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Indo na contramão do consumo sem limites

Quem escreveu

Ola Persson

Data

22 de December, 2015

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Temos o mau hábito de consumir tudo o que nos passa pela frente sem pensar no impacto ambiental que isso causa. Mesmo produtos feitos a partir de matéria-prima reciclada provocam danos ao meio-ambiente, se considerarmos o próprio processo de reciclagem e o transporte do produto final. Esse impacto é ainda mais explícito quando se trata de roupa funcional, aquela que você usa quando explora a natureza, seja caminhando, esquiando, velejando, pedalando ou outra atividade que demande uma roupa especial. É preciso aliar desempenho, impacto ambiental e preço: uma jaqueta sem tratamento hidrofóbico não vai respirar direito quando molhada, deixando o usuário encharcado em seu próprio suor.

Existem marcas de roupas que tentam minimizar o impacto ambiental, buscando materiais alternativos como fibras recicladas e tratamentos sem fluorocarbono. Dois exemplos no segmento de outdoor são a Patagonia e Houdini. Patagonia tem uma longa história de sustentabilidade, tanto ambiental quanto nas condições de trabalho de seus empregados. Aqui, a sustentabilidade ambiental é exemplificada pela relação direta entre a vida útil de um produto com o seu impacto ambiental. Um produto que dure o dobro de tempo de um outro, digamos, convencional tem seu impacto ambiental reduzido pela metade, se comparado com algo de qualidade inferior, que vai precisar ser descartado mais cedo.

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A marca recentemente lançou uma seção no seu site chamada Worn Wear para incentivar o uso prolongado de seus produtos. Em uma das seções, encontram-se histórias de pessoas que possuem peças que resistiram além do tempo normal esperado. O mote da campanha são as instruções de como cuidar e reparar jaquetas, blusas, calças e até como trocar as rodinhas das malas.

Para quem quer saber um pouco mais sobre a história da Patagonia, não tem como não recomendar a leitura do livro Let my people go surfingdo próprio fundador Yvon Chouinard.

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Foto: Fredrick Schenholm

Outro exemplo interessante é a marca Houdini, que tem 72% dos seus produtos elaborados a partir de fibras recicladas (uma boa parte deles infinitamente recicláveis). Nas suas lojas, pode-se comprar peças de segunda mão ou mandar consertar algum item que estragou. Para quem precisa consertar e não mora perto de um posto de serviço credenciado, a recomendação deles é contatar o seu costureiro local, e a Houdini manda as peças necessárias para o conserto. Desde 2013 é possível alugar roupa de esqui de primeira qualidade em suas lojas por um preço equivalente a 10-15% dos produtos. O aluguel de uma calça e uma jaqueta, por exemplo, durante uma semana, sai em torno de R$ 500 (1100 SEK) enquanto a compra das duas peças fica por volta de R$ 4000 (9000 SEK). Assim, alugar uma semana por ano sai mais barato do que comprar as mesmas coisas a cada seis anos. E você ainda terá sempre algo de última geração!

Esses são apenas dois dos exemplos de como é possível ter menos, usando os produtos de forma consciente e por mais tempo. É sempre importante ficar de olho, pois a cada dia surgem mais soluções de consumo que diminuem a quantidade de artigos dos quais precisamos ser donos e que nos permitem viver produzindo menos lixo, colaborando na preservação do meio-ambiente para as gerações futuras.

Foto destaque: divulgação / Houdini

Quem escreveu

Ola Persson

Data

22 de December, 2015

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Ola Persson

Viaja sempre com uma mochila com camera, laptop e kindle e uma mala pequena de roupas. Nela leva mais uma mala vazia que vai enchendo ao longo da viagem. Não é fã de pontos turísticos, não gosta de muvuca e foge de filas, mesmo que seja para ver algo considerado imperdível. Por isso nunca subiu na Torre Eiffel, mesmo tendo ido várias vezes à Paris. Acredita que uma boa viagem é sentir a cidade como morador. Tanto que foi pra São Paulo em 2008 e ainda está por lá.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.