Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Para quem quer dar uma boa renovada no repertório, se inspirar, ouvir coisa nova, saber um pouco sobre o futuro e entender como a Internet seria se ela funcionasse offline, o SXSW é o lugar para estar. Nessa segunda-feira o SXSW abriu suas “portas” para inscrições para a edição que rola entre os dias 13 e 22 de Março, em Austin, no Texas. Os ingressos custam de US$ 525 (badge filmes) à US$ 1,345 (badge para o festival completo) caso comprados até setembro. Os valores até o pré-festival saltam para US$ 625 e US$ 1,745 (badge completa).
O festival, para os mais desavisados, surgiu em 1987, reuniu em 2013 mais de 75.000 profissionais dos 4 cantos do planeta que se espalharam em uma programação intensa nos seus 10 dias de evento. A programação é dividida entre os temas Interatividade, Filmes e Música.
Por que se preocupar agora com um festival que só acontece em março e, aparentemente, não existe “sold out”? Porque para um festival tão intenso (e imenso) como esse, o melhor dos mundos é ficar bem acomodado, preferencialmente na região do centro de Austin. Isso facilita ir e vir, dar uma fugida no meio do evento para largar compras, tomar uma ducha e até tirar uma soneca, não se preocupar com o horário do último show por receio de disputar a tapa um jeito de voltar para o hotel ou casa.
A programação ainda não foi fechada, afinal agora começam as votações por palestras, filmes, shows que vão ser selecionados pelo público. No paralelo eles vão soltando aos poucos os keynotes ou headliners conforme vão fechando. Ou seja, vale a pena se inscrever no newsletter para ir recebendo as novidades, que não param até a chegada do festival. Além dos confirmados, sempre há boas surpresas. Eu, por exemplo, assisti ao lançamento do documentário “Back and Forth”, sobre a trajetória do Foo Fighters, com a presença da banda (e direito a um abraço no Dave Grohl) e depois um show surpresa estreando a turnê Wasting Lights, que estava saindo do forno, para 2.000 pessoas no Stubb’s.
Sempre terão shows, palestras e filmes que valerão a pena cada centavo investido, mesmo que você descubra isso somente lá. Porém, o mais legal do SXSW vai muito além disso, pois a experiência vivida no festival é única. É uma fórmula que muitos tentam copiar mundo afora e não conseguem. Talvez reunir um público tão gigante x uma programação tão intensa (pelo menos 700 eventos acontecendo por dia) x experiências de marca x eventos espalhados nos cantos cantos da cidade x programação intensa off-SXSW faz ele ser o que é. Não à toa o festival gerou um impacto na economia em 2013, de US$ 218,2 milhões.
E aí, se animou? Então corra: vá ver compra de badge ou credenciamento de imprensa e hospedagem, que é sempre a parte mais dramática (além das filas, que é bom também ir se preparando psicologicamente). E novamente: o investimento vale a pena. Austin é uma cidade bacana, jovem e distinta do restante do Texas. E claro, aguarde, porque em breve a gente fará um guia bem especial da cidade para quem vai se aventurar por lá em 2015.
*Foto destaque SXSW 2013 – foto John McNicholas
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.