Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Viajando pelo sudeste asiático não é nada difícil achar um tour oferecendo um amigo elefante. Em qualquer esquina, você é bombardeado com brochuras. Cartões de visita brotam do chão. Discursos e gritos sobre o “santuário” mais perto em um um inglês memorizado, gravam na sua cabeça igual jingle de salgadinho.
Mas a imensa grande maioria, infelizmente, maltrata de alguma forma os animais. Não é necessariamente tortuta e chicotes (até porque, chicotes mal fazem cócega em elefantes). Mas separam os elefantes bebês da mãe para serem domesticados, ou trabalham horas demais, os obrigarem a pintarem desenhos com a tromba, serem tudo menos… ELEFANTES.
Pesquisar direito e, mais importante, estar disposto a gastar mais dinheirinhos coloridos por lugares responsáveis – é muito importante antes de decidir brincar com os colossais mamíferos. Vários sites como esse explicam o que se atentar. E vale muito a pena!
Majestosas e mágicas, elefantes são criaturas encantadoras. Escolhi o Elephant Village no Laos, que resgata elefantes expostos a trabalhos forçados na indústria da madeira, e usam o turismo para angariar a grana necessária para cuidar dos bichões.
Aprender a subir pela orelha e dar ordens em tailandês para onde virar é um show à parte. Ao menos se quem está em cima é uma brasileira meio descoordenada. A pele que tem cara de lisinha, é mais grossa do que uma polegada e toda peluda. E arranha sua mão.
Mae, minha elefanta, falava tailandês.
A interação do elefante com você pela tromba é incrível. Você sabe quando ele quer brincar, quando ele está de saco cheio do que você está fazendo, e principalmente quando ele quer uma banana de agradecimento. E ele quer muitas. [Aliás, denúncia: eles não gostam de amendoim! Malditos desenhos animados que víamos na infância.]
E você aprende muito. Como o fato da pobre elefanta ficar grávida por quase 2 anos.
Aliás, apesar da pele ser super grossa, eles se queimam facilmente. Então nada mais aprazível que chafurdar embaixo de uma terra qualquer ou jogar uma aguinha no corpo, não?
A Luciana já havia ido para África onde aprendeu que são bichos muito perigosos. E que o ataque de elefantes de uma das principais causas de morte em vários países – e por isso tínhamos que falar baixo quando nos aproximávamos de uma manada. Observe a expressão de horror dela ao correr risco de morte.
Eles são super sociáveis. Conseguem escutar outro elefante a 8 quilômetros de distância… E sabem nadar!
Eles choram, brincam, tem uma memória incrível. E sabem rir! Tudo em elefantês, claro. Demonstram luto, compaixão, sabem quem são, altruísmo…para outros do grupo.
Eles cumprimentam outros amigos elefantes quando os amigos foram para floresta e retornam para o bando. Homenageiam outros elefantes quando morrem, tocando os esqueletos com as trombas e pés. Onde um elefante era da turma batuta deles passa dessa pra melhor, eles param um tempinho no mesmo local (independente de quanto tempo passou). E fazem um minutinho de silêncio calados… não é o máximo?
Escolhendo direitinho, o turismo ajuda a contribuir para o resgate dos elefantinhos de más condições. Mae não coube na mala de volta, mas vou lembrar dela com muito carinho. E, diz a lenda, ela também de mim.
*foto destaque: Donovan van Staden – shutterstock.com
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postshahahaha, agora que eu vi. Rindo muito.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.