Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Se você já curtiu um festival de música em outro país, vai entender tudo que eu vou escrever a seguir. Se ainda não teve chance, programe-se para na próxima viagem curtir um festival desses na gringa.
Esse foi mais um dos top 3 momentos da minha passagem pela Suécia. Principalmente porque o lineup do festival tinha 2 das minhas bandas favoritas, sendo uma a que eu mais amo nesse mundo, The Knife.
O primeiro WOW foi realizado em agosto de 2007, no parque Slottsskogen, em Gotemburgo, na sexta e sábado. Paralelo a isso, na quinta, sexta e sábado à noite em casas noturnas espalhadas pela cidade. Em 2012 tomou um uma proporção diferente e aconteceu durante os 3 dias direto, com atrações ao vivo no Slottsskoge durante o dia, a noite em casas de show e ainda incorporou outras atividades culturais, como exposições de arte, cinema e intervenções artísticas espalhadas por toda cidade.
Uma grande marca do festival desde o começo é a relação amigável com o meio-ambiente. Citando razões ambientais, o festival anunciou na noite anterior ao começo do WOW2012, que todos os alimentos servidos para artistas, funcionários e visitantes durante todo o evento seriam vegetarianos. E nesse ano, me parece que a ideia foi bem absorvida, embora houvessem pessoas contrariadas distruibuindo salscichas e almondegas no lado de fora dos portões, os restaurantes estavam sempre lotados. E não nego, inicialmente torci o nariz para aqueles hambúrgueres de soja, mas me rendi em seguida. Principalmente depois que a Lalai descobriu um restaurantezinho mais gourmet escondido em meio as árvores, onde eu provei a melhor sopa de alcachofras da minha vida. – Grato, Lalai! Sem contar a infinidade de barraquinhas com comidas de diversas nacionalidadess, todas dentro do mood vegetariado.
Cheio de gente bonita e exótica, mas a bebida era fraca e cara! Cerveja popular sueca custando em média 20 reais. Banheiros tão limpos quanto o da sua casa, filas organizadas, pessoas educadas e um quiosque onde você deixava o celular para carregar enquanto curtia o festival, sem preocupação nenhuma. Segurança?! Isolamento?! Revista?! Nãããão! Suecos são muito educados pra isso!
Quanto ao line-up acho que seja meio desnecessário falar muito. Eu zerei minha vida musical nesse festival. Foram tantos shows bons, que nem sei mensurar. Alabama Shakes, Beach House, Shout Out Louds, Of Monsters And Men, Phosphorescent, Disclosure e tantos mais. Giorgio Moroder, o tiozão mais f*@#stico da disco, colocou todos para dançar com suas maravilhas setentistas, na manhã ensolarada do segundo dia de festival. Sensacional!
Mas para mim, a experiência do show do The Knife foi o ponto mais alto do WOW2013. Simplesmente insano! Acho que todos que tem um fiapo de adoração pela banda, deveriam assistir o show deles. Extremamente criativo, sonoro e de uma subliminaridade inigualável, creio que posso definir assim.
Saí do festival exausto, porém realizado. Sinto que é esse tipo de festival que vale a pena investir, visto que não tenho mais saúde física, mental, tampouco idade para enfrentar os festivais tupiniquins.
Ah! E para finalizar, um videozinho maroto da gente se jogando no set do Giorgio Moroder! Ali no cantinho esquerdo inferior do vídeo.
*PS: Sim, as fotos são todas minhas! 8)
O Jo é do tipo que separa pelo menos 30% do tempo das viagens para fazer o turista japonês, com câmera no pescoço e monumentos lotados. Fascinado pelas diferenças culturais, fotografa tudo que vê pela frente, e leva quem estiver junto nas suas experiências. Suas maiores memórias dos lugares são através da culinária, em especial a comidinha despretensiosa de rua. Seu lema de viagem? Leve bons sapatos, para agüentar longas caminhadas e faça uma boa mixtape para ouvir enquanto desbrava novos lugares. Nada é melhor do que associar lindas memórias à boas canções.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.