Essa semana o Pavilhão da Bienal abre as portas, literalmente, para mais uma edição de uma das maiores exposições de arte do país, e um dos mais importantes do mundo, junto com a Bienal de Veneza e a Documenta, na Alemanha. Mas esse ano ela vem com uma novidade que só deixa ela mais imperdível. A curadoria formada por 7 profissionais de vários países resolveu focar o trabalho dos artistas não nas peças que vão expor, mas sim no processo de criação deles. Por isso, tudo que será apresentado não terá a designação de obra, e sim de projeto. Serão 81 projetos, de autoria individual ou coletiva, envolvendo mais de 100 artistas e cerca de 250 obras.

O tema que permitiu que essa idéia funcionasse também é relativamente aberto. ‘Como (…) coisas que não existem’ tem um dos verbos em aberto para que cada artista inserisse o conceito que mais lhe conviesse. Como criar, destruir, pintar, cantar, discutir coisas que não existem, não são reconhecidas como coisas, ou que ainda não foram inventadas. Muitos desses artistas foram convidados para residências no Brasil, alguns sendo levados para os cantos mais remotos do país para alimentar seu trabalho com a cultura local, e muitos outros vieram para desenvolvê-los no próprio pavilhão. Mais da metade dos projetos foram elaborados exclusivamente para esta exposição. Quem vir, viu.

Além do pavilhão, uma série de atividades aconteceram pelo parque e outros pontos da cidade até o final em 7 de dezembro. Serão performances a céu aberto com hora marcada, conversas com artistas, procissões, palestras, ateliês abertos e a apresentação do filme “… – OHPERA – MUDA – …” em um cinema provisório. Ainda acontecerá um simpósio chamado Programa no Tempo, terá uma grande programação discutindo três temas importantes que são: Usos da arte, Direito à cidade e Trans-(Religião/Gênero). E ainda por cima, a entrada do pavilhão vai receber uma grande praça construída, com todas as portas de acesso a ela abertas, chamada Área Parque. Nela acontecerão saraus e performances quinzenalmente às quartas à noite, e todos os domingos à tarde.

Ufa! É muita coisa acontecendo. Nós fizemos uma visita guiada na montagem a convite da Air France Brasil, que é uma das parceiras, e já deu para ver que vai ser incrível. Se quiser saber mais para se programar, melhor olhar tudo que vai acontecer no site da Bienal. E também você pode acompanhar tudo com informações atualizadas diariamente com o app da Bienal patrocinado pela Bloomberg Philanthropies, criado exclusivamente para o evento e disponível para todos os sistemas operacionais. Tem versão em português e inglês, e o pavilhão vai disponibilizar wi-fi gratuito para ninguém reclamar de falta de sinal.
A abertura oficial acontece no dia 2 de setembro, apenas para convidados, e abre finalmente ao público no dia 6. Vai perder?
31ª Bienal de São Paulo
6 de setembro a 7 de dezembro de 2o14
ter, qui, sex, dom e feriados: 9h – 19h (entrada até 18h)
qua, sáb: 9h – 22h (entrada até 21h)
fechado às segundas .
entrada gratuita
*Fotos Ola Persson