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Lugares para fugir do calor: Estocolmo

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

29 de January, 2015

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Estocolmo é conhecida como a capital da Escandinávia, além de ser uma das capitais mais bonitas do planeta. É moderna, chique com uma vida cultural e gastronômica intensas. Ouso dizer que foi uma das cidades que melhor comi na vida. A cidade é formada por 14 ilhas cercada de construções grandiosas com 700 anos de história para contar. São mais de 1,2 milhões de habitantes, 16% deles imigrantes, trazendo assim uma boa diversidade cultural para a cidade. Além disso, Estocolmo (a Escandinávia toda, na verdade) é um dos lugares mais gay friendly do planeta. Também é a 3ª cidade mais verde do mundo. Em 2010 foi a primeira cidade européia a conquistar o prêmio de Capital Verde na Europa. Desde 1990, Estocolmo tem reduzido sua emissão de carbono em 25% e planeja ser livre de combustíveis fósseis até 2050. Está também no “Top 10” destinos na Europa.

Os suecos são naturalmente cool. É de lá que saíram alguns dos melhores artistas musicais do mundo como Abba, Robyn, Roxette, Miike Snow, The Hellacopters, Peter Björn & John, Eagle Eye Cherry, Icona Pop, Lo-Fi-Fnk só para citar alguns.

Estocolmo é paraíso para quem ama design e moda. As marcas ACNE, Cheap Monday, Fillipa K, H&M e suas filhas COS e Other Stories, Monki saíram todas de lá, assim como a famosa loja de móveis IKEA. A cidade é sutil cercada de um minimalismo que pouco se vê por aí. Estocolmo é singular. Há coisas suficientes para fazer que dá para ficar lá o tempo que quiser. Pena que a maioria das pessoas sempre vai na correria apenas para ver qual é, o que é um desperdício. Coloca Estocolmo na lista e dedique mais tempo a ela, você não irá se arrepender.

Por que ir?

Ekstedt - foto: divulgação
Ekstedt – foto: divulgação

Dá para enumerar vários motivos, inclusive para quem ama pedalar. Estocolmo é a cidade dos sonhos onde tudo funciona perfeitamente. É elegância pura, além de um grande polo criativo. Estocolmo é também um paraíso gastronômico. Em 2014 9 restaurantes ganharam estrelinhas no Michelin e 9 entraram para a lista bib gourmand. Mas não espere por preços acessíveis. Depois que nosso real despencou, a Escandinávia ficou ainda mais cara para nós, mas dá para encarar. É possível jantar num restaurante com 1 estrela Michelin a partir de R$ 250,00 o menu com 4 pratos ou R$ 310 com 7, no Ekstedt.

Source www.worldarchitecturefestival.com | Foto: Bengt Svensson
Stockholm Waterfront Congress Center – Source www.worldarchitecturefestival.com | Foto: Bengt Svensson

Além disso Estocolmo abriga a sua 3ª edição do festival espanhol Sónar, que acontece nos dias 13 e 14.02, com nomes como Jamie XX, SBTRKT e Paul Kalkbrenner no line-up, no belíssimo Stockholm Waterfront Congress Center. Um bom motivo para quem quer fugir do verão e do carnaval brasileiro.

O que fazer?

Foto: flickr.com/tobiaslindman
Foto: flickr.com/tobiaslindman

Passear de metrô e descer para conhecer cada uma das estações. 90 das 100 estações de de metrô da cidade são decoradas com esculturas, pinturas, mosaicos em 110km de extensão, tornando uma das “exibições” mais longa do planeta. Algumas estações que valem o passeio: Blue Line – Kungsträdgården, T-centralen, Rådhuset, Solna Centrum, Tensta; Green Line -Hötorget, Thorildsplan, Bagarmossen; Red Line – Tekniska Högskolan e Stadion.

Soderlmam - foto monocle.com
Soderlmam – foto monocle.com

Nao deixe de bater perna em Södermalm, o bairro mais hipster de Estocolmo, chamada carinhosamente de Söder ou Sofo.Em 2014 a Vogue mapeou os bairros mais cool do planeta. Soder é a 3ª da lista. Quem gosta de visitar lojas vintage, de design e moda, galerias de arte independentes, a parada é obrigatória. Desça na estação Slussen e pegue a saída Götgatan, que é uma rua cheia de lojinhas e galerias incríveis, descendo em direção da Medborgarplatsen. Entre em todas. As grandes marcas suecas de roupas são Acne, Filippa K, Whyred, Acne, Tiger of Sweden, Hope, Minimarket, Fifth Avenue Shoe Repair, The Local Firm e a Monki. Aliás, boa parte dessas marcas são encontradas numa intimista galeria pertinho da saída do metrô, a APlace. Eu perdi boas horas lá e, claro, saí com sacola a tiracolo. Outra loja multi-marcas bacana é a Nitty Gritty, que reúne várias marcas internacionais.

