, já que fica a 13km de Saint-Martin-Vésubie e a 1.900 metros de altitude. Partindo do santuário, há a trilha de esforço mais intenso que leva em direção ao cume de Col de Fenestre, a 3.200 metros de altitude, passando pelo Lac de Fenestre, ideal para uma parada e para uma vista panorâmica inesquecível desse pedaço magnífico da França.
O Carlos é carioca e acredita que viajar é aprender. Em todos os sentidos de "viagem" e "aprendizado". Não liga para horóscopo mas é muito canceriano. Siga no instagram: @carlosraffaeli
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.