Berlim 24 horas

O dia-a-dia de quem mora em Berlim com dicas culturais, gastronômicas e de passeios para todos os gostos e bolsos.

Decoding

Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.

Festivais de música

Os melhores festivais de música do Brasil e do mundo num só lugar.

Fit Happens

Aventura, esporte, alimentação e saúde para quem quer explorar o mundo.

Quinoa or Tofu

Restaurantes, compras, receitas, lugares, curiosidades e cursos. Tudo vegano ou vegetariano.

Rio24hrs

Feito com ❤ no Rio, para o Rio, só com o que há de melhor rolando na cidade.

SP24hrs

Gastronomia, cultura, arte, música, diversão, compras e inspiração na Selva de Pedra. Porque para amar São Paulo, não é preciso firulas. Só é preciso vivê-la.

SXSW

Cobertura pré e pós do SXSW 2022 com as melhores dicas: quais são as palestras, ativações, shows e festas imperdíveis no festival.

PARQUES ESTADUAL DO ALTO RIBEIRA – PETAR

Quem escreveu

Jo Machado

Data

26 de February, 2015

Share

O Parque Estadual do Alto do Ribeira, o PETAR, é um dos parques mais antigos e mais importantes Parques do Brasil. Localizado entre os municípios de Apiaí e Iporanga, em São Paulo, abrange uma área maior que 36.000 hectares, que preservam o rico ecossistema da região do Alto Ribeira e a biodiversidade do que resta de Mata Atlântica da região. Além disso, abriga diversos sítios arqueológico e um dos mais relevantes conjuntos de cavernas do país, com mais de 350 delas.

Com uma média de 10 mil visitantes por ano, sendo a sua maioria no verão, o lugar é um paraíso para aventureiros e eco-turistas, interessados em explorar as cavernas da região. No parque é possível praticar desde a exploração de cavernas, cascading (rapel em cachoeiras), rapel em abismos, até bóia cross nas águas cristalinas do Rio Betari.

Petar - Foto: Divulgação
Petar – Foto: Divulgação

No PETAR , existem Quatro Núcleos de Visitação, que possuem o intuito de facilitar o controle de visitação e de preservar de forma organizada as riquezas do lugar.  Estes núcleos estão localizados estrategicamente ao longo do perímetro do parque, e alguns servem de base de apoio para cursos de monitoria ambiental, seminários, reuniões, alojamentos e campings.

O Núcleo Santana é o principal núcleo de visitação de todos. Localiza-se no vale do rio Betari que é uma das paisagens mais notáveis da região. Com diferentes roteiros de visitação tais como a caverna de Santana, a trilha do Betari, composta da Caverna Água Suja, Caverna do Cafezal e cachoeiras das Andorinhas e do Beija-flor. Além da trilha do Morro-Preto Couto, onde o passeio passa pela Caverna do Morro-Preto, cachoeira do Couto e Caverna do Couto).

As trilhas deste roteiro são trilhas são de fáceis e seu início é ao lado do Bairro da Serra, em Iporanga, onde ficam a maioria das pousadas. A área de camping do núcleo não existe mais, infelizmente.

Situado no bairro da Serra, no Vale do Betari, o Núcleo Ouro Grosso abriga de Educação Ambiental para o desenvolvimento de atividades junto à comunidade local e escolas da região, além do atendimento aos grupos que executam trabalhos de interpretação ambiental.

O Núcleo possui também um pequeno museu com utensílios tradicionais da região. Nesse núcleo é onde se encontra a caverna Ouro Grosso, que é considerada por muitos espeleólogos, uma das mais difíceis do parque, devido a sua formação. Caverna do Alambari de Baixo, a qual você passa por uma trilha dentro do rio na caverna, também faz parte desse núcleo e é uma das mais intensas de se explorar.

Tememina-4
Entrada da Caverna Teminina – Núcleo Caboclos – PETAR. Foto: Jura – Parque Aventuras

Localizado na parte alta do parque, o Núcleo Caboclos é o que possui menos infra-estrutura, com apenas um espaço para camping, dois banheiros e dois chuveiros. Não há pousadas, bares e sequer energia elétrica, portanto não há banho quente. Além disso, são poucas as cavernas nas proximidades do núcleo. Assim, as trilhas para a maioria dessas cavernas são longas e cansativas, explicando o por que este é o núcleo menos visitado de todos. Contudo, a falta de estrutura é muito bem recompensada pelas lindas cavernas, paisagens super preservadas, além da gostosa sensação de isolamento.

No Núcleo Casa da Pedra, através de uma linda trilha mata a dentro, chega-se ao pórtico da Caverna Casa de Pedra,  que dá nome ao núcleo e que é dona da maior entrada de cavernas do mundo, com 215 metro de altura. Mas infelizmente ela encontra-se fechada para visitação. O acesso é apenas concedido até o pórtico de entrada. Este Núcleo conta também com uma base de fiscalização e controle turístico, localizada no Vale do rio Iporanga.

Matas bem conservadas, aliada à característica de relevo escarpado e cárstico que, frente aos ventos do Atlântico Sul, resultam em enormes quantidades de chuva, onde toda água é escoada armazenada. Ou seja, a região funciona como um gigantes reservatório de água, cheio de belíssimas cachoeiras, formadas por rios cristalinos e que se lançam rumo às planícies, que as vezes se situam centenas de metros abaixo.

