Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Pensar em compartilhar o quarto com 10 pessoas nos seus early-20s, cujos hábitos higiênico-sanitários são distintos do seu padrão, te dá urticária hoje em dia. Mas mantém um certo carinho por essa sua época de viagem, que o final da tarde contava pesos para rachar a conta do pão de forma, linguiça local e vinho com quatro desconhecidos.
Coração Mochileiro? Agenda limitada? Bolso que permite luxos (por luxos entenda como jantar em um local com garçom, mesa e cadeira)? Se marcou sim nas três, tamo junto! Sua trupe é a flashpacker.
Poderiam ser classificados facilmente apenas como backpackers que cresceram e ficaram cheio de frescuras. Mas flashpacking é um termo absolutamente legítimo. E sabemos disso por duas razões: primeira, porque está na Internet. [e todo mundo sabe que se está na internet, é porque é verdade]. Segundo, porque o termo está em inglês. [portanto, é cool, hype- e todos os outros termos que denotam prestígio e vanguarda].
Esse guia é para ajudá-lo na difícil tarefa se manter ali na bordinha, no limite – para não se render de vez e achar que férias são duas semanas enrugando na piscina de um all-inclusive genérico com um drink de guarda-chuva rosa. E perder a importante, prestigiosa e respeitada, carteirinha de flashpacker.
Decentemente não necessariamente é o Hilton, mas um local com nenhuma criatura que rasteja à noite (baratas ou companheiros de quarto na madrugada). Porém lembre-se também que, ficando em hotel, os únicos locais que você vai conhecer, vão esperar gorjeta. Um ótimo meio termo para um flashpacker é o Airbnb (já falado nesse post aqui), especialmente se for um quarto na casa de alguém. A segunda hospedagem viável para um true flashpacker ainda é o hostel (óbvio, em quarto privativo. Preferencialmente com banheiro.)
Flashpackers são internacionalmente reconhecidos pelos gadgets: a câmera 5D que custou muitos salários mínimos, iPad, celular, laptop. O truque é quando desligar: quanto mais tempo você passar lendo na sua timeline seus setecentos e quarenta e três semi-conhecidos reclamando que precisam de férias, adivinha o que você não vai estar fazendo? Pois é. Desprenda-se do iPhone, leve um mapa, e seja feliz. Com alguma sorte, você se perde e acaba em um restaurante nigeriano incrível que não estava no tripadvisor.
Acorda, sai correndo, tira foto da igreja 1, tira foto da igreja 2, passa no palácio, fica na fila de trinta turistas esperando o peixe frito famoso da praça, sai correndo para entrar no museu, sai do museu, compra 5 chaveiros para o povo da firma e a camiseta para o primo, pega o restinho do show de tango, come, dorme. Muda de cidade. Ter apenas 7 dias de férias não significa que você precisa brincar de Amazing Race e fazer caber 9 destinos. Como um experiente flashpacker, já percebeu que no mínimo precisa de sete dias para curtir um local novo, né? OK, ok, 5. Mas não vamos negociar mais que isso. Favor não insistir.
Ou trem. Ou metrô. Ou aquele negocinho amarelo bonitinho que anda num trilho na rua e se pronuncia xgwhreilkjsa. Sim, você pode pagar um táxi. Ou alugar um carro. E às vezes chega mais rápido. Mas não há lugar melhor no mundo para respirar a cultura, como no busão. (Sim, está permitido pegar táxi do aeroporto com suas 4 malas, mas pode parar de insistir para não atrapalhar o fluxo do post? Obrigada. A direção.)
Hot dog de rua no almoço. Michelin star no jantar. Oh yeah, life as a flashpacker.
1- Superultraplanejamento
Não incorpore a tia Augusta e planeje seus atos da alvorada ao anoitecer, com ‘tarde livre para compras’. Um wishlist retirado de um ótimo guia feito por pessoas incríveis na mão (sim, isso foi um jabá) é suficiente para conhecer lugares legais e suas experiências únicas e pessoais.
Incrível a quantidade de pessoas que quando movem do backpacking começam a viajar só em ‘turma’. Não que não possa viajar em turma. Mas daí não é flashpacking. Para vivenciar a cultura, independência é essencial. No máximo um fiel escudeiro. E ainda assim, dê uns perdidos nele.
Se seu orçamento na linha da vida cresce em uma progressão aritmética, o tamanho das malas, em exponencial. Sim, pode ser que seu mochilão tenha virado uma mala de rodinha. Tudo bem, porque você não vai pegar carona mais em uma Parati de 73 com 9 pessoas e uma tartaruga. Mas uma mala é sempre suficiente. E não vale desfilar na esteira com sacola plástica de compras no duty frees pendurada rasgando.
Desculpe, hop on hop off nunca é aceitável. Se fizer, não conte para ninguém. Não poste no facebook. Tire a bateria do celular para não correr o risco do GPS trackear. Não faça amigos: eles são pessoas que conhecem a cidade através de um hop-on-hop-off.
Mesmo que ele seja incrível e muito mais barato, você simplesmente não quer ser aquela pessoa que comprou um PACOTE*.
The first photo of the messy Caterina Hostel is courtesy of TripAdvisor. As demais fotos são todas CC disponíveis no flickr.com
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsMas pras mães os pacotes tão liberados :)
Ainda convenço a minha mãe a não comprar mais pacote.
Excelentes dicas, muito legal!!! Mas quem nunca fez um hop on hop off que jogue a 1ª pedra… rsrsrsrs
vou dizer que em roma, por dica do fabinho (de paula), acabei pegando um bus tour. E realmente valeu a pena – não é facil andar por lá com um sol de 40 graus direto na cachola.
Não contaaaaaaa :)
Van
Queimei meu filme?kkk beeeso
clarooooo
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.