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As boas do fim de semana no Rio de Janeiro: 22.02

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Data

21 de February, 2019

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Filmes do Oscar

A premiação mais popular do cinema acontece domingo (24.01). Por isso, reeditamos aqui um servição publicado no fim de janeiro, quando os indicados ao Oscar foram anunciados, agora com horários e sessões atualizados. Ainda é possível assistir aos oito filmes que concorrem ao prêmio principal, alguns em pouquíssimas salas. Vem que tem :)

A Favorita / Foto: divulgação

“A favorita” [em cartaz]: O diretor grego Yorgos Lanthimos  é conhecido por um cinema que busca no estranhamento uma de suas fontes de tensão – ele pode estar presente na premissa e no desenvolvimento do enredo, com preferência por histórias não convencionais, mas também na condução dessa história, com mise en scène, trilha e montagem que emulam certa excentricidade. O desdobramento disso pode ser tanto cômico quanto trágico. Com dez indicações ao Oscar, “A favorita” oscila entre um e outro ao acompanhar a disputa de Sarah Churchill (Rachel Weisz) e Abigail (Emma Stone) para ocupar o posto de conselheira, confidente e amante da rainha Ana (Olivia Colman). O desejo sexual fica em segundo plano no longa, que se interessa mais pelos caminhos sórdidos do poder. Lanthimos abusa das lentes grandes angulares à caça de algum efeito, mas sua marca como realizador é melhor destrinchada no trabalho das atrizes, especialmente Colman, em quem a graça e a desgraça, a fortuna e seu revés, habitam com dor e delícia. O resultado é excelente.
Confira salas e horários aqui.

– “Bohemian Rhapsody”  [em cartaz]: é a cinebiografia de Freddie Mercury, portanto um prato cheio para o protagonista (no caso, Rami Malek) ter uma indigestão. Ao que parece, o ator saboreou o risco. Até os detratores do filme – e eles são muitos – elogiam o trabalho de Malek, conhecido até então pela série “Mr. Robot”. Apesar do auê, a vitória no Globo de Ouro (melhor filme – drama) foi uma surpresa e não deve se repetir. Foram cinco indicações, incluindo a de melhor ator.
Confira horários e salas aqui.

– “Green book : o guia” [em cartaz]: feito sob medida para o Oscar, com uma vibe “Conduzindo Miss Daisy” que pode agradar os votantes. É o filme do consenso e por abordar o racismo tem o selo “tema importante” abotoado. A direção é de Peter Farrelly (sim, ele mesmo), responsável pelos pastelões “Quem vai ficar com Mary?” e “Eu, eu mesmo e Irene”. “Green book” mostra a relação entre um pianista negro e o motorista ítalo-americano durante uma viagem pelo sul dos Estados Unidos. A dramédia recebeu cinco indicações ao Oscar. Como venceu o Sindicato dos Produtores (um termômetro real do Oscar), é considerado o atual favorito ao prêmio principal. Mas o passado de Farrelly  e o fato de ele ficado de fora da lista dos diretores complicam as coisas.
Confira horários e salas aqui.

Infiltrado na Klan / Foto: divulgação

– “Infiltrado na Klan” [em cartaz]: um soco de Spike Lee em plena era Trump, quando muitos consideravam que sua carreira já estava esgotada. Até prêmio honorário do Oscar ele recebeu… em 2016… Ou seja… tapinha nas costas, meu amigo. Após anos de serviços prestados ao bom cinema, Lee recebeu a primeira indicação como diretor – além disso, também concorre como produtor e roteirista. É um filme com sua assinatura, tendo o confronto racial como nó, embora aqui salpicado com mais humor, um humor que aperta e não afrouxa. Foram seis indicações.
É agora ou nunca: confira aqui as sessões.

– “Nasce uma estrela” [em cartaz]: há um certo fascínio quando cantoras se arriscam como atrizes, embora muitas façam isso protegidas pelo canto. Madonna tentou seu sonho dourado com “Evita” e morreu na praia, mas com um Globo de Ouro como consolo; Bjork abraçou o melodrama e, mesmo sublime como a sofrida protagonista de “Dançando no escuro”, foi lembrada apenas na categoria canção; Beyoncé também quis, mas ficou na cadeira e aplaudiu a vitória da colega Jennifer Hudson, exageradíssima no fraco “Dreamgirls”. Desprotegida dos figurinos e ornamentos habituais, eis que chega Lady Gaga, protagonista de uma história contada em outras três versões no cinema, num papel já defendido por  Judy Garland e Barbra Streisand. Contrariando a expectativa de bomba, foi ela quem se instalou no olimpo e gagou na gara dos garetas. Ulalá. Vai ganhar o Oscar de atriz? Vai ser lembrada pelo papel? Sei lá, nunca foi pelos 20 centavos mesmo.
Confira salas e horários aqui.

– “Pantera Negra”: [em cartaz] estreou em fevereiro do ano passado e, quase um ano depois, chegou às premiações com fôlego, um caminho possível graças à bilheteria mundial de mais de um 1,3 bilhão de dólares (a segunda maior de 2018) e ao apoio do público e da crítica. Foram sete indicações ao Oscar. Ao lado de “Missão: impossível – Efeito Fallout” , “Pantera” é o melhor filme de ação da última temporada, apesar dos (d)efeitos visuais, e o primeiro de super-herói a ser lembrado na categoria principal. As indicações ao Oscar fizeram com que o filme retornasse aos cinemas.
Poucos horários, poucas sala: confira aqui.

