Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O festival Mutek pode ser considerado um dos mais inovadores do mundo. Ele é um festival sem fins lucrativos, avant-garde, que celebra a criatividade através da música e da tecnologia. Acontece em várias cidades do mundo, mas a original é Montreal (23-27 de Agosto), no Canadá, onde acontece desde 2000. Em 2016 ele passou por Barcelona em junho, e em outubro tem a edição já consolidada na Cidade do México, que já tem Ben Ufo e Four Tet confirmados. Espere por ações envolvendo realidade virtual, música e arte digital de vanguarda. Se você, como eu, está sempre atrás do que será a próxima onda e também de inspiração e referências, o Mutek é obrigatório na sua lista.
Não é o festival que você procura pelo line-up, pois sabe que só ouvirá e verá artistas de qualidade. Tentando achar um artista que traduza o que é o Mutek, eu escolheria a americana Holly Herndon, uma das produtoras musicais atuais mais nerd que conheço, e o Oneohtrix Point Never, que tocaram por lá antes mesmo da maioria do público ouvir falar sobre eles.
E o Mutek é isso. Vanguarda pura. Festival para buscar referências e ver coisas que vão demorar ainda para decolar, mas em algum momento irão chamar a sua atenção. Nada mais apropriado do que ele estrear no Japão.
A primeira edição acontece entre os dias 2 e 4 de Novembro seguindo o modelo original, ou seja, se espalhando por diversos locais diferentes na região central de Tóquio.
No palco, artistas do Japão, Canadá e de outros países do mundo. O objetivo é promover o intercâmbio entre artistas, profissionais do mercado da música e o público. Se está buscando por um festival que reúna tecnologia, arte digital e música num lugar que vai ‘explodir’ a sua cabeça, o Mutek Japão é pra você. E eu vou morrer de inveja se você for, mas vai ter que me contar tudo depois.
Só atente que novembro é outono no Japão e não é o mês mais fácil para encarar. Mas música sempre aquece quem a abraça.
*Foto capa: basic_sounds
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.