Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Começou dia 22 de julho (e vai até o dia 30) o XIV Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Como o próprio nome diz, esse festival junta muitas formas de expressão cultural tanto da região quanto de outros cantos do país. Essa grande festa une música, dança e fé como uma forma de fortalecer as raízes da população local, e de estimular o crescimento sustentável do turismo da Chapada.
Eu já fiquei super interessado, e vou tentar programar uma visita quem sabe no ano que vem. Enquanto isso, para começar as pesquisas sobre o lugar, roubei gentilmente o texto da Thaís Robbi, que eu conheci casualmente na casa de amigos em comum. Ela, além de ser um encanto de pessoa, é uma grande entusiasta das viagens pelo Brasil. Já conheceu de tudo um pouco, e está cheia de história para contar. Ela me mandou um texto que ela escreveu depois da sua segunda visita à Chapada dos Veadeiros. Vê se não dá vontade de conhecer:
‘No interior do Brasil, uma região preciosa. A sensação de estar literalmente perdido no cerrado, andando por estradas sem muita estrutura, locais pouco explorados e figuras caricatas. Uma paisagem hipnotizante e um mundo de força e luta natural pela sobrevivência com oásis escondidos banhados por quedas de águas que brindam sua determinação em encontrá-los. Um céu tão imenso e majestoso como nunca visto antes. Assim é a Chapada dos Veadeiros, terra mística no estado de Goiás, porém mais próximo de Brasília que de Goiânia. Lá o que pode ser chamado de ‘movimento alternativo’ só é melhor definido como ‘modo de vida local’.
As cidades com mais estrutura turística para receber turistas são Alto Paraíso de Goiás e São Jorge. Mas se puder escolher, hospede-se em São Jorge. A cidade que protege (dái seu nome em referência a um santo protetor) o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros oferece mais opções e aconchego ao viajante que chega na região. Suas ruas de terra dão ainda mais charme à cidade, que conta com boas opções de pousadas e restaurantes, além de shows e eventos esporádicos noturnos.
Roteiros Imperdíveis
1. Passeio ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: parque que dá o nome à Chapada, passeio obrigatório. Lá você tem que escolher entre 2 lados: o dos cânions e o dos saltos (o outro). Eu fui no dos cânions, foi fantástico. Se você ficar mais dias, pode fazer os dois lados. Mas prepare-se para andar 14-15km em cada rota. Os grupos são formados na recepção, para quem quiser um guia. Sugiro fazer no primeiro dia da viagem.
2. Vale da Lua: uma fazenda privada com umas pedras que lembram a Lua. Lindo, e anda-se pouco pra chegar, uns 500m apenas.
3. Fazenda São Bento: essa é bem estruturada, tem 3 cachoeiras dentro da propriedade, tem trilha ecológica suspensa montada, restaurante. Bom pra um dia que se queira fazer coisas leves. Valem a pena todas as cachoeiras, mas a Almecégas II (a que se anda mais ou menos 1km pra chegar) é sensacional, você fica horas se deixar hipnotizar por ela.
4. Termas: água doce natural em forma de termas. Eu não gostei muito, mas o povo em geral ama. Fui numa que chama Rio Vermelho. Foge dessa, achei muito sem estrutura e a noite dá medo de bicho! ahaha.. Se gostar de termas, procure outra. Tem uma que chama Éden que dizem ser boa. Depois me conta!
Como fiquei um feriado de 3 dias, fiz isso acima. Mas tem mais dicas que queria ter ido:
4. Cachoeira do Segredo: nível complexo de chegar, mas é a preferida dos locais e dos goianos. Dizem que é mágica, mas tem que andar 7km pra ir e 7km pra voltar.
6. Cachoeira da Água Fria: disseram ser linda, e que a caminhada é só de 300m. Perto da estrada asfaltada. Boa pra passar o dia sem se cansar muito.
7 .Cachoeira de Santa Bárbara: considerada uma das cachoeiras mais bonitas do Brasil, esta é uma que vale muito a pena conhecer na região! Mas tire o dia para chegar até ela, e aproveite para conhecer o entorno. Ela fica localizada próximo à cidade de Cavalcante, que fica a 87 km de Alto Paraíso de Goiás. Chegando, siga para a Comunidade Engenho II. Lá paga-se um preço de entrada (R$ 10,00) e mais o valor do guia obrigatório (R$ 50-80), que fica a disposição o dia todo. Sua trilha pode ser longa e acidentada (aproximadamente de 5km), mas depende das condições climáticas. O melhor período para conhecê-la é no período da seca (Junho a Agosto), pois chega-se de carro mais próximo a ela pela estrada de terra, e a distancia da trilha cai para 1 a 2km de nível médio. Uma vez na Comunidade, vale a pena também ir na Cachoeira Capivara, totalmente de outro estilo mas também linda e ótima para nadar.
Outros:
8. Comida/Restaurante: indico muito a Risoteria (pergunta por lá que é famosa) – o prato demora pra chegar, mas vale! Experimentei lá arroz com pequi (típico de Goiás) e adorei. Outro que indico é o Lua de São Jorge, musica ao vivo ótima e comida muito boa. Nesse dia comemos pizza lá!
9. Compras: melhor fazer compras em Alto Paraíso. Cristais lá são bem baratos, mas tem umas cidades próximas (caso queira pegar estrada) que são mais baratas. Alto Paraíso é parada obrigatória, mas é quase que só uma rua, com restaurantes e lojinhas. Bem fofa a cidade.’
Se quiser pesquisar mais sobre a Chapada, o site oficial e o portal de São Jorge tem muita coisa para ajudar.
Ah, e para quem tem preguiça de viajar ou não sabe como se aventurar pelo país, a Thaís organiza viagens para os outros como side-job/hobby. Conversa com ela, quem sabe ela não vira teu agente de viagens?
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.