– “Roma” [na Netflix]:  Alfonso Cuarón se alia ao tempo para, sem pressa, contar a história de Cleo, a empregada de uma família de classe média alta do México. Como se sabe, está ali a infância perdida do diretor – perdida porque já passou -, agora redesenhada com a câmera. O que vemos são memórias, talvez numa tentativa de alcançar o menino que ele foi, com pais, irmãos e  empregada. É uma história contada na chave do afeto e, talvez por isso, escape dela problematizações diretas a respeito da luta de classes, embora ela esteja alojada ali. Cleo não reclama do trabalho e se sacrifica por todos, mantendo o rosto plácido como estampa. Ou talvez máscara? A câmera a acompanha e, no trajeto, eventualmente se descola para fitar outro ambiente, outra gente – o movimento traz ecos de “E sua mãe também”. Em meio a sucessão de eventos ordinários, emerge, vez ou outra, algo extraordinário. Um avião cruza o céu e nos lembra que outras pessoas vivem outras vidas e que talvez aquela casa seja uma segura prisão, cujo dia a dia leva a empregada da cozinha ao quarto, do quarto ao pátio, do pátio ao quartinho onde vai dormir, enfim. Sim, existe o mar, mas o mar pode ser perigoso. Foram dez indicações ao Oscar.
Se não viu, veja aqui.

– “Vice” [em cartaz]: as transformações físicas de Christian Bale são um caso à parte: ele se equilibra num engorda-emagrece-engorda que, a despeito de mensagem edificante que passa de entrega irrestrita ao papel, corre o risco de chegar ao limite do cacoete. No fim das contas, falamos mais de ossos e gordura do que do papel em si. Ele mesmo disse que não faria isso de novo, mas mudou prontamente de ideia. Como não vi o filme, é disso mesmo que vou falar. Dessa vez, o ator engordou 18 quilos para dar vida a Dick Cheney, o vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de George W. Bush.  Para ver Bale magro-doente, assista “O operário”“O sobrevivente” e “O vencedor”. Para ver Bale musculoso, assista a qualquer filme da trilogia “Batman” e “Psicopata americano”. Para ver Bale-gordo, assista também “Trapaça”. Ao lado de Malek, Bale-gordo é o favorito ao Oscar de ator. O filme recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo mais uma para a conta de Amy Adams.
Confira salas e horários, aqui

Por falar nisso… Onde assistir o Oscar

Se quiser acompanhar a longuíssima cerimônia fora de casa, uma dica: o Casarão 1903, em Botafogo, vai transmitir a festa. Como o negócio não vive só de som e imagem, a sugestão é aproveitar a rodada de dose dupla de chope e os descontos de 10% nos burguers. Além disso, o espaço promete um quiz sobre os sucessos do cinema, cujo vencedor ganha um voucher de cem reais para consumação.

Oscar no Casarão 1903. Domingo (24.02), a partir das 17h30.
Casarão 1903. Rua Marquês de Olinda, 94 – Botafogo.

Mostra Os Melhores Filmes do Ano 2018

A mostra reúne os longas lançados comercialmente no Brasil e considerados pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro – ACCRJ os melhores de 2018. Mais uma vez, o CCBB abriga o evento. A seleção é interessante, embora com presença majoritária de produções de língua inglesa. De qualquer forma, é o momento de repescagem para quem não conseguiu ver essas obras no cinema. O excelente “Trama fantasma” (na foto) – o melhor segundo os críticos – vai ser apresentado no sábado (23.02), às 16h.  “As boas maneiras”, “Me chame pelo seu nome”, “Pantera Negra” e “A forma da água”, entre outros, também serão apresentados nos próximos dias.

Mostra Os Melhores Filmes do Ano 2018. Em cartaz de quarta a segunda-feira (o CCBB fecha na terça) até 03 de março. Ingressos a R$ 10 (algumas sessões são gratuitas). Confira a programação aqui
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.

Bom Trabalho

A cultuada diretora Claire Denis faz um cinema que até agora passou longe do Oscar, mas ocupa lugar cativo nos festivais mais importantes do mundo. Lançado em 1999, o premiado “Bom Trabalho” é um dos seus filmes mais famosos e pode ser visto em duas sessões especiais promovidas pela Revista Cinética no Instituto Moreira Salles. Na quinta (21.02), após a exibição, haverá um debate com os críticos do portal.  No filme, o ex-suboficial Galoup se lembra dos tempos vividos na Legião Estrangeira Francesa.

Sessão de “Bom Trabalho” no IMS. Quinta-feira (21.02), às 19h30, com debate após a sessão. Domingo (24.02), às 15h45. Ingressos a R$ 8.
Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476 – Gávea.

A mentira + Nem mesmo todo o oceano

“Nem mesmo todo o oceano”, da Cia OmondÉ. Foto: divulgação/Aline Macedo

Dobradinha para curtir os elogiados trabalhos da Cia OmondÉ, uma das mais importantes trupes do Rio. Com texto de Nelson Rodrigues, “A mentira” mostra como a família de Lúcia reage ao saber que a adolescente está grávida. Já “Nem mesmo todo o oceano”, de Alcione Araújo, acompanha um médico que assistia torturas nos porões da ditadura e rememora a sua vida. O tempo presente em cena.

A mentira + Nem mesmo todo o oceano. “A mentira”: sexta a domingo, às 20h30. Em cartaz ate domingo (24.02). “Nem mesmo todo o oceano”: quarta e quinta, às 20h30. Em cartaz até quinta-feira (28.02). 
Teatro Glaucio Gill. Praça Cardeal Arcoverde, s/n° – Copacabana. 

Data

21 de February, 2019

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Filipe Isensee e Gustavo Cunha

Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.