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Londres: todas as cores de uma cidade cinza

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

26 de January, 2015

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Há um ditado que diz “Tired of London, tired of life”. É impossível não se impressionar com tudo o que acontece em Londres, faça chuva, muita chuva ou um pouco de Sol.

Londres é cheia de extremos e antagonismos. Sofisticada e suja, com grandes parques verdes e um céu cinza, uma megalópole com prédios baixinhos e cara de interior fora das grandes ruas. Até Karl Marx se refugiou lá, na cidade onde o capitalismo foi inventado. É impossível simplificar Londres – e é isso o que faz dela tão interessante.

Todos os ícones que você sempre viu de longe estão aqui: o ônibus vermelho de dois andares, o Big Ben, os retratos da rainha, as semi-extintas cabines telefônicas vermelhas, e claro, os guarda-chuvas. Mas a Londres é muito mais. Vá se perder pelas ruas estreitas, as galerias e projetos que só tem nessa cidade intensa. As cores e brilho da cidade superam, em muito, o cinza que você vê inicialmente.

BÁSICO

Chegando e saindo

 Chegar em Londres pode ser nada básico. Existem 6 aeroportos e uma viagem ao centro para qualquer um deles demora no mínimo 1 hora, seja de trem, metrô ou carro. Tudo vai depender de onde você estará hospedado.

Aeroportos: Todos os voos vindos direto do Brasil chegam no aeroporto de Heathrow. A Picadilly Line do metrô pára em todos os terminais e a passagem custa £5,70 para a zona 1. Se você topar pagar mais, pode pegar o Heathrow Express que é mais rápido, sair na estação de Paddington e de lá pegar outras linhas. Porém, a tarifa sai por £21 se você comprar antecipado, £26 na hora ou £39 ida e volta. Puxado.

O aeroporto de Gatwick tem o Gatwick Express, um trem que demora 30 minutos até a estação de Victoria (que é ótimo para quem está no centro-oeste) e custa £19 a perna. Se você estiver pelo centro-leste, a dica é pegar um trem normal no aeroporto até as estações de London Bridge, Farringdon ou City Thameslink, pagar £10 e só demorar 10 minutos a mais para chegar no centro, comparado com o Gatwick Express.

Luton, Stansted e Southend têm trens para o centro, mas a viagem é demorada. Já no aeroporto de London City passa o DLR, uma linha super conveniente que termina na estação Bank, centro financeiro da cidade. E só em 25 minutos e pagando preço de passagem normal! Mas chegar por esse aeroporto é coisa de muita sorte.

Clique no nome do aeroporto para saber mais informações de como chegar desde lá até o centro

Heathrow
Gatwick
Stansted
Luton
London Southend
London City

O ruim é que o metrô de Londres não é legal para quem está de mala, pois são muitas escadas e poucas rolantes. Se você estiver com grana e zero de paciência, pegue um taxi, de preferência um mini-cab para pagar menos.

 Trem: Se você chegar de Eurostar desde Paris ou Bruxelas, pegue o metrô na mesma estação de Kings Cross St. Pancras.

 Transporte

 Taaaaaxi!

Um dos símbolos de Londres é o black cab, o tradicional taxi preto. Pegar ele nas ruas costuma ser tranquilo, mas o problema é que ele é caro. É muito comum em Londres o serviço de mini cab, que só atende a chamadas e nunca pega passageiros nas ruas. O Uber, Get a Taxi e o Kabbee são aplicativos que usam os mini cabs e por isso são muito mais baratos que uma corrida normal de black cab. Mas se você estiver sem internet, tente achar um escritório de mini cab nas ruas e agende o seu, em cada bairro existem vários pelas esquinas.

Metrô, ônibus e o cartão Oyster

A melhor forma de se locomover em Londres ainda é o metrô ou os ônibus vermelhos.

Com o cartão Oyster, você vai pagar muito menos do que por viagem avulsa. Na modalidade “pay as you go”, você carrega o cartão com um mínimo de 5 libras e ele vai sendo descontado a cada viagem.

A boa notícia é que a partir de 2015, se você gastar a partir de £6.4 nas zonas 1 e 2 em um dia, o sistema vai parar de descontar do seu Oyster e todas as outras viagens nesse dia sairão GRAAAATIS. Um passe diário nas zonas 1 e 2 custa 12 libras, então o “pay as you go” sai muito em conta.

