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Sabe essa vista aérea de Machu Picchu que vemos em fotos ou documentários? Sim, essa mesma que está nos sonhos dos mais obcecados pelos mistérios da história da humanidade. Pois é! Ela é o fim do caminho! Isto mesmo, o final … Agora, a escolha do itinerário para alcançar a “Cidade Perdida dos Incas” é o grande barato da viagem por aquelas bandas.
O caminho para Machu Pikchu (em quíchua, “velha montanha”) pode ser uma das mais incríveis aventuras de sua vida. Quer apostar? Segue comigo, então. A cidade pré-colombiana fica localizada no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, no Peru. A cidade mais importante é Cusco, distante 130 quilômetros dali.
São algumas as formas de acesso: a mais light é viajar de três a quatro horas em um trem até chegar ao povoado de Águas Calientes e neste lugar seguir em um micro-ônibus. Em 30 minutos, pela rodovia Hiram Bingham, se chega a Machu Picchu, olha que fácil! Alguns mais animados, caminham por cerca de uma hora de Águas Calientes a Machu Picchu – isto também é possível. Mas, vamos colocar uma pitada de hardcore: que tal seguir pela Trilha Inca em uma caminhada de alguns dias e chegar à cidade pela Porta do Sol? Aí, sim! Está mais no nosso estilo, não?
São muitas as opções e as condições para essa jornada, acredite. Tudo depende da sua disposição e do seu espírito de mochileiro. Os percursos variam entre 2 e 7 dias, os níveis de perrengues também atendem a todos os gostos. Mas, considere as opções de trilha mais conhecidas (a Clássica, a Salkantay e a Jungle). Todas as três são bacanas! O problema da Trilha Inca Clássica, aquela aberta pelos incas e pelos primeiros arqueólogos, é a necessidade de uma reserva com antecedência de três meses. O trajeto clássico tem 45 quilômetros e é feito em quatro dias, com pernoites em acampamentos com infraestrutura digna. No percurso, existem montanhas, florestas altas, ruínas e penhascos.
A trilha Salkantay atravessa o pico da montanha do mesmo nome (que, cá entre nós, em quíchua quer dizer indomável). A Salkantay é considerada a segunda montanha mais alta da região de Cusco e o seu histórico é marcado por deslizamentos de terra e neve constante, justificando a fama, não é mesmo? A caminhada dura em média 7 dias e começa a partir do povoado de Mollepata (a três horas de Cusco). Depois disso a rota segue até o ponto mais alto da montanha, uma altitude de 4.600 m, e em seguida parte para Machu Picchu – o ponto de chegada.
Para a Jungle, tudo é mais suave. É possível até contratar o pacote em Cusco. Ela é uma alternativa à trilha tradicional com 36 km de caminhada; tem paradas em acampamentos; passa pelas paisagens mais fantásticas da região, por ruínas incas, pelos trilhos do trem e por vilarejos simples. A trilha leva 4 dias também, com pernoites em alojamentos. No primeiro dia, o caminho é feito com bicicletas e 3 km de caminhada. Nos outros dias, o caminho percorre cerca de 10 a 15 km por dia.
Apesar dessas três serem as mais conhecidas, cada hora vemos uma trilha diferente aparecendo por lá. Um exemplo é um pacote de luxo da Machu Picchu Brasil, que combina o esforço das trilhas junto com a recompensa de um lodge cheio de mimos no final para descansar os pés. Outro é a rota de Vilcabamba, uma das mais difíceis de atravessar. Para amantes de cascatas, a sua opção é a Trilha Cachicata, com um nível de dificuldade menor que as demais.
Para todas as escolhas, lembre-se da altitude, e que é preciso um tempo de adaptação (um chazinho de folhas de coca cai super bem). O melhor período do ano para ir é o inverno e as primeiras semanas da primavera. É preciso pegar tempo seco, evitando chuvas e deslizamentos. Por tudo o que é mais sagrado, não se esqueça do filtro solar, do repelente, do cantil ou squeeze e da leveza da mochila.
Em alguns momentos, as trilhas se encontram e passam pelas mesmas ruínas e paisagens. O Vale Sagrado dos Incas é um ponto em comum. Elas também costumam chegar à “Cidade Perdida” pelo mesmo lugar: a Porta da Sol. E uma vez lá em cima, é pura magia! Um pouquinho à direita, há um mirante e com ele aquela imagem que estava nos seus sonhos sobre Machu Picchu. Tudo ali diante dos seus olhos!
A civilização inca se apresenta com todas as forças na visita às duas grandes áreas: a agrícola, formada por terraços e recintos de armazenagem de alimentos, e a urbana, onde se destacam a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais. Os monumentos mais incríveis são: o Templo das 3 janelas, o Templo Principal, pelo Relógio de Sol e a Pedra Sagrada.
Quando se está no meio da cidade, inevitavelmente vem aquela perguntinha básica: quais das teorias existentes explicam Machu Picchu? Seria a residência da família real inca? Uma universidade? Um laboratório agrícola, ou ainda um lugar sagrado destinado a cerimônias? Quem saberá o que realmente significou “a velha montanha”, no século XV – quando foi edificada pelos incas?
Os motivos de sua existência são tão misteriosos quanto os que permitiram sua preservação. Talvez, seu abandono em meio a um surto de varíola, os deslizamentos das encostas durante as chuvas e o rápido crescimento da vegetação que fechou suas trilhas expliquem porque a cidade foi preservada da gana espanhola. Mas, de fato, o que Machu Picchu significa hoje é a possibilidade de se aventurar por suas trilhas e tê-la como prêmio ao fim do caminho.
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Foto destaque: Elaine Maziero
Rata de galerias e museus, não perde a oportunidade de ir procurar aquela tela, escultura ou monumento famosos que todos só conhecem pelos livros.
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