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Os melhores museus para quem ama música

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

09 de August, 2016

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Que música e viagem formam uma ótima combinação a gente já sabe, mas que tal se embrenhar por museus que são dedicados ao universo musical? Os Estados Unidos são campeões na quantidade de museus dedicados à música, mas há muitos outros espalhados pelo mundo.

Selecionamos alguns dos mais legais na América e outros na Europa. Na parte 2 traremos alguns museus dedicados à música na Ásia e também museus dedicados à artistas como Beatles, Abba, Johnny Cash. Caso tenha uma sugestão, não deixe de mencioná-la em nossos comentários.

Casa da Música, em Porto:

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Foto: Vanessa Mathias

Quem vai a Porto e visita a Casa da Música, sempre a coloca na lista “tem que ir” e concordamos que tem que ir mesmo. O edifício projetado pelo pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, como parte do evento Porto Capital Europeia da Cultura Porto 2001 foi bastante controverso, pela obra extremamente moderna que descaraterizava o bairro. Aos poucos, no entanto, sua notoriedade ganhou os corações de locais e turistas, se tornando um dos ícones da cidade. Além dos seus lindos auditórios principais, todas as demais áreas são também dedicadas à música: concertos, audições, espetáculos, oficinas, ensaios, atividades educacionais, entre outros.  Enquanto a maior parte da programação é de música erudita, há espaço para tudo. Esse mês, por exemplo, há festas de techno na parte de fora da Casa. A visita guiada vale muito a pena para conhecer os detalhes da acústica, som e iluminação.  Há dois bares e um restaurante no topo, que abre a partir das 19h30 – não esqueça de visitá-lo, mesmo que apenas para um vinho.  Endereço: Av. da Boavista, 604-610 próximo ao metrô Casa da Música. Horários: Segunda a Sábado: 9h30 às 19h| Domingo e Feriados: 09h30 às 18h. Dias de Espectáculo: Edifício aberto até ao final do espectáculo, bilheteira até meia hora após o seu início.  Visita guiada € 7,5/pessoa – Diariamente – Português 11h, 14h30 e 16h. Inglês 10h, 11h, 16h e 17.

Philharmonie de Paris:

Philharmonie de Paris. Foto: divulgação
Philharmonie de Paris. Foto: divulgação

Em 2015 Paris ganhou uma nova filarmônica com projeto assinado por Jean Nouvel, na Cite de La Musique. A Philharmonie de Paris é hoje um conglomerado de espaços dedicados à música com anfiteatro, sala de concertos, museu da música, espaços expositivos entre outros. O Museu da Música tem uma coleção com cerca de 8.350 itens, incluindo 4.400 instrumentos musicais, além de pinturas, esculturas entre outros objetos, coletados pelo Conservatório de Paris desde 1793, além de uma biblioteca com mais de 110.000 documentos escritos e material audiovisual. Além do acervo, o museu abriga também exposições temporárias, shows, festivais, talks, etc. Até dia 31 de Agosto é possível contemplar a exposição “The Velvet Underground: New York Extravaganza”, que celebra os 50 anos de aniversário do álbum Banana. A exposição contou com vários shows de homanagem ao álbum com John Cale, Television, Mathieu Bauer entre outros. E até 11 de Setembro está rolando o festival Jazz à la Vilette. Endereço: 221, avenue Jean-Jaurès, Paris. Horários Museu da Música: Terça a sexta, das 12 às 18h; Sábado e domingo, das 10 às 18h. Não abre às segundas.

The Phono Museum, Paris:

The Phono Museum. Foto: divulgação
The Phono Museum. Foto: divulgação

O The Phono Museum quase fechou suas portas recentemente, mas foi salvo graças a um crowdfunding para ajudar a pagar as dívidas acumuladas, reformas necessárias e contratação de um funcionário. O museu abriu em 2014 numa iniciativa privada e é um tesouro escondido nas mediações de Pigalle. Funcionou desde então à base de trabalho voluntário, dedicando-se à história da música gravada. O acervo possui 140 anos de história de gravação de som com uma verdadeira e extensa coleção com mais de 250 “tocadores de música”, do gramofone ao aparelho mais recente, incluindo raridades como a boneca falante, criada por Thomas Edison (1889), ao primeiro gramofone inventado por Emile Berliner (1890), além de uma coleção de pôsteres, fotos e discos. É por lá que Woody Allen e Tarantino buscam por música vintage para seus filmes, como as utilizadas em “Meia-Noite em Paris” e “Bastardos Inglórios”. Se você é amante de música, não pode deixar de visitá-lo. Endereço: 53, boulevard de Rochechouart, 19emme, Paris. Horários: Quinta a domingo, das 14 às 18h. Entrada: 10€. Telefone: +33 6 80 61 59 37.

