Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A capital irlandesa é uma daquelas cidades com charmes bastante peculiares. Se houvesse uma ponte entre ela e a capital inglesa, daria para dizer que são como Rio e Niterói: a mesma atmosfera, belezas muito semelhantes… mas a menor mantém seu clima brejeiro e mais aconchegante.
O tempo quase sempre cinzento, o “olhe para a esquerda ao atravessar a rua”, a umidade palpável, e os tijolinhos cinzas da arquitetura Georgiana tornam Londres e Dublin muito parecidas. A questão é que Dublin faz seu contraponto colorido onde for possível: fachadas de pubs e do comércio em geral, ônibus, trens, taxis e portas, muitas portas coloridas. Reza a lenda que os dubliners, depois do trabalho, davam sempre aquela passadinha sagrada nos pubs da cidade… ao voltar bêbados para casa, eram as portas, em diferentes cores, que os ajudavam a saber qual era a sua casa, já que os prédios são quase todos iguais.
Para uma passagem rápida e certeira pela cidade, a boa é se hospedar nas regiões chamadas de D1 ou D2, no máximo (são tipo os arrondissement de Paris. Mas esses são organizados em caracol… em Dublin, os Ds ímpares ficam acima do rio e os Ds pares, abaixo do rio). Assim, tudo fica fácil de ser visto e o transporte público resolve bem a andança. Deixadas as malas no hotel (e o guarda-chuva na mochila), é hora de passear à beira do rio Liffey para admirar a arquitetura de prédios baixos da cidade, as mais de 15 pontes sobre o rio, além de fazer um reconhecimento de área já planejando o pub para a noite.
Depois desse vai-vem, vale um passeio pela O’Connell Street, uma das avenidas mais tradicionais da cidade, que é palco para o Spire, um monumento alto, em forma de agulha, ladeado por calçadas largas, lanchonetes, restaurantes e gente ocupada. Por ali, o Eddie Rockets serve burgers ao estilo EUA’50, de 150 gramas de carne sempre fresca, nunca congelada. A dica fica por conta do Grilled Pinaple Hamburger, com abacaxi grelhado, bacon defumado, queijo suíço e cebola. Se o seu negócio for picância, o esquema é o The Atomic… boa sorte. E se você estiver de dietinha, peça pelo Skinny Beach, só pelo trocadalho. Tudo isso acompanhado de uma porção de Garlic & Cheese Fries.
Pagada a conta, é hora de fazer a digestão com uma caminhada suave pela Henry Street, um boulevard a três quadras do restaurante. Por lá, todas as lojas de departamento e as principais operadoras de telefonia móvel, para você garantir o seu chip.
Um quilômetro e meio ao Sul, do outro lado do rio, está o St Stephen’s Green Park, um parque pequeno, charmoso e florido, com direito a lago e um memorial do romancista James Joyce. No caminho, você passará pelo Trinity College, a universidade mais famosa do país, responsável por manter a região D2 agitada e jovem quase o ano todo.
Após alisar a careca do J.J e esticar um pouco as pernas no gramado, deixe o parque pela saída Norte. Ali, entre a Kildare Street e a Dawson Street se esconde o The Little Museum of Dublin: um sobradinho de três andares, branco, quase imperceptível. Quando estivemos por lá, no primeiro andar rolava uma exposição que contava a história da Irlanda medieval e seu rei Arthur, que derrotou os vikings… tudo isso em quadrinhos divertidos, desenhados em grandes cartazes e afixados nas paredes, do teto ao chão. No segundo andar, objetos, roupas, móveis e quadros retratam a cultura e a língua (já quase desaparecida) do povo irlandês. No último andar, uma exposição permanente bem organizada recapitula a história da banda de rock mais famosas da ilha: U2.
Pausa para um café! O subsolo do museu esconde um café-bistrô sensacional que tem uma grande bancada de preparo viarada para todas as mesas do salão, iluminada por uma luz de dia nublado. O Hatch & Sons se baseia na cozinha irlandesa para servir sanduíches deliciosos (entre outras coisas) de pão Blaa: branco, muito macio e originalmente de Wexford, no extremo Norte da ilha.
Ali do lado está o quadrilatero da moda da capital irlandesa. As principais grifes européias e os designers notáveis da região abrem suas portas na região delimitada pelas ruas Dawson e Grafton. Os destaques ficam por conta da Thomas Pink, Ted Baker e a sueca COS.