A outra modalidade é o passe semanal. Valerá a pena comprá-lo caso você passe mais de 5 dias em Londres, já que o preço total é de £32,10 para zonas 1 e 2. Se você ficar menos do que isso, pegue o “pay as you go”, que também vai te dar mais liberdade para ir a outras zonas além da 2.

Outra opção bem recente é o Contactless. Se o seu cartão de crédito ou débito tiver essa tecnologia, você pode usá-lo diretamente nas catracas, pagando a mesma tarifa do que o Oyster.

Compre o cartão Oyster e recarregue nas estações de metrô ou em qualquer posto autorizado, geralmente em lojinhas de conveniência. Dica importante: desde Julho de 2014, os ônibus deixaram de aceitar dinheiro. Ande sempre com seu Oyster carregado para evitar problemas.

O cartão Oyster descarregado custa 5 libras mas você pode pegar o dinheiro de volta quando for embora. Lembre-se que o Oyster é válido para qualquer transporte público em Londres (yeah!), inclusive os trens dentro da cidade. O metrô só funciona até meia noite e depois desse horário, é possível pegar os nightbuses. A partir de Setembro de 2015, FINALMENTE o metrô funcionará 24 horas por dia nos fins de semana. (ALELUIA!)

Para ver os preços das passagens por zona e do cartão Oyster, clique aqui.

Aplicativo “abre caminhos”

Existe um aplicativo incrível para saber como ir de um lugar a outro com indicações sobre a localização das estações, tempo de viagem, preço e principalmente, saber que horas vai passar o busão/metrô. Baixe o Citymapper que é batata! 

Bikes

O prefeito Boris Johnson está fazendo há anos um esforço para transformar Londres em uma cidade bike-friendly. Apesar do grande número de ciclistas nas ruas, isso é um sonho ainda bem distante. A falta de ciclovias e a mão inglesa dificultam a vida de quem não está acostumado a pedalar em Londres, e a quantidade de acidentes é alta. Se você estiver em uma zona mais tranquila e quiser pedalar, use a Barclays Bike, apelidada de “Boris Bike”. Por 2 libras por dia, você pode ter viagens ilimitadas de 30 minutos cada. O ruim é que a cobertura da Barkclays Bike não é das melhores e não chega nem ao fim da zona 2.

Crédito: Visit London
Crédito: Visit London

Moeda 

A moeda é a Libra e só ela é aceita pela cidade. Leve um porta-moedas, porque elas são muitas e valem bastante. A maioria dos lugares aceita cartão de crédito para tudo. Na hora de tirar dinheiro no caixa, procure sempre por uma máquina onde esteja escrito “Free cash withdraws” (chama atenção porque afinal, está escrito FREE CASH!) pois elas não cobram comissão. Olho vivo!

Sitting in an English Garden waiting for the Sun

Sobre o clima, bem você já sabe… chove muito em Londres! A época mais chuvosa e e fria vai de Novembro a Janeiro. Durante esses meses, escurece por volta das 4 da tarde. Os meses com melhor clima e luz do Sol acontecem em Maio a Agosto, quando escurece por volta das 10 da noite. Antes de sair de casa, veja a previsão do tempo nesse site da BBC. Ver o tempo de hora em hora ajuda muito, já que em Londres pode chover e fazer Sol 3 vezes por dia em qualquer época do ano.

PARA SE HOSPEDAR

 Em uma cidade gigante como essa, existe um bairro para todos os gostos. Rotulando bem as áreas, o Oeste é rico e posh, o Leste é alternativo e underground, o Norte é famíliar e o Sul é mais pé no chão. O centro é onde todo mundo se mistura.

Para sua viagem ser mais conveniente, é melhor que você fique na zona 1 ou 2. Se você ficar na zona 3 em diante, vai demorar bastante para chegar ao centro. Como se locomover é um assunto importante em Londres, ficar perto das mega estações de trem e metrô pode ajudar. Kings Cross St. Pancras, Paddington, Victoria e Liverpool Street são algumas delas. Mas não se preocupe que no centro de Londres sempre existe uma estação de metrô por perto.

