Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Entre os dias 24 de julho e 21 de agosto, Belo Horizonte vai receber a primeira edição do Festival Expoente, que traz ao palco da belíssima Casa do Baile um apanhado de bandas que se destacam no cenário musical independente local. Serão oito artistas especialmente selecionados, todos se apresentando em formato acústico, tendo o pôr do sol na Lagoa da Pampulha como paisagem e de graça! Fizemos um pequeno guia de todo mundo que vai tocar no festival, para você colocar na agenda e não perder nenhum show. Vamos lá?
Pedro Morais teve a moral de juntar muita gente foda para gravar seu último trabalho, o excelente “Vertigem”. Produzido por Gustavo Ruiz (irmão da Tulipa) e tendo como banda de apoio músicos que já tocaram com Cidadão Instigado, Curumin, Céu e Criolo, o disco foi gravado sem overdubs no lendário estúdio El Rocha. Deixando um pouco o violão de lado, Pedro abraçou a guitarra com paixão e achou um novo caminho harmônico em suas composições. Se continuar nesse caminho promissor, ainda vamos ouvir falar muito do Pedro.
Cantando em alto e bom português e com forte influência do brit-pop, o Devise desponta como uma promessa na nova cena musical brasileira. Seu disco de 2014, “Lume”, foi bastante elogiado por vários veículos especializados e chamou a atenção da Converse, que selecionou a banda para gravar um single dentro do projeto Rubber Tracks. Fique de olho nos caras!
Com Radiohead na cabeça mas sem tirar os pés do chão mineiro do Clube da Esquina, Jennifer Souza é dona de uma voz grandiosa e cheia de personalidade. No rolê há mais de 15 anos, lançou em 2013 seu primeiro disco solo, o gostoso “Impossível Breve”, carregado de folk maduro e confessional. Jennifer fica muito à vontade com o violão nas mãos e deve fazer uma apresentação cheia de emoção e delicadeza.
Formada em 2012, o Vaga Luz é daquelas bandas que não esperam acontecer, simplesmente vão lá e fazem. Tem no currículo um EP (Ora Pro Nobis) e um disco cheio (VAI) e estão na movimentação para registrar um trabalho novo ainda este ano. A banda tem a formação clássica do rock, com baixo-guitarra-bateria-e-voz, mas passeia por outros ritmos como o ska e o country/folk, sempre com muita energia em suas apresentações.
A dupla formada por tio e sobrinho é velha conhecida do público. Alessandro era da Valv – bandaça mineira que brilhou nos anos 00 – e André é guitarrista e vocalista do Câmera, que vem fazendo bastante barulho e é parte do cast da Balaclava Records. Nesse encontro inédito, a dupla propõe um som mais cru e despojado, revisitando música de suas bandas originais além de prestar homenagens aos seus ídolos musicais.
Músico e produtor prolífico, Leonardo Marques está envolvido em muitos projetos. Integrante da Transmissor, um dos criadores do selo La Femme Qui Roule, dono de estúdio, já tocou no Rock In Rio com a Diesel e no Lollapalooza com o Maglore. Sem contar sua carreira solo, onde expõe todo seu amor pela folk music e o lo-fi. Psicodelia sessentista, Elliot Smith e Lô Borges estão entre as principais referências deste multi-instrumentista muito talentoso.
Apaixonada por Belo Horizonte (cidade onde nasceu) e pelo Rio de Janeiro (sua cidade-musa, onde vivei por um tempo), Laura Lopes representa “o olhar para o estrangeiro com a mistura das particularidades de nossa cultura tradicional, marcada pelas forças das cores, ritmos e apuro das poesias e melodias”. Seu disco “Abaporu” foi indicado ao Grammy Latino em 2013 e agora Laura está em fase de preparação de seu segundo disco solo.
Projeto coletivo de Henrique Roscoe e Fabiano Fonseca, a ideia da parada é fazer música eletrônica ao vivo dispensando o uso de computadores e manipulando hardware ao vivo. O Ligalingha usa synths, baterias eletrônicas, efeitos e instrumentos digitais, criando atmosferas futuristas e claramente influenciados pelos alemães do Kraftwerk. Ao vivo, utilizam uma interface semelhante ao tarot para interagir com o público. Promete ser o destaque do festival.
Festival Expoente. Domingos (24 e 31 de julho, 07 e 21 de agosto), a partir das 15h. Ingressos: Gratuito
Casa do Baile. Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha
Danilo passou mais de 20 anos suando sangue no mercado financeiro. Até que a crise da meia idade bateu forte e ele resolveu largar tudo e partir para o que gosta de fazer: viver bem. Desde então passou a sair mais, a tocar em tudo quanto é canto, a viajar melhor, a exercitar a veia da escrita e da leitura, cuidar do corpo, a montar playlists e, principalmente, amar fazer tudo isso. Não quer nem lembrar da fase em que esteve debruçado em cima de uma HP12C. Saravá, Danilo!
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.