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Não faz muito tempo que o Centro de Amsterdã ganhou seu primeiro skybar, de onde é possível ver o centro histórico das alturas. O terraço fica no Hotel Double Tree by Hilton, ao lado da estação Central, e proporciona(va) uma vista muito única de Amsterdã. O Skylounge Amsterdã tem uma vista 360º no 11º andar do topo do prédio, a vista é incrível e por lá é possível assistir a um pôr do sol dos mais bonitos que já vi na cidade.
Amsterdã conta agora com um segundo ponto, mas muito mais ousado e alto, que proporciona também uma visão 360º da cidade. É de cair o queixo no sapato a vista que o A’Dam Lookout proporciona no alto do seu 21º andar.
O prédio A’Dam Tore fica ao lado do Eye Film, no lado norte de Amsterdã, e foi completamente renovado com projeto assinado pelo escritório Klaus Architecten. O prédio tem 21 andares, 80m de altura, um andar redondo no 19º, e o A’Dam Lookout, com 2 andares no topo do prédio. A experiência começa no térreo após pagar os 12 euros mínimos para encarar a aventura, porque é assim que o projeto é apresentado.
Antes de entrar no elevador, um fotógrafo te aguarda para fazer sua foto que terá como pano de fundo a vista do alto do prédio. E, claro, a ideia é se soltar, jogar pernas e braços para o ar dando a impressão que estamos sentados numa barra de ferro suspensa no ar. Dá vertigem só de olhar pra foto.
O elevador é a primeira experiência de fato. As portas fecham e os olhos já se direcionam para o teto transparente. É possível avistar o teto final do último andar. Ele sobe os 21 andares em apenas 20 segundos. Um jogo de luz, com formas geométricas projetadas em led, emula uma viagem por um túnel vertiginoso dando a impressão que o elevador está numa velocidade ainda muito superior a que está de fato e de que estamos entrando nos fachos de luzes que vão percorrendo toda a estrutura. A vista do alto é de tirar o fôlego, mas a subida de elevador é de virar os olhos (e o pescoço). A impressão é que você será jogado no céu.
Na saída damos de cara com um corredor com paredes claras e linhas finas de luzes formando três belos cubos, onde não há como resistir e não tirar fotos. Vira-se à direita e finalmente estamos na área fechada do Adam Lookout. Toda a parede lateral é de vidro com certa profundidade, dando a impressão que vamos cair do prédio. O fascínio cresce ao perceber como Amsterdã é tão bela do alto quanto do chão. Na frente o grande canal, que separa a estação central da região onde estamos. No chão, um grande círculo transparente causa vertigem em quem olha. Alguns não se atrevem. Dali se vê a calçada abaixo dos seus pés, pois este último andar se sobrepõe ao prédio abaixo. Entre o prédio e esse cubo, há um andar redondo, onde funciona o novo restaurante Moon, que gira lentamente, proporcionando os 360º de visão da cidade sem precisar sair do lugar.
Na outra lateral o teto branco majestoso do Eye e todo seu entorno. As pessoas viram formiguinhas. Na parte detrás um grande campo de obra e guindastes mostram que a área norte de Amsterdã ainda trará muitas novidades para a cidade. Ansiosos esperamos.
No meio do salão, o bar e restaurante Ma’Dam com mesas viradas para as grandes paredes de vidro. Drinks, cervejas e comidinhas são servidas por simpáticos garçons. Os preços, diferentemente do que pensamos, não é abusivo. Uma cerveja custa 5,50 euros, mas ali a boa pedida é mesmo uma taça de champagne como aperitivo. Após o sol se por, o espaço dá lugar à música se transformando no clube noturno mais alto de Amsterdã.
Ainda neste andar fica o banheiro que complementa os 360º da visão da cidade. Provavelmente você nunca terá uma vista como esta de qualquer banheiro que vá. Ao invés de espelhos, uma parede de vidro entrega a cidade aos fundos de bandeja. O espelho se precisar? Está escondido na lateral ao lado da porta.
Uma escada leva para a cobertura aberta. O vento forte não permitiu ficar lá por muito tempo, mas a diferença ali é ver o céu acima da sua cabeça com a cidade te abraçando em volta. Eu morri um pouquinho de alegria.
Hora de ir embora. A descida mantém a vertigem de todo o passeio, mas ainda mais intenso, você desce e as luzes sobem. É uma loucura.
Na saída é possível comprar a impressão da foto tirada na entrada, mas se preferir, pode optar em imprimi-la em casa. Abaixo ainda tem uma lojinha com vários objetos de design. Cadernos, sacolas (lindas), livros, camisetas, canetas e toda aquela lista de itens que não precisamos, mas saímos com eles a tiracolo.
Já na calçada é hora de resgatar o fôlego, levantar o pescoço e contemplar a altura do prédio, o qual você não prestou nenhuma atenção ao entrar.
O A’Dam Toren contará em breve com um hotel butique de luxo, o Sir Adam, que abre as portas de seus 108 quartos espalhados em 8 andares em 24 de Julho. As tarifas custam a partir de 188,10 euros. Em setembro o subsolo ganha um clube noturno, o Shelter. Já o 18º andar ganha um clube exclusivo para 360 membros, o Adam&Co. Além de tudo isso, o empreendimento ganha também uma escola de música, o A’Dam Music School.
Caso decida se aventurar por lá, a sugestão é ir na hora do almoço para se deleitar com o ótimo restaurante do Eye, comandado pelo chef português Edgar Santos. Pratos deliciosos e inusitados, como gaspacho de beterraba e ravioli de queijo de cabra com molho de batata doce com parmesão. Os preços são convidativos e os pratos bem servidos. Não deixe de fechar o almoço com uma madalena e um café antes de visitar as exposições do Eye para depois terminar o dia tomando um ótimo drink nas alturas e assistindo ao pôr do sol. A paixão por Amsterdã, se não aconteceu ainda, será instantânea. Prepare-se para viver esta intensa história de amor.
Para chegar lá, basta atravessar a estação Central sentido oposto ao Centro e pegar a balsa indicada ao Eye (a viagem é gratuita).
O passeio foi feito durante meu stopover em Amsterdã e valeu o bate-volta. Agradeço a minha querida Priscilla Dieb, que foi quem me proporcionou as melhores horas que eu poderia ter na cidade e ainda me presenteou com o cartão postal do lugar em que escolheu como seu lar.
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.