Bairros para os bons de garfo e copo: Pubs e restaurantes estão em muitos lugares, mas os bairros com maior concentração de boas opções são o Soho e Shoreditch. Os mercadinhos de rua mais bacanas estão em Borough, Shoreditch e Hoxton.

Bairros para os baladeiros: Camden Town é o lugar para quem gosta de baladas, principalmente de rock. Não é a toa que todas as bandas do Britpop se reuniam aqui nos anos 90. A Amy Winehouse morava aqui e agora existe até uma estátua em sua homenagem. O Soho também tem muitas boates, principalmente as LGBT. Se você quiser ver os club kids do momento, vá para Shoreditch.

Bairros para quem quer voltar com a mala cheia: O Soho tem muitas lojas e fica ao lado de Oxford Circus, a meca das compras de Londres. Covent Garden também tem grandes lojas como a Apple e a rua Long Acre, com lojas bacanas como a All Saints. Se você quer ficar perto das lojas vintage, vá para Brick Lane. Já Mayfair, Marylebone e Knightsbridge são áreas boas para quem quer estourar o limite do cartão em lojas de luxo.

Bairros para ostentar: Se você quer desfilar seu guarda-roupa, comer em restaurantes caros e ver a maior quantidade de carros caríssimos por minuto, vá para Chelsea, Marylebone, Belgravia, Kensington e Knightsbridge.

Bairros para os ligados em arte: Southbank concentra muitos museus e galerias, como a Tate Modern, Hayward Gallery e o Southbank Centre. Fitzrovia também é um bairro onde você pode ir à pé para National Gallery ou British Museum. Já em Knightsbridge você vai estar pertinho do Victoria and Albert, o Museu de História Natural e outros. Se o seu lance for Street Art, fique em Shoreditch.

Crédito: Visit London
Crédito: Visit London

Bairros para a família: Perto do Hyde Park ou do Regent’s Park é uma boa area para passear com as crianças. Southbank também tem muitas atrações e áreas a céu aberto. Knightsbridge também é uma ótima opção pois além de ser ao lado do Hyde Park, fica perto do Science Museum e do Museu de História Natural.

Bairros para quem quer turistar: Belgravia, Marylebone, Mayfair, Fitzrovia, Knightsbridge e Soho concentram a maior parte das atrações turísticas. Na City e em Borough estão os novos prédios mais icônicos da cidade como o The Gherkin

PARA COMER

 Aquele papo de que a comida Inglesa é ruim e de que todo mundo come mal em Londres é coisa do passado. A cidade é uma das melhores do mundo para comer e várias modinhas culinárias nascem aqui. A reserva é imprescindível, pois os restaurantes bons são muito concorridos. Não deixe para reservar no mesmo dia ou no anterior porque é provável que você se frustre. Se o lugar for badalado mas não aceitar reserva (o que é bem comum), chegue bem cedo ou quase na hora de fechar. Use o Opentable para facilitar a sua vida.

Começando com o produto da terra, você pode comer uma boa comida Inglesa nos Gastropubs, alguns tem até estrela Michelin. Um dos primeiros restaurantes a levantar a moral da comida Britânica foi o St. Johns, especializado em Nose to Tail food. TUDO do animal é aproveitado e a comida é deliciosa.

Outros deliciosos gastropubs são o The Pig and the Butcher, Anchor and Hope e The Eagle.

O Fish and Chips está em todas as partes e o segredo é achar um com a milanesa do peixe crocante e a batata frita idem. Vá ao Poppies perto de Brick Lane que não vai ter erro. O Princess of Shoreditch um dos melhores fish and chips de Londres todos os dias exceto aos Domingos.

Aos Domingos, a tradição é ir para o pub e comer um Sunday Roast. É um prato bem servido com verduras, yorkshire pudding, uma carne a sua escolha (roast beef, frango, cordeiro ou algum steak) e molho horseradish. Alguns dos Sunday Roasts preferidos estão no Marksman, Princess of Shoreditch e Harwood Arms.

