Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
No último dia 20, o Hangar 110 anunciou que 2017 será a última temporada da casa. Os motivos, segundo o post, são principalmente a dificuldade em achar bandas boas para tocar por lá e a falta de público. Se você, assim como eu, amava – ou ainda ama – rock da sua adolescência, com certeza ficou com um sabor amargo na boca com a notícia.
O Hangar surgiu em 98 com o ideal de abrir espaço para o cenário alternativo brasileiro. Por ali já se apresentaram muitas bandas clássicas do punk e hardcore mundial: Toy Dolls, The Exploited, Varukers e Stiff Little Fingers. O lugar também tinha um projeto para bandas começando, o Skema 110, onde bandas mandavam material, eles analisavam e selecionavam para um show. O legal do Hangar é que muito se pensava no público, o preço dos ingressos era bem honesto e as noites sempre terminavam antes da meia-noite, para as pessoas poderem voltar de transporte público para a casa.
A primeira vez que eu fui no Hangar foi em 2010. Eu ainda morava em Campinas e, com amigos, resolvi fazer um bate-volta no fim de semana. Eu lembro que fiquei encantada com o lugar e para lá voltei muitas outras vezes. Vi no Hangar: Fun People, Voodoo Glow Skulls, Down by Law, Toy Dolls – eu fiquei do lado de fora, em um dos dias mais surreais da minha vida -, Sick of it All e Lagwagon, entre tantos outros. Minha última ida lá foi em 2012, para ver um show maravilhoso do CJ Ramone.
Foi muito legal ter participado dessa história, desse lugar que com certeza vai se tornar um clássico e do qual vamos contar muitas histórias para as futuras gerações. Foram 18 anos de muita música boa, novas descobertas, muita amizade incrível, conversas divertidas e moshs proporcionados pelo lugar.
Obrigada Alemão e companhia por fazerem um lugar que faz parte da minha história.
* Foto de capa: Mukeka e Dead Fish
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.