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Spin the Globe: La Roux

Quem escreveu

Gaía Passarelli

Data

20 de January, 2015

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Elly Jackson está entre nós! A super cool vocalista ruiva que atende por La Roux está no Brasil como parte de divulgação de seu novo disco, Trouble in Paradise, lançado em julho passado.

Convidada do MECAFestival, Elly acabou de tocar com AlunaGeorge e Citizens! em Maquiné, RS e no Rio de Janeiro na quinta edição do MECAFestival. Agora segue para São Paulo, onde se apresenta na tarde de sábado no Campo de Marte (ainda há ingressos, veja aqui).

Elly contou, por email, que é fã de Bowie, do Clash e que “Heartbeat” da Taana Gardner não sai do seu iPod: “Não parece com nada mais. Amo quando os grooves tomam conta. Não sei, tem um tipo de alma”.

Já pretende voltar à América do Sul para passear e citou a Tropicália e o funk brasileiros como coisas que despertam sua curiosidade. Na entrevista abaixo ela fala sobre sua adoração pelo Caribe, de onde veio aquele cabelo incrível e o que gosta de fazer quando está na estrada.

Você está numa longa tour. Dá para achar tempo de ver os lugares por onde passa? O que gosta de fazer na estrada quando arruma um tempo livre?

Bom, nunca há muito tempo para passear, já que estamos sempre na função de montar equipamento, fazer sound check, tocar, encerrar tudo e começar de novo na próxima cidade. Mas nos divertimos muito na estrada e sempre consigo comer algo da comida local. Gosto de experimentar algo do país, conhecer culturas diferentes – e quem sabe até experimentar umas roupas novas.

Você publica bastante no instagram, às vezes captando um pouco do clima ou da arquitetura do lugar que está visitando. Que tipo de coisas você gosta de observar, que captam sua atenção?

Amo estar em lugares novos e tento captar a forma como os vejo – faz sentido? Cenários exóticos, cores fortes e a cultura caribenha estão sempre no meu instagram. Também sou fascinada por pop art e tento apresentar meu dia a dia nessa ótica.

A photo posted by La Roux (@larouxofficial) on

O que inspirou a direção de arte do single Uptight Downtown? Tinha algum lugar na cabeça quando criou essas imagens?

É baseado livremente na energia dos protestos de Londres de 2011. Foi muito importante pra mim, não de uma forma política, mas por causa da energia liberada. Pela primeira vez minha geração se levantou por algum motivo. Quis pegar um pouco dessa energia nas letras e melodia. Queria usar isso de forma crescente e positiva.

A atmosfera solar vem de ter crescido em Brixton [sul de Londres]. Não senti que consegui passar isso no meu primeiro disco, mas sempre fui fascinada pela cultura caribenha. Esses grooves quentes, a proximidade com o funk e a disco, fazem do álbum algo fácil de gostar – é o que espero.

Se você estivesse recebendo algum visitante em seu lar ou na cidade onde cresceu, onde gostaria de levar essa pessoa?

Amo andar pelo Brixton Market. É um tipo de versão muito tosca da Disneylândia, com ruas falsas e tudo, que me lembra de estar nos pequenos mercados do Caribe. Por incrível que pareça, tem a mesma energia – descontando o clima, claro. É um lugar impactante pra mim, onde me sinto muito conectada.

Quantas pessoas viajam na sua tour? Consegue achar algum tempo para você mesma?

Dependendo da tour, viajamos com umas oito pessoas. Não tenho muito tempo pra mim, mas amo nossa equipe e banda, então nunca é ruim.

Você consegue como Elly, sem La Roux. Qual sua lembrança de viagem favorita? Um lugar para onde gosta de voltar?

Passo bastante tempo no Caribe. É um lugar onde tenho muitos amigos e lembranças maravilhosas, então é sempre especial voltar. Também gosto de revisitar lugares por onde passo com a tour para ter a chance de explorar, viver um pouco a cultura. Sei que vou querer voltar para o Brasil e para a América do Sul em algum momento.

Como você faz as malas para viajar? É do tipo que leva muita coisa ou viajar leve?

Gosto de pensar em mim como alguém que viaja leve e sempre tento levar apenas aquilo que realmente preciso. Mesmo assim acabo levando coisas a mais, você sabe como é, e me irritando com ter que carregar coisas inúteis o resto da viagem.

Agora vamos falar sobre esse cabelo… Que tipo de cuidado toma com ele ao viajar? É muito difícil manter essa franja perfeita e impossivelmente cool que nós vemos nas fotos e no palco?

Acho que artistas precisam ter uma persona de palco. Mas a distância que tenho da minha personagem é cada vez menor. Também sinto que, independente do tipo de música que faço, a personagem que criei está mais consistente e mais próxima do que sempre serei. Com o primeiro disco tanto a música quanto minha imagem eram parte de um momento, do zeitgeist. Acredito que agora é algo constante.

O cabelo veio naturalmente, mesmo. Conforme cresci e fiquei mais confiante, comecei a abraçar o que queria ser, essa androginia. Comecei a experimentar com cores, gels e ceras de cabelo. Quanto mais eu exagerava, mais as pessoas comentavam e mais eu brincava com isso.

Não sei dizer de onde veio, nunca planejei ser um ícone fashion, odeio esse termo. Apenas aconteceu.

Quem escreveu

Gaía Passarelli

Data

20 de January, 2015

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Gaía Passarelli

Gaía Passarelli é paulistana de nascença, autora do livro "Mas Voce Vai Sozinha?"(Globo, 2016) e do blog How to Travel Light. Encontre-a em gaiapassarelli.com

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Comentários

  • Por favor, vocês podem confirmar se a Elly/La Roux tocarão realmente em Inhotim? Só achei essa informação aqui… Desde já obrigado e parabéns pela entrevista

    - Gustavo Randazzo
    • Gustavo, foi um erro mesmo. :(

      (Post corrigido)

      - Ola Persson

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