O tradicional Sunday Roast. Crédito Almost Locals
O tradicional Sunday Roast. Crédito Almost Locals

Londres também é o lugar para abusar do restaurante Indiano. O Dishoom é um Bombay Café lindíssimo e a comida é um escândalo. Não perca o viciante Naan de queijo e a Perna de Cordeiro que desmancha na boca. O Tayyabs é famoso pelos espetinhos e fica em Whitechapel, bairro Indiano por natureza. Em vários lugares pela cidade, o Masala Zone é uma boa opção para comer um com Thali.

Crédito: Tayyabs
Crédito: Tayyabs

Se bater a vontade de comer um hambúrguer, vá ao Hawksmoor. Essa coisa deliciosa pode não estar no cardápio, mas peça ao garçom porque sempre tem. O MEAT Mission parece um restaurante de um filme do Tarantino e serve um burger ótimo também. Já o Burger Bear era um food truck de dois ursos que ficou tão famoso que ganhou um restaurante com decoração autêntica em Stoke Newington. Dirty Burger e Patty and Bun são outros endereços onde o hambúrguer suculento está garantido.

Crédito: Burger Bear
Crédito: Burger Bear

Comece bem o dia com um brunch gostoso. O Caravan tem dois endereços em Kings Cross e no Exmouth Market e as opções vão muito além do ovo mexido. Imperdível também o Bistroteque no Leste na cidade, um dos brunches mais famosos. Se você quiser impressionar e ser impressionado, vá ao Wolseley, um dos salões mais chiques da cidade. Até o iogurte tem uma consistência única.

Se é pizza que você quer, procure pelo Franco Manca mais perto de você. Maravilhosa e genuinamente Italiana, coma a pizza do Princi no Soho. O Pizza East também é ótimo e tem duas filiais, uma no Soho bem pequena e a de Shoreditch, num climão para ver e ser visto.

É possível dar um rolé mundial gastronômico em Londres. O Yauatcha é um Chinês finesse no Soho. O dumpling de camarão e cebolinha e o cheung fun também de camarão são de morrer.

O Soho é um capítulo a parte, porque é um restaurante atrás do outro. O Koya é um Japa que serve só comida quente e o Soba de lá é um dos melhores do universo.

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Udon no Koya. Crédito: Almost Locals

Tem gente que torce o nariz para fígado, mas esse com romã do Yalla Yalla é uma delícia. Um ótimo restaurante barato de comida do Oriente Médio.

Falando em Oriente Médio, Yotam Ottolenghi é um dos chefs mais queridos da Inglaterra. Lançou vários livros e seu restaurante mais famoso (e ótimo) é o Ottolenghi. Mas no Soho fica sua nova empreitada, o queridinho da crítica Nopi.

Crédito: Ottolenghi
Crédito: Ottolenghi

Se você tiver paciência e deixar seu nome na porta por horas enquanto dá uma volta, não deixe de ir ao 10 Greek Street. O cardápio muda todo dia e a comida é boa demais.

O café é uma bebida super levada a sério em Londres. Os mais famosos da cidade são o Prufrock, Monmouth e a família Grind (Shoreditch, Holborn, Soho…). O Look Mom no Hands é uma rede para quem gosta de café e bikes e as lojas são fofas.

Crédito: Prufrock Coffee
Crédito: Prufrock Coffee

MERCADOS DE RUA

 Comida boa e barata, objetos feitos à mão e muito vintage nas feiras de Londres. Não deixe de ir nem nos dias de chuva! E lembre-se, existe vida além do Borough Market!

Broadway Market e Netil Market – Onde os hipsters se reúnem aos sábados durante o dia. Os dois mercados ficam um ao lado do outro. Comidinhas, roupas vintage e ingredientes para levar para a casa.

Brixton Market – Esse mercado coberto fica em Brixton, um bairro de imigrantes, super rico culturalmente. Vários restaurantes de várias partes do mundo sob o mesmo teto.

Brixton Market. Crédito Almost Locals
Brixton Market. Crédito Almost Locals

Columbia Flower Market – Rola todos os Domingos e é o paraíso para quem gosta de objetos de decoração e flores. Há bares ao redor do mercado para molhar o bico.

Whitecross Market – Todos os dias alimentando os trabalhadores das redondezas. Ponto de encontro de quem trabalha nas start-ups da Silicon Roundabout, o Silicon Valley Londrino.

