Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Estamos cansados, realmente cansados, de saber que a ação do homem na natureza destrói a cada dia um pouco mais do planeta em que vivemos. Certo? Nossa ameaça também está destruindo os mais belos e extraordinários destinos de viagem, sabia?
Em graus variados, ameaçados de diferentes formas, seja pela urbanização, a mudança climática ou a simples negligência humana, alguns desses destinos já estão se extinguindo. Em alguns casos, esse fim está mais próximo do pensamos e a última chance de conhecê-los também. Por outro lado, alguns ainda podem ser salvos se medidas foram tomadas imediatamente para reverter esse declínio.
Em 1938, Ernest Hemingway publicou seu famoso conto, “As Neves do Kilimanjaro”, que se passava nas encostas deste magnífico pico na Tanzânia. Daquela década até hoje, a situação mudou completamente no Monte Kilimanjaro. Em poucos anos inspirações e belas imagens não virão mais deste belo lugar. Mais de 85% da cobertura de gelo da montanha mais alta da África desapareceu nos últimos 100 anos, constatou um estudo feito em 2011. É só uma questão de tempo para o resto derreter também. A última previsão diz que, se o ritmo do aquecimento global continuar, em 2020 o gelo já terá desaparecido por completo. Aventureiros dizem que subir a montanha é um desafio maravilhoso, que não será o mesmo se o gelo não estiver mais lá.
Daqueles lugares que todos queremos conhecer. No entanto, alguns especialistas acreditam que ele é um paraíso em perigo. Em 2009, o então Presidente das Maldivas, Mohamed Nasheed, realizou uma conferência de imprensa subaquática para destacar os perigos enfrentados por seu país. Apesar de algumas controvérsias sobre quão real o perigo é, não há dúvida de que, se o nível do mar subir, a baixa altitude Maldivas (altura máxima de pouco mais de 5m) seria uma das nações que mais sofreriam com o problema. Podendo sim, chegar ao ponto de desaparecer completamente no oceano. Triste não?
O maior e mais famoso paraíso do mergulho está em perigo. Um lugar onde a superação da natureza é impressionante, é também um lugar onde a ação do homem é sentida profundamente. É a maior estrutura viva em todo o mundo, um paraíso ambiental extraordinário da vida marinha – e um Patrimônio Mundial da Unesco – que se estende por mais de 2.900 km ao longo da costa nordeste da Austrália. Uma das maiores atrações turísticas no país, o lugar é foco de grande preocupação por ambientalistas do mundo todo.
Uma pesquisa sugere que a cobertura de coral nos recifes pesquisados diminuiu cerca de 50% ao longo das últimas três década, com a proliferação de uma espécie de estrela-do-mar, que supostamente é responsável por quase metade do desaparecimento do coral coroa-de-espinho (Acanthaster planci), um coral nativo da região. Além disso, o Great Barrier Reef Marine Park Authority, o órgão que controla o Parque Nacional da Grande Barreira que é responsável pela conservação do lugar, cita a mudança climática mundial como sua maior ameaça. Problemas de escoamento e tempestades também são tidas como grandes vilãs. Empresas que recentemente dragaram a região pare recolher sedimento para aterros na região, causaram muita polêmica. Uma decisão da Unesco sobre a possibilidade de classificar o recife como patrimônio ameaçado de extinção, infelizmente ainda está pendente. Pode ser que ajamos tarde demais. Mais uma vez! Tomara que o Nemo não vire um sem teto.
Mesmo sendo extremamente remoto, o Arquipélago de Galápagos continuam sendo um dos mais conhecidos e procurados destinos de viagem do mundo. Lar dos Tentilhões de Darwin, o melhor exemplo de evolução animal e da tartaruga gigante de Galápagos, duas das muitas espécies que fazem deste um dos grandes destinos dos animais selvagens do mundo. No entanto, a cada ano mais de 170 mil turistas chegam de todo mundo para o pequeno arquipélago que tanto inspirou Darwin para escrever uma das teorias científicas mais influentes da história. E o resultado dessa invasão turística começa a ser sentida. Não existem pesquisas ou números oficiais que demandem mais informações sobre o impacto do turismo desgovernado que assola as ilhas. Mas é sabido, em um futuro próximo, alguns limites de controle e preservação terão de ser criados. Há também aquela velha ameaça do aumento da temperaturas dos oceanos, que causa o branqueamento do corais, e causa a morte de várias espécies marinhas. Além disso, a poluição e pesca ilegal assombram esse paraíso.
Os Everglades são uma grande incubadora onde uma enorme gama de animais selvagens prospera, incluindo mais de 350 espécies de aves. Mas é um outro lugar na lista de perigo Unesco. E não é a primeira vez! O Parque Nacional Everglades já esteve nesta lista no passado por conta de uma “poluição nutriente” passageira, um excesso de fósforo e nitrogênio causado pelo aquecimento das águas. Desta vez a Unesco destaca uma eutrofização, outra forma ploriferação nutriente, como causa de uma perda considerável do habitat marinho e um declínio subsequente de espécies aquáticas. Ambientalistas esperam que seja apenas um efeito temporário novamente. E nós também!
Resumidamente, nós, homo sapiens, somos o nosso pior inimigo.
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.