Caverna Santana - Foto:  Jura - Parque Aventuras
Caverna Santana – Foto: Jura – Parque Aventuras

As Cavernas

Correndo rápido pela acentuada declividade desta porção da Serra de Paranapiacaba, as águas pluviais, saturadas de ácido carbônico vindas dos solos altamente húmicos dos seus arredores, penetram nas entre as rochas e desgastam continuamente o calcário, abrindo fissuras, dutos e galerias, originando um dos espetáculos mais incríveis da natureza: as cavidades naturais ou cavernas calcárias. Seus impressionantes e magníficos espeleotemas, estalactites, estalagmites, cortinas e colunas, atestam o poder do tempo e dos elementos.

Molhadas ou secas, as cavernas dão um show de beleza e imponência. Enormes salões, dunas, cachoeiras e abismos de centenas de metros de pronfundidade. Com extensões que vão até 8k rocha a dentro, o parque abriga a famosa Caverna Santana, com seus belos salão de espeleotemas. São variadas as opções na hora de escolher qual caverna visitar. Vai depender apenas do seu fôlego, disposição e coragem. Entre tantas, eis algumas das cavernas do PETAR, seu nível de dificuldade, tempo e seu status para visitação:

Caverna Santana – Aberta até 800m de profundidade
Caminhada externa: Fácil + ou – 5 min / Caminhada interna: Fácil + ou – 2 hs

Caverna do Alambari de Baixo – Aberta
Caminhada externa: Fácil + ou – 40 min / Caminhada interna: Média + ou – 2 hs

Caverna do Ouro Grosso – Aberta até 200m de profundidade
Caminhada externa: Fácil + ou – 15 min / Caminhada interna: Difícil + ou – 2 hs

Caverna Casa da Pedra – Somente o pórtico aberto
Caminhada externa: Difícil + ou – 3hs

Caverna Cristal  –  Fechada para visitação. Somente com autorização, pois se localiza em uma propriedade particular.
Caminhada externa: Fácil + ou – 30 min / Caminhada interna: Média + ou – 2 hs

Foto:  Trilhas e Aventuras
Foto: Trilhas e Aventuras

É bom ter em mente que não é possível conhecer ou explorar todas as cavernas do Parque. Atualmente, somente algumas das cavernas do PETAR estão abertas a visitação. Isso evita que o excesso de visitante degrade as formações.

Além disso, a biodiversidade que estas cavernas abrigam, é extremamente sensível. Crustáceos, mamíferos, peixes e invertebrados somam-se em um ecossistema próprio, que precisa ser preservado. Não esquecendo que para se visitar qualquer uma das cavernas do PETAR, é obrigatório a companhia de um monitor local. É uma norma para preservar e garantir a segurança do turista.

O Parque é apenas um pedaço de todo o ecossistema do Vale do Ribeira que, localizado em região privilegiada em termos de relevo e vegetação, possui ainda muitas outras cavernas e belezas naturais que se espalham além dos limites do seu território.

Em seu total, as cavernas se espalham num raio de + ou – 70Km do centro do parque, sendo muitas delas já fora do seu perímetro. Como a famosa Caverna do Diabo, situada à cerca de 30 Km da cidade de Iporanga. Nos arredores ficam a Caverna Laje Branca, o Mirante e outras atrações em meio a natureza.

 

Foto: Trilhas e Aventuras
Foto: Trilhas e Aventuras

 

FIQUE ATENTO!

–  Horário de visita aos Núcleos: de terça a domingo, das 8h às 17h;
– O respeito ao meio-ambiente, à outros visitantes e funcionários do parque, assegura que seu passeio será agradável e proveitoso;
– Traga de volta todo lixo que produzir, orgânico e inorgânico, e guarde em sacos plásticos para depois descartar em lixeiras;
–  Não retire ou colete sementes, plantas e nem materiais rochosos;
–  Evite consumir bebidas alcóolicas no Parque;
–  Siga pela trilha principal e não abra atalhos;
–  Nas cavernas não retire absolutamente nada, nem mesmo pedras soltas e jamais toque nos estalactites e estalagmites;
–  Não fume no interior da caverna, pois a fumaça é prejudicial a este delicado ecossistema.
–  Para visitação à áreas restritas é necessária uma solicitação prévia junto à Administração do PETAR;
–  Antes de sair para o passeio, preencha a Ficha de Visitação junto ao Posto de Guias e oriente-se com os funcionários.
–  São cobradas taxas de ingresso e serviço de monitoria para áreas de visitação extensiva, com solicitação prévia;
–  O valor do Ingresso, cobrado apenas nos Núcleos Santana, Caboclos e Ouro Grosso, é de R$ 12,00 por pessoa.
–  Maiores de 60 anos e menores de 12 anos de idade são isentos. Estudantes com comprovante escolar pagam meia;

–  O pagamento dos ingressos, camping ou taxas do veículo é apenas em dinheiro. Não aceitam cartões e nem cheques.
–  Reservas para grupos ou excursões devem ser feitas com devida antecedência;
–  É obrigatório usar roupas adequadas e equipamentos de segurança de acordo com o tipo de atividade;
–  Taxa do Veículo, cobrada apenas no Núcleo de Santana, é de R$ 6,00 por veículo;
–  Taxa da pernoite no Camping do Núcleo Caboclos é de R$ 18,00 por pessoa e é preciso agendar na administração do PETAR pelo fone 15 3552.1875;

 – Dados fornecidos por www.petar.com.br 

Quem escreveu

Jo Machado

Data

26 de February, 2015

Share

Jo Machado

O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.

Ver todos os posts

Comentários

  • Excelente texto mas só um correção o parque é estadual…

    - Douglas Simoes
    • opa, corrigido! Obrigada :)

      - Lalai Persson

Adicionar comentário

Assine nossa newsletter

Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.