Com o cair da tarde, rume logo para os pubs. Como na maioria dos países europeus, na Irlanda, a noite acaba cedo: 1h00, os garçons começam o “finish your drinks” e surgem no salão com copos plásticos, para que você possa acabar o seu pint em paz, na rua. A região da Temple Bar é onde está concentrada a maior parte deles. Há pubs temáticos e com as mais variadas propostas. A dica é tomar um pint em cada um deles! Mas independente das escolhas, inclua em sua lista uma passada no Temple Bar, o icônico pub da região, de esquina vermelha e onde um maluco chamado Dave Browne entrou para o livro dos records por tocar violão por nada menos que 114 horas seguidas, de 12 a 17 de junho de 2011.
DUBLIN – The Temple Bar Pub from New Gents on Vimeo.
No dia seguinte, a manhã pode começar com velharias interessantes. No mesmo quarteirão, entre a Trinity e o Merrion Square Park, você encontrará a Biblioteca Nacional da Irlanda, o Museu Nacional de Arqueologia da Irlanda e – o mais interessante! – a Galeria Nacional da Irlanda, uma espécia de MoMA/Pinacoteca local: o acervo é de encher os olhos e a lojinha oferece ótimos livros e variados objetos de design assinado.
Com uma rota bem planejada no Google Maps, é possível partir dali para as fábricas de um dos uísques mais tradicionais do mundo, Jameson, e da cerveja que é símbolo do país, Guinness. O simpático azul-e-amarelo DublinBus e o sistema de trens LUAS (que significam ‘velocidade’ em irlandês) te deixam na porta de uma e de outra – comece pela Jameson Distillery, que tem um passeio mais curto e está no meio do caminho do Centro para o bairro da Guinness Storehouse. Pode parecer um passeio bobo aos viajantes mais escolados, mas a história cheia de detalhes (e como ela é contada) em ambas as fábricas vale o seu tempo e os euros a serem gastos com o ingresso ; )
Ao final do passeio na Guinness, você é convidado a degustar um pint da cerveja preta mais famosa do mundo num mirante com vista panorâmica da cidade de Dublin. Se o tempo estiver bom, com céu aberto, será uma experiência e tanto.
A volta para o Centro pode ser feita a pé, de modo que você poderá passar pela Catedral de Saint Patrick, o famoso santo padroeiro do país e “responsável” pela maior festa de Dublin, que atrai, todo ano, milhares de pessoas à ilha. Uma vez na região central, é hora de jantar: Hugo’s é a pedida. Próximo ao parque St Stephen’s, com uma carta de vinhos irrepreensível, lá você poderá fazer boas escolhas entre carnes, peixes e risotos. De sobremesa? Crème brulee de café caramelizado!
Para encerrar a noite? Pints de ótima cerveja e muita música boa no Whelan’s, um pub multiplace que fica na região de Camden e Harcourt streets, uma bela alternativa à área da Temple Bar. Quando estivemos por lá, rolava um show da banda americana, de Boston, Lake Street Dive – uma grata surpresa.
Aos gents que, assim como a gente, ficaram encantados pela Irlanda, sentamos com o pessoal da Aria Viagens para pensar em um pacote bem bacana pela região.
Ao contatá-los, você vai ver que não há roteiro pré-estabelecido e que tudo pode ser inteiramente desenhado para atender os seus desejos de viajante. E, claro, uma vez na Irlanda, vale conhecer a vizinha do Norte, Belfast, e também a Escócia.
Não há vôos diretos do Brasil. É necessário parar antes em alguma capital da Europa ocidental.
E do aeroporto de Dublin (DUB), é muito fácil chegar ao coração da cidade sem gastar muito com isso: há uma linha de ônibus municipal e uma outra de fretados, semelhante ao serviço que liga São Paulo ao aeroporto de Guarulhos (GRU). Em menos de 20 minutos, você poderá estar na O’Connel Street, uma das principais avenidas da cidade.
Curtiu? Quer viajar para lá com um clique? Veja abaixo a playlist que o pessoal da GRAVE Music preparou. No briefing? O bom do velho e do novo rock irlandês ;)
New Gents é uma marca de moda masculina que, na essência, crê em “velhos valores embalados por novas atitudes”. Crê também que viagens são uma das melhores coisas que o dinheiro pode comprar! Não é à tôa que a gente acaba sempre arrumando uma boa desculpa para armar uma viagem criativa por aí. E parte dessas nossas experiências e descobertas, dividiremos aqui. www.newgents.com.br
Ver todos os postscomo assim, uma marca masculina? deve ser porque sou mulher que não entendi.
Oi Alice.
Acesse nosso site e você vai entender direitinho :)
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