EMP Museum, Seattle, Oregon:

Foto: EMP Museum
Foto: EMP Museum

O EMP Museum é um museu que dedicado à cultura popular contemporânea”. Com raízes no rock’n roll, o EMP quer atingir público de gerações distintas através de seu acervo, exposições e programas educacionais, utilizando tecnologias interativas para envolver quem o visita. As exposições vão além da música, abraçando todo o universo de cultura pop. Um exemplo são as atuais “World of WearebleArt”, “Star Trek: Exploring New Worlds” e “Wilde Blue Angel: Hendrix Abroad, 1966-1970”, além das permanentes, como uma Galeria da Guitarra e exposições de Jimi Hendrix e Nirvana. O projeto arquitetônico é de Frank O. Gehry, apaixonado por música clássica, que buscou na música a inspiração para criá-lo. O museu foi aberto em 2000 e fundado pelo co-fundador da Microsoft, Paul Allen. Endereço: 325 5th Avenue N, Seattle. Horários: Diariamente, das 10 às 19h.

Motown Museum, Detroit, Michigan:

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A Motown é uma das gravadoras mais importantes da história da música moderna. Foi fundada em 1959 por Berry Gold Jr. sob o nome de Tamla Records, mas um ano depois era incorporada pela Motown Record Corporation. O selo abrigou monstros da música como The Surpremes, The Four Tops, The Jackson 5, Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Marvelettes, The Temptations, The Contours, Martha and the Vandellas, The Velvelettes, Chris Clark, The Monitors só para citar alguns. A história é longa, por isso um museu dedicado à ela é mais do que merecido. O Motown Historical Museum nasceu em 1985 e hoje é um dos pontos turísticos mais populares de Michigan. O museu narra toda a história da gravadora através de memorabilia dos artistas, estúdio completo, discos de ouros conquistados, partituras entre outros objetos. É uma verdadeira viagem aos tempos dourados da Motown feita em duas casas de dois andares em tours guiados. Endereço: 2648 West Grand Blvd, Detroit, Michigan. Horários (verão): Terça a quinta, das 10 às 18h; Sábado, das 10 às 20h; Domingo, das 10 às 18h. Entrada: US$ 15.

Stax Museum, Memphis, Tennesse:

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Quem gosta de soul music vai querer, com certeza, colocar este museu na lista (se é que já não está). A Stax Records tem um legado e uma longa história tão importante quanto o da Motown. Em 15 anos, a Stax emplacou mais de 167 hits no Top 100 em música pop e 243 hits no Top 100 em R&B. Artistas como Staple Singers, Luther Ingram, Wilson Pickett, Albert King, Big Star, Jesse Jackson, Bill Cosby, Richard Pryor, the Rance Allen Group e Moms Mabley. O Stax Museum é um grande tributo aos artistas que passaram pela gravadora, além também de contar com lendas do soul na América, com uma coleção com mais de 2.000 objetos, incluindo raridades. O museu também conta com uma pequena igreja, instrumentos, mostras de filmes, exibições interativas e fica no local onde um dia foi o estúdio da gravadora. Em agosto, por exemplo, estreará a exposição “Motown Black & White” acompanhada de uma mostra de filme. Endereço: 926 E. McLemore Ave, Memphis, TN. Horários: Terça a Sábado, das 10 às 17h; Domingo, das 13 às 17h. Não abre às segundas. Ingressos: US$ 13.

Outros para pesquisar nos Estados Unidos: Grammy Museum e LA Punk Museum (o site é tão punk quanto o tema), ambos em Los Angeles; American Jazz Museum, em Kansas; Rock and Roll Hall of Fame, em Kansas; Memphis Rock’n Soul Museum, Memphis, TN; National Jazz Museum, Harlem, NYC.

Ragnarock, Roskilde:

Foto: Ossip van Duivenbode
Foto: Ossip van Duivenbode

O Ragnarock (Museu de Rock da Dinamarca) é um dos mais novos museus dedicados à música, tendo aberto suas portas em abril deste ano (2016). O museu é dedicado ao pop, rock e à cultura jovem. Centrado na música, ele conta a história da cultural jovem e das eras dos musicais dos anos 1950 aos dias atuais. O local é também uma estufa cultural e fica em Roskilde, cidade que abriga festival de música homônimo, um dos maiores da Europa e com sede neste mesmo prédio. Além das exposições temporárias, o museu abriga também exposições permanentes com instalações interativas e atividades que convidam o visitante a explorar seus 3.100m2 de espaço expositivo dividido por temas: “quando a música viu a luz”, que mostra a experiência visual e de luzes que são partes integradas hoje em festivais; “dança”; “a música pode mudar o mundo?”; “músicas atuais”, “fanboys e fangirls”; entre outros. O objetivo do museu é inspirar a nova geração de músicos, artistas e profissionais criativos. O museu também chama atenção pela sua arquitetura cravejada de ouro e a entrada com tapete vermelha, dando a sensação de que o visitante é uma grande estrela ao entrar nele. O projeto arquitetônico é dos escritórios MVRDV e Cobe. Endereço: Rabalderstræde 16, Musicon, Roskilde (meia hora de Copenhagen), Dinamarca. Horários: Segunda e terça, das 10 às 18h; Quarta, das 10 às 22h e Quinta a Domingo, das 10 às 18h. Ingresso: 90 coroas dinamarquesas.

Em Copenhagen tem também o The Danish Music Museum, que traz uma coleção de 500 anos de instrumentos musicais, coleção de fotos e biblioteca.

Foto capa: Raganarok por Ossip van Duivenbode

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

09 de August, 2016

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.