Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A força do gesto é redefinida pelos corpos que fazem do Corpo a principal companhia de dança do país. Na nova temporada, a dobradinha “21” e “Gira”, espetáculos criados com uma diferença de 25 anos, traz a chance de acompanhar a consolidação de uma linguagem. A partir de “21”, cuja estreia foi em 1992, as trilhas sonoras passaram a ser encomendadas e a servir de base para a construção dos espetáculos. “Gira” veio em 2017, com a música pulsante do Metá Metá, e renovou a gramática dessa dança-corpo. Uma beleza acesa por dentro.
Grupo Corpo no Theatro Municipal. Quinta, sexta, sábado e segunda-feira, às 20h. Domingo, às 17h. Ingressos a partir de R$ 45, aqui.
Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Praça Floriano, s/nº – Centro.
Com programação desdobrada em três dias, o festival coloca o roteiro e o roteirista em evidência. Além de palestras e debates com nomes importantes da TV e do cinema, o ROTA oferece exibição gratuita de curtas-metragens. A Mostra Competitiva apresenta 25 filmes (ficção e documentário) de várias regiões do Brasil. Os roteiristas vencedores serão conhecidos no domingo, durante a cerimônia de premiação. O público também pode conferir os cinco curtas selecionados pelo curador Marcos Carvalho, idealizador do Cinema do Interior, para a Mostra Hors Concours.
II ROTA – Festival de Roteiro Audiovisual. Mostra competitiva: sexta (28.09), às 19h30; sábado (29.09), às 19h45; domingo (30.09), às 19h15. Mostra Hors Concours: sexta (28.09), às 18h15; sábado (29.09), às 18h45. A programação também está disponível no site. Ainda é possível se inscrever nos seminários, que custam R$ 120 por dia.
Cinemateca do MAM. Av. Infante Dom Henrique, 85 – Praia do Flamengo.
Acenamos para o evento no guia passado e, agora, balançamos as mãos efusivamente (e outras coisas, como não?) para essa mostra robusta e justa. Não custa lembrar: é a maior retrospectiva feita sobre Buster Keaton no Brasil, com 70 filmes na programação, entre longas, curtas e médias. Astro do cinema mudo, contemporâneo de Charles Chaplin, Keaton revolucionou a arte, especialmente as comédias, com uma gama de interpretações e gags que são referência para muitos atores e diretores até hoje. Como Keaton é um gênio, você tem direito a fazer três pedidos a ele… só não garantimos que vão ser realizados. Talvez no cinema.
Mostra Buster Keaton – O mundo é um circo. De quarta a segunda-feira, em vários horários. Em cartaz até 14.10. Ingressos a R$ 10.
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.
Presença fundamental e luminosa na cinematografia brasileira, Helena Ignez traz no currículo filmes como “Assalto ao trem pagador” (1962), “O padre e a moça” (1966) e “O bandido da luz vermelha” (1968). Com este último, um clássico de Rogério Sganzerla, tornou-se parte indissociável do chamado cinema marginal, embora seu talento tenha extrapolado o rótulo. Agora, como diretora, lança “A moça do calendário”, filme criado a partir do roteiro original de Sganzerla, com quem foi casada e teve duas filhas. Sonho e realidade se misturam na história de um ex-gari que fantasia a respeito de uma bela jovem que estampa o calendário.
A moça do calendário. Veja as salas e horários, aqui.
Segue o baile de leituras dramatizadas do Seleção Brasil Em Cena. É a chance de conhecer novos talentos da dramaturgia nacional. Em sua oitava edição, o projeto recebeu mais de 400 textos teatrais; doze deles foram escolhidos por uma comissão e, agora, são avaliados pelo público. No sábado, serão apresentados “A pomba do Papa” e “Solo”. No domingo, é a vez de “O botão de certas flores” e “As mulheres perderam a guerra”.
Seleção Brasil Em Cena. Sábado (29.09) e domingo (30.09), a partir das 18h. Gratuito.
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.
Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.