Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Todo brasileiro tem, ou pelo menos já teve, algum fascínio pela neve. Com certeza pela falta dela por aqui. Eu nunca tive nenhum vínculo especial com ela até o dia que coloquei os esquis pela primeira vez nos pés. Esquiar me fez descobrir uma sensação de risco calculado que eu não experimentava desde a primeira vez que andei em uma montanha russa. E eu, torpe que era, caía na neve fofa feliz, sabendo que na pior das hipóteses acabaria coberto de gelo. Ledo engano. No segundo dia eu voei longe com o esqui no pé, e acabei com o tornozelo trincado, com direito a uma semana de molho.
Na segunda vez, cheguei bem mais cauteloso (para não dizer me-borrando-de-medo), e fui fazer o que todo iniciante deve: aulas todos os dias. Eu sei, você se sente ridículo esquiando com crianças de 3 anos, que riem da tua cara toda vez que você se esborracha, mas vale a pena. Esquiar com segurança aumenta muito o prazer da coisa. Muito!
Eis que chegamos à minha terceira incursão nas pistas de Trysil, na Noruega, no Carnaval deste ano. Dessa vez, cheguei mais confiante, fiz aula de novo, e pela primeira vez senti que podia dizer que aprendi a esquiar. Demorou mas valeu cada tombo e cada músculo dolorido. Subir ao topo da montanha e descer de uma vez até láaa embaixo é algo que me faz sentir calafrio bom na espinha cada vez que lembro.
Semana que vem, o Ola e eu embarcamos para o Chile a convite do pessoal do Valle Nevado, para ver como é a maior estação de esqui sulamericana. Confesso que até hoje só esquiei em uma estação, então meio que já acostumei com as pistas e me sinto seguro lá. Sinto saindo da minha zona de conforto, mas ao mesmo tempo estou super empolgado. Até porque pela primeira vez vou ter muitas aulas particulares, e vou me dedicar a aprender de verdade. Se tudo der certo, desço a minha primeira pista preta. Nós vamos contando tudo de lá. E vocês vão torcendo por mim, para eu não voltar todo quebrado de novo.
E para quem nunca esquiou, fiz um vídeo com tudo que passamos na nossa última ski trip, para ver se as pessoas não se empolgam e colocam uma bela montanha branca no próximo roteiro.
*Foto destaque: Andrea Casali
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postse brincou de zentai!
Ué, Lalai, você fez mais alguma coisa?
humpf!
aparentemente eu só comi, bebi, dancei e fiquei no celular… hehehehehe
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.