Brick Lane – Bom para antiguidades, comida de rua e lojinhas vintage. Rola Domingo, mas um passeio pela Brick Lane é válido em qualquer dia da semana!

Kerb – O Kerb é um grupo que agita vários eventos de street food pela cidade. Alguns dos melhores food trucks da cidade participam dos eventos do Kerb. Confira a programação, quase todo dia tem um mercado diferente em algum lugar da cidade.

PARA TOMAR BONS DRINKS

 O pub é o boteco Inglês, onipresente em todas as esquinas. Mas é claro que existem alguns com melhor cerveja, comida e ambiente que outros.

Tome um pint no The Dove no Broadway Market, um pub especializado em cervejas Belgas. O The Fox em Dalston também tem uma carta de cervejas bem boa e um terraço delicioso no verão. A Brew Dog tem vários bares pela cidade e também somos fãs. No centro, a Craft Beer Company tem uma boa variedade e a Princess Louise é um dos pubs mais bonitos de Londres.

Varanda no The Fox. Crédito: Almost Locals
Varanda no The Fox. Crédito: Almost Locals

Quando você cansar das cervejas, Londres vai te oferecer um lindo drink.

O Artesian foi eleito o melhor bar do mundo por 2 anos consecutivos. Prepare o bolso e prove drinks únicos como o Camouflage, que vem dentro de um abacaxi dourado com um incenso queimando para dar uma defumada no sabor.

Crédito: Artesian
Crédito: Artesian

Já bem mais em conta com um ambiente mais relaxado, não deixe de ir ao Satans Whiskers. A decoração é cool, a música é um hip hop old-school, a comidinha é gostosa e os drinks são viciantes. Prove o drink que leva o nome da casa.

Outros bares que curtimos: 69 Colebrook Row, Ruby’sHappiness Forgets e o Hawksmoor.

Crédito: Hawksmoor
Crédito: Hawksmoor

PARA DANÇAR

A maioria dos pubs fecha às 11 da noite, o metrô à meia noite e os restaurantes também encerram as atividades super cedo. Mas se você quiser cair na balada, não tem problema! Como bom Londrino, fique sempre de olho no horário do ônibus noturno na saída.

Música eletrônica: Vá à Fabric sim ou sim. Sempre é eleita a melhor boate do mundo, seja pelo naipe dos DJs ou pelo sistema de som, já que o chão vibra junto com a música, que entra dentro de você. A XOYO em Shoreditch está sempre bombando, com residentes como o Simian Mobile Disco ou 2 Bears. Egg London e Oval Space são outros bons lugares de eletrônico na cidade.

Rock: Vá para Camden e dance na Koko ou no Barfly. No centro, uma boa opção é o The Borderline.

Crédito: KOKO
Crédito: KOKO

FESTIVAIS E EVENTOS A CÉU ABERTO

Na época do Natal, Londres é cheia de feirinhas Natalinas e pistas de patinação de gelo, como no Hyde Park ou na Somerset House. O Winterville no Victoria Park é um parque de diversão cheio de boas barracas de comida e DJs.

No verão, a cidade fica cheia de terraços abertos com drinks e DJs, como o Dalston Roof Park, Queen of Hoxton e o Vista no Trafalgar Hotel, de frente para a Trafalgar Sq. Festivais de música no verão sempre rolam, como o Field Day e o Lovebox. Veja os shows que estão rolando em Londres no Songkick. 

Crédito: Dalston Roof Park
Crédito: Dalston Roof Park
Crédito: Vista at Trafalgar
Crédito: Vista at Trafalgar

LONDRES GAY

O bairro gay mais famoso de Londres com várias lojas, baladas e pubs é o Soho. Na parte leste da cidade, pubs como o George and the Dragon e o bar moderninho Dalston Superstore fazem sucesso. Já as baladas gigantes e animadíssimas estão em Vauxhall no sul da cidade. 

PARA SE INSPIRAR

Londres é uma megalópole mas tem lindos parques para um bom passeio relaxante. Um dos mais bonitos e nada óbvio é Hampstead Heath, no norte da cidade. Gigante, com campos, morros e cheio de lagos onde você pode nadar, nem parece que você está em Londres.Você pode ver o skyline da cidade. No parque, tem um café administrado por italianos, eles capricham no expresso, no tiramisu, e até em um linguini al vongole. De lá, você pode caminhar até o Highgate Cemetery, onde está enterrado Karl Marx, Eric Hobsbawn e o agitador do punk Inglês Malcom McLaren.

