Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
“A saudade começa pelo estômago” – li isso outro dia em alguma andanças internéticas infinitas. Certamente sofro desse mal em viagens: saudade da comida. Nada para mim representa mais uma cultura do que o que se tem no prato.
Do frescor dos frutos do mar das costas equatorianas à dureza dos ingredientes andinos, uma diversidade e mistura de sabores que só um país pequeno, com montanha, costa e floresta, com uma pitada de riquíssima herança indígena, pode oferecer.
Vi tantos grãos novos que perdi a conta. Só de milho, há 7 tipos. Batata? 20.
O ají, molhinho à parte que vai em tudo, é aquela pimenta que não arde nem agride, mas enche o prato de personalidade.
Do esperado ceviche ao inusitado porquinho da índia assado, uma pequena coletânea do que não se pode deixar de comer por lá.
O ceviche equatoriano é bem diferente do Peru, responsável por internacionalizar a entrada. Enquanto no país vizinho o principal é o peixe cozido em um suco cítrico, no Equador ele vem mergulhado dentro de um suco feito de ‘tomate de árbol’. Literalmente, um tomate que nasce em árvore. O mais comum é o ceviche de camarão, mas também se encontra de polvo e de vários tipos de peixe. Na foto, de marisco.
Interessante é que em geral vem acompanhado de guantil (pipoca) e banana da terra verde (plátano) frita.
Uma coisa que cai otimamente bem no frio dos Andes é caldo. E caldo, no Equador, é locro. Quase todos eles tem batata, e muitos com queijo ou milho em cima. E de vez em quando um abacate, porque abacate equatoriano a gente nunca dispensa.
Apesar de chamar seco, é bem molhado. É um ensopado em geral feito de ovelha, com um aspecto de carne de panela. Ele demora mais de quatro horas para ser feito, e o sabor cítrico é dado pelas naranjillas que vão no prato.
Diferente dos países da América do Sul, a empanada é praticamente um pastel, pois é frita. Não se deixe enganar pelo nome: o recheio é de queijo, não de ar.
De origem índigena, é uma massa de milho com ovo, passas e frango, fervida na folha de bananeira.
Pan de yuca é muito parecido ao nosso pão de queijo: só que melhor. (#desculpaminasgerais) A diferença é que em vez de polvilho, é feito de farinha de mandioca.
Canelazo lembra levemente o famoso “Quentão” brasileiro – leva aguardiente (próxima à cachaça), canela, limão, açúcar e água. Mas claro, dependendo do toque do chef, pode vir mais ou menos. Ele é particularmente acolhedor ao sair do frio das montanhas.
Um dos meus pratos favoritos, é uma espécie de purê de batata feito em discos e depois assado. Eles comem bastante com molho de queijo, ou guacamole, ou sal prieta (com uma espécie de amendoim)
Banana da terra verde e frita. Troco por qualquer batatinha.
Não é sorvete, é um sorbet… suco natural de fruta, pode ser de amora, de maracujá, guanábana e muitos outros sabores.
Se no Brasil achamos que porquinho da índia é amigo, lá é uma importante fonte de proteína entre as tribos indígenas. É só passar pelas regiões mais afastadas e estão assando os porquinhos na grelha. E ele é conhecido por ser uma carne mais saudável que as demais.
E nas próximas semanas, nesse mesmo bat-canal e bat-horário, muito mais sobre o Ecuador!
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
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