Tome um drink no Babylon, um dos mais populares da área, ou no Nada Bar. Por ali também tem o hotel boutique Rival, que abriga o Bar & Bistro, uma ótima escolha para tomar ótimos drinks. Super cool, é comandado pelo Benny Andersson, do Abba.

Urban Deli - foto: http://minnatannerfalk.com
Urban Deli – foto: http://minnatannerfalk.com

Não deixe de tomar um brunch ou fazer uma refeição no delicioso Urban Deli, mas prepare-se para a espera (ou reserve), pois ela sempre vai existir, porém sempre vai compensar. Não deixe de experimentar o sanduíche de carne de porco, que é de comer de joelhos. Durante a espera, vale sentar no balcão e tomar uma taça de champagne enquanto contempla o público bonito à sua volta.

No centro novo vá bater perna e visitar lojas. Para quem quer fazer comprinhas, não deixe de visitar a COS ( (a irmã chique da H&M). A recomendação é ir no início da semana, pois a loja é super concorrida; a & Other Stories -a caçula descolada do grupo H&M, que conta com apenas uma loja no país.  por fim o incrível mercadão que citamos acima, o Östermalms Saluhall. A DesignTorget é ótima loja para comprar lembrancinhas na mala.

Gamla Stan - foto: Domingo Leiva | 500px
Gamla Stan – foto: Domingo Leiva | 500px

O outro lugar para bater perna é a Gamla Stan, a cidade velha de Estocolmo, construída no século XIII. O bairro é cheio de vielas medievais, rua pavimentadas com pedra e influência da arquitetura gótica em suas construções. Na rua Österlånggatan, encontra-se o restaurante Den gyldene freden, em funcionamento desde 1722, conhecido como o mais antigo do mundo em termos de interior inalterado. Os preços dos pratos variam entre R$57 e 115,00 (das 17 às 22h). Não vá sem antes reservar uma mesa.

Faixada do restaurante
Faixada do restaurante – Den gyldene freden – foto divulgação

Não deixe de ir no Moderna Museet, um dos museus com uma das melhores coleção de arte dos séuculos 20 e 21, com obras de Picasso, Dali, Duchamp, Derkert e Matisse. Por ali vale a esticada no seu restaurante para um almoço pós-visita ao museu. Caso a sua não seja almoçar, vá direto ao bar do hotel Lydmar, que é uma ótima pedida para tomar um drink e é uma ótima opção para um happy hour depois de passar o dia batendo perna: Södra Blasieholmen 2, Estocolmo.

Vasamuseet - Foto: Karolina Kristensson
Vasamuseet – Foto: Karolina Kristensson

O Vasamuseet é outra parada obrigatória na cidade. O museu abriga o navio de guerra sueco Vasa, do início do século XVII, afundado quando deixava o porto em sua primeira viagem. Apenas 330 anos mais tarde, já na década de 50, que o navio foi encontrado imerso no lodo do fundo do mesmo porto, que teve a virtude de conservar relativamente intacta a estrutura da embarcação. Atualmente é o museu mais visitado dos países escandinavos, com mais de 1.200.000 visitantes em 2014. É incrível, não tem como não se impressionar com o navio e resquícios, incluindo esqueletos da tripulação.

Quem gosta de música pop e ama ABBA, tem que incluir o museu da banda na lista, que abriga uma coletânea de roupas, músicas, vídeos e histórias do quarteto. Tem até um grande palco com interação Kinect e projeção em 3D dos integrantes onde você pode cantar e dançar junto com eles. Imperdível e pra lá de divertido.

Para quem se animou em incluir Estocolmo na lista de destinos para conhecer (ou rever), não deixe de pegar nosso guia completo para se perder por lá por quanto tempo quiser. Restaurantes, bares, galerias de arte, lojas não faltam na lista. Pegue sua elegância, mesmo que ela esteja escondida no fundo de alguma gaveta, faça as malas e vá. Pegar o final do inverno em Estocolmo oferece ver a cidade sob um ângulo diferente. Depois volte pra lá no verão.

 

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

29 de January, 2015

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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