Créditos: http://www.coolplaces.co.uk/
Créditos: Cool Places/ UK

Southbank é uma área cheia de museus, teatros, galerias de arte e a London Eye. A National Gallery na Trafalgar Square tem um acervo impressionante e o Barbican é o maior espaço de arte multimedia da Europa.

Se você quiser explorer galerias, dá uma olhada no post que a gente fez com algumas das mais bacanas da cidade e bem tranquilas, sem muvuca.

Crédito: Almost Locals
Crédito: Almost Locals

Para ver arte nas ruas, vá bater perna em Shoreditch, o bairro da street art em Londres. As principais ruas são Great Eastern Street, Brick Lane, Ebor Street e Rivington Street, onde tem um Banksy no muro na entrada de um bar, protegido para que ninguém apague ou roube.

Shoreditch. Crédito: Almost Locals
Shoreditch. Crédito: Almost Locals

PARA COMPRAR

A Oxford Street é a rua das compras em Londres para todos os bolsos. Todas as marcas de fast-fashion estão lá, como H&M, Topshop ou Zara e muito mais.

Mas o sonho e a magia estão todas na Selfridges. São andares de cosméticos, roupas, coisas para a casa, um food hall e claro, tudo é incrível. Se no seu bolso não cabe Chanel, não se preocupe porque a Selfridges vende até Primark, conhecida por ser a fast fashion mais barata de todas.

A Liberty é uma loja muito tradicional e com marcas de cosméticos e roupas bem mais de nicho. A entrada pela floricultura tem sempre um cheiro ótimo no ar. Outra também com anos de tradição é a Fortun and Mason. As caixas de chá e biscoitos são de pirar e o andar de comidas é classe A.

A maioria dos bairros em Londres tem uma high street, onde se concentram as principais lojas da região. A Marylebone High Street é bem bacana, com lojas incríveis e finas como a Conran Shop, Fresh Cosmetics e a Daunt Books. A Kensington High Street também é bem completa com muitas lojas de fast fashion como a Uniqlo. Tem até um Whole Foods por lá.

Já no lado mais alternativo da cidade, não deixe de ir ao Boxpark em Shoreditch. É um shopping feito de containers com lojas bacanas como a Marimekko ou a Beauty Mart, loja mara que vende todos os produtos queridinhos dos editores beleza.

Se você procura por cosméticos, a Space NK tem umas marcas-sonho. Para comprar barato e bem, entre na Boots, a farmácia mais popular do país. Tem uma gigante em Picadilly Circus.

Procurando um vinil bacana para levar para casa? Dê um passeio pela Berwick Street que tem uma loja atrás da outra. Mas a mais legal fica na Poland St, a Phonica Records.  Ela é a meca dos DJs, que fazem visitas semanais para não perder os lançamentos. Na era da internet, é incrível que este lugar tão especial esteja tão ou mais atualizados do que os lançamentos online. De quebra tem djsets de nomes como Simian ou Juan McLean as tardes.

LUGARES PARA BATER PERNA

A gente já falou de vários bairros tradicionais para compras, arte e gastronomia. Mas Londres está sempre mudando e bairros novos entram na moda por causa da gentrificação. Dalston e Shoreditch já estão na crista da onda há um tempo. No momento, os novos bairros cool de Londres são Peckham no Sul da cidade e Stoke Newington, no norte. São cafés, lojinhas, galerias de arte e sempre algo novo a ser descoberto. Hackney Wick também é uma área mais afastada, cheia de galpões com galerias e bares à beira do canal.

Hackney Wick. Crédito: Almost Locals
Hackney Wick. Crédito: Almost Locals

ALGUNS LINKS QUE VALEM O CLIQUE

 Almost Local Londres

Londonist

Unlike London

Le Cool Londres

Time Out Londres

Esse post foi escrito com a incrível colaboração de Sarah Galvão, brasileira que mora na capital inglesa, além de Ingrid, Laima Leyton e Andrea Miranda.

*Foto destaque: www.flickr.com/photos/michalo

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

26 de January, 2015

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.