Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Amsterdã, apesar de pequenina, é uma cidade com um número considerável de subculturas e umas das caras da cidade que mais me fascina é o movimento pró up-cycling que começa em pequenas iniciativas individuais e atinge o seu extremo em projetos como o Faralda Crane Hotel.
Imagine só o que é se hospedar dentro de um guindaste construído em 1951, a 50 metros de altura, em uma das 3 suítes(!) decoradas individualmente, com vista rotativa (o guindaste muda de posição de acordo com a meteorologia)… Não consegue imaginar? Non preocupare, eu e a Lalai conferimos tudo e tentarei descrever a experiência incrível que é se hospedar em um guindaste.
Chegamos no Faralda e encontramos o Edwin Kornmann Rudi, sócio majoritário e realizador do projeto que transformou o guindaste em um hotel, alguém com bastante carisma e bom humor. Depois de um tour pelo guindaste com o diretor técnico, o Edwin nos recebeu para uma conversa e nos contou dos vários estágios que esse sonho teve que percorrer até virar realidade.
A história do Faralda Crane Hotel mereceu a nossa atenção: hoje o hotel faz parte do patrimônio industrial da cidade, posicionado como um dos mais ambiciosos projetos desenvolvidos no território holandês por ter sido, até hoje, a reconstrução mais cara e exótica dentro da categoria hotelaria do país. O hotel conseguiu ser erguido sem perder o estatuto mítico que o nome representa: uma homenagem à Faralda, uma beldade holandesa autora de inúmeras bem-feitorais nas colônias asiáticas no anos 50.
O casco original precisou passar por uma reforma profunda com custos um “pouco” acima de 3 milhões de euros, financiados por 40 sócios, envolvendo mais de 100 empresas na restauração da fundação e estrutura. Perguntei ao Edwin se ele sabia disso antes de comprar o guindaste: “Claro que não!” (risos) foi a resposta.
A 13 metros de altura está o estúdio profissional de TV e rádio, onde acontecem os eventos particulares (tipo Boiler Room…) e também onde o CoP foi recebido para um bate-papo sobre a história e as peculiaridades técnicas da estrutura do hotel. No andares de cima estão as suítes, acessíveis por elevador e no topo do guindaste (a 50 metros), está uma jacuzzi Villeroy & Boch ao ar livre. Uau! E de lá também é possível fazer Bungee Jump. Não fizemos, afinal já era emoção demais para um dia só.
The Secret (40 m2)
Não é possível tirar os olhos da banheira “de ouro”(.)
The Free Spirit (35 m2)
Lindo o papel de parede (Edward van Vliet) e banheiro feito do latão de um antigo navio.
Devido à constante rotação do guindaste, é possível uma visão incrível 360° da cidade em todas as suítes, sem falar do nascer do sol, por do sol e luzes da cidade à noite.
Da conversa com o Edwim, saí cheia de certeza de que nada é impossível. Parece cliché, mas com o tempo a gente vai ficando mas cauteloso e até mesmo medroso na caça ao sonho e empresários como ele são uma grande fonte de inspiração e exemplo para que continuemos valentes, corajosos e até meio loucos. Lugares como o Faralda Crane Hotel fazem a gente lembrar dos pontos altos de viver aqui na Terra. É um lugar perfeito para uma lua de mel, uma escapadinha ou só pra gastar uns (muitos) euros que estejam sobrando.
* Imagem destacada – Koen van Weel / Getty Images
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
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