Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Jardim Botânico é lindo e um passeio obrigatório no Rio de Janeiro. Mas já que você foi até lá, porque não aproveita para dar uma volta na delícia de lugar que é o Horto?
Saia do Jardim Botânico pela sua lateral, na Rua Pacheco Leão. Nos últimos anos, aquelas casinhas lindas, centenárias e coloridas foram ocupadas por diversos gastrobares e restaurantes, como o Jojô, o Bar do Horto, Borogodó e Yumê. O Sobe é um rooftop bar que oferece uma vista linda para o Cristo Redentor e as palmeiras imperiais do Jardim Botânico. Esses lugares são um ao lado do outro, então você pode chegar na hora e ver qual te agrada mais.
No comecinho da mesma rua há duas padarias: a Século XX, padoca tradicional e ponto de encontro de quem vai subir a Vista Chinesa pedalando; e a La Bicyclete, com seus pães incríveis. Adoramos o croque monsieur de lá.
Aproveite para apreciar a arquitetura. O Horto já abrigou engenhos de açúcar, de café e fábricas, então muitos desses imóveis são solares ou vilas operárias tombados. A única loja da carioquíssima estilista Isabela Capeto fica no Horto e combina com o clima fresquinho e low profile do bairro.
Daqui para frente, tem que ter um pouco de disposição, pois vamos até a Vista Chinesa e são 4,5 km subindo a partir da Rua Pacheco Leão. Mas não é necessário ser um ninja da mountain bike (nós não somos), pois lá você vai encontrar vários senhores acima do peso caminhando (o que nós também não somos). Você pode ir a pé, de bicicleta ou mesmo de carro – mas abra as janelas para respirar o ar puro da Floresta da Tijuca. Aliás, a Estrada da Vista Chinesa deve ser a única via pública do Rio de Janeiro onde há muito mais bicicletas e pedestres que carros – e essa é toda a graça.
Mais ou menos no meio do caminho você encontrará as cachoeiras do Horto. A cachoeira do Quebra fica de frente para a estrada e por isso é a mais cheia. Um pouco antes dela, do lado direito, é o começo da trilha da cachoeira do Chuveiro. A trilha é fácil, com escadas naturais de raízes e uma ou outra corrente afixada nas pedras, nos pontos mais difíceis. Em 15 minutos você chega.
A trilha para a cachoeira dos Primatas começa num largo na Rua Sara Vilela, onde é possível estacionar. São pouco mais de 500m bem sinalizados. A Floresta da Tijuca e o Horto possuem várias trilhas e cachoeiras e é impressionante estar no meio de um Parque Nacional, mas a 10 minutos de uma rua onde passam várias linhas de ônibus.
Na dúvida, chame o Bruno Njaine, que entende tudo das trilhas dessa cidade. Só não espere que as cachoeiras do Horto sejam as Cataratas do Iguaçu, tá?
Um pouco depois das cachoeiras, a subida fica menos íngreme e você chega na Vista Chinesa, uma construção em estilo oriental do começo do século passado, feita em homenagem aos trabalhadores chineses no Brasil. A partir do monumento, há uma vista incrível da Zona Sul. Subindo mais 700 metros você encontra a Mesa do Imperador, que servia como ponto de repouso nos frequentes passeios da família imperial.
Um dos nossos programas preferidos no Rio é correr na Vista Chinesa, tomar um banho de cachoeira, trocar de roupa e partir para o café da manhã no La Bicyclete. Uma horinha queimando calorias na Floresta da Tijuca e dá pra incluir sem culpa uma tacinha de espumante na refeição, mesmo às 11h da manhã.
E você, conhece algum lugar por lá?
Carioca da Zona Norte, hoje mora na Zona Sul. Já foi da noite, da balada e da vida urbana. Hoje é do dia, da tranquilidade e da natureza. Prefere o slow travel, andar a pé, mala de mão e aluguel de apartamento. Se a comida do destino for boa, já